quinta-feira, 29 de novembro de 2012

É daqui

Pronto, estava apostada em criar um novo blogue com um título que me ia ser muito querido mas que sendo assim vou guardar para outra coisa qualquer. Que projetos, venham eles e eu vou sempre precisar de títulos.

Descobri aqui no meu histórico que em setembro tinha feito uma tentativa falhada de recomeçar e criei este blogue novo.
Não vou apagar esses posts. Ficam para eu me lembrar dessas palavras que me fizeram muito sentido.

Agora é arranjar outras. Ou as mesmas mas que façam sentidos diferentes.

Encontramo-nos lá:

http://acoisavaimudar.blogspot.pt/

É isso, vou voltar

Vou. Não interessa a ninguém mas apetece-me.
Não sei ainda de onde falarei. Vou ver. Daqui não deve ser que isto tudo parece fazer parte de outra história. Minha história também, mas outra.

O que interessa, para já, é que vou voltar.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Crescer é uma merda

E dói. Dói, dói, dói.

terça-feira, 19 de junho de 2012

e se eu passasse a vir cá só às 3ªs??

Brincadeirinha... tenho de cá passar mais, eu sei. Mas tenho andado a mil.
De qualquer forma venho todos os dias, espreito, respondo a alguns emails e ando a escrever uma saga de posts que serão publicados muito em breve. Preparem-se que vão ser do melhor! Mas só faz sentido publica-los em série.
Vai valer a espera!

terça-feira, 12 de junho de 2012

Sestas

estou cá a ter uma dificuldade de passar pelos dias sem o meu corpo gritar por uma sesta depois do almoço...
Vamos lá, esforço final. Os miúdos quase a acabar as aulas. Apenas relatórios para por em dia e sugestões/ideias novas/pensamento na inovação para exercitar.

Acho que não vou ter menos férias que nos anos anteriores mas, certamente, estas saber-me-ão particularmente bem!

É assim tão mau ainda faltar mais de um mês e meio e eu já estar com a cabeça em Agosto??

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Ontem fiz anos

e consegui ver todas as pessoas que mais me têm mimado, feito crescer, apoiado, levado ao colo, amado. As pessoas mais importantes na minha vida, hoje em dia. Foi bom. Foi óptimo.
Todas as maiores alegrias devem ser vividas assim: partilhadas. Não só ganham mais tamanho como mais realidade.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

a ti que vais no metro

e que tiveste um dia de trabalho puxado e queres sacar dos meus posts para ganhar alento para as horas do dia que ainda faltam, cá vai um post de esperança!
Não, não fiquei de repente uma melancólica chorona e queixosa nem tão pouco passei a perna que faltava para os lados da filosofia.
Acontece, só e apenas, que se os dias não são todas um sprint por entre prados verdes também as palavras - porque as minhas saem do coração - não conseguem vir sempre com asas cor-de-rosa e um sorriso rasgado.
Agora, aos bocadinhos e entre algumas sestas que me vão permitindo manter os olhos a olhar para onde é devido, vou recuperando a calma, a serenidade, o empurrão para amanhã.
A vida é boa, é mesmo boa! Sei que vinhas e vens cá em busca dessa confirmação e aqui volto a dá-la. Em tudo encontramos sempre bons motivos para andar para a frente, para abraçar o que nos espera, para saltar barreiras mesmo que isso nos deixe suados e cansados.
E, espera, a vida não é só boa: é surpreendente também. Às vezes andamos um tanto distraidos e não nos surpreendemos porque não vemos e não vemos porque não olhamos e não olhamos porque vamos com pressa. Aconselho a todos que pratiquemos esta arte de ver e buscar o que, escondido, tem o enorme potencial de nos surpreender.
E para acabar, porque entretanto deve ser a tua paragem, dizer também que a vida acredita em nós. Temos esta mania de dizer que nós é que acreditamos em Deus, acreditamos no Destino, acreditamos na Esperança, acreditamos na Vida. Não, todos esses também acreditam em nós. E, às tantas, dependem mais de nós do que nós deles.
E a vida tem acreditado e apostado em mim. Novos projectos se avizinham e espero poder revela-los o quanto antes!
Beijinhos, Ana.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

novos mundos

em cada pessoa um novo mundo, em cada olhar uma vida inteira. E eu cheia de vontade de mergulhar em olhares e explorar os mundos.
Aguardo, com expectativa, tudo aquilo com que ainda não me cruzei. Anseio pelos sentimentos que ainda não senti, pelas emoções que ainda não me percorreram a espinha, por desatar nós da minha garganta que ainda não foram atados.
Ahh, como é bom sentir que ainda não está tudo vivido. Humm, como é tão incerta a nossa aceitação do que falta viver. Woow, como cada novo dia nos pode trazer tantas surpresas.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Às tantas

os minutos parecem horas, as horas dias e os dias meses. As noites não passam. As lágrimas visitam mas não caem. Há mistos de alegria, medo e insegurança no coração.
Não sabes o que será o futuro mas há um quentinho vindo não-sabes-bem-de-onde que parece passar-te a mão pelo cabelo e te sussurra ao ouvido que tudo será pelo melhor.
Queres adormecer para que o amanhã chegue rápido, para que as semanas e os meses passem para te sentires mais segura, nesse lugar que ainda não sabes qual é. Mas não consegues. Assim que encostas a cabeça, a almofada introduz-te a todo um novo mundo de divagação que te liga à corrente até que o cansaço acaba por vencer.
Depois levantas-te, lavas a cara e escovas o cabelo. Sorris e acreditas e fazes acreditar que tudo está na paz do Senhor enquanto o teu íntimo mais parece as praias do Oeste em noite de tempestade.

terça-feira, 22 de maio de 2012

sei lá, estou em baixo

É isso, não quero deixar o estaminé ao abandono mas também não me apetece grande excitação.
Esta coisa do cérebro que nos permite pensar é ao mesmo tempo o nosso maior trunfo e o nosso maior pesadelo.
Quando precisamos de o usar estritamente para cumprir as nossas funções profissionais, reflectir no bem maior mas ele insiste em redefinir as rotas do GPS e conduzir por outros caminhos os pensamentos, os sonhos, as expectativas, as ânsias e os desgostos.
E quanto mais queremos afastar alguns pensamentos, quanto mais nos esforçamos, mais eles insistem em rondar o espírito, mais difícil se torna não insistir nas ideias do que na verdade não é nosso, não nos pertence, não antevemos nem controlamos.
Não sei se ando em baixa, se é revolta contra algo que não tenho direito de me revoltar, se é desilusão perante algo que, verdade seja dita, nem chegou a iludir-me.
É qualquer coisa que me inquieta, que me alterna o sorriso rasgado com o forçado, que me confere um não-sei-quê de bipolaridade e esquizofrenia.
No entanto, e no final de contas, tudo tem corrido bem...os dias passam tranquilos. Talvez não seja isto que eu preciso.

sábado, 19 de maio de 2012

quanto mais se dorme mais se quer dormir

o brunch na cama as 12.05 - sumo de abacaxi com hortelã, ovos mexidos, torradas com tomate, bolachinhas de manteiga - adormecer até às 13.40. Namorar, namorar, namorar, arrumar umas coisas, voltar a dormir atá às 15.20.

Boooom!

quinta-feira, 17 de maio de 2012

os meujanos

O homem não ligava nenhuma a festejos. Depois conheceu-me e eu tanto insisti que o dia dos anos é o nosso dia, somos nós o centro das atenções, devemos fazer tudo para que o outro se sinta especial e blablabla. Sempre me senti a melhor de sempre nos meus anos porque tinha uns pais espectaculares. Não eram os presentes mas sim o dia em si... nós decidiamos o programa, decidiamos as refeições, um regabofe.

Mas agora a trabalhar mal me lembro que está a ai a chegar e ele, coitado, ele já anda barata tonta de um lado para o outro e ansioso para o dia que passou a preparar de forma inacreditável, cheio de atenção aos pormenores e com os presentes muita bem pensados. No outro dia estava a falar que estava aí mesmo à porta... (e ia dizer o casamento da minha prima) e ele antecipou-se "os teus anos?". Nem me lembrava.

Enfim, para quem está a pensar dar presentes fica a saber que dado o estado da coisa (e a minha urgência de reforçar o guarda-roupa com roupa para trabalhar e cuecas,soutiens e pijamas dignos de uma mulher casada), só aceito os seguintes presentes:





(dinheiro para viagens)


(cheques surprise, os cheques dos centros comerciais da Sonae Sierra que me dariam acesso a todas as lojas e mais algumas)

Enfim, hoteis, jantares, viagens e roupa. Tudo aquilo que gosto e/ou preciso mas que o (apertado) orçamento familiar não me permite obter pelos meus próprios meios.

Vá, agora é contribuir!

terça-feira, 15 de maio de 2012

segunda-feira, 14 de maio de 2012

volto às escolas

e volto às chapadas de realidade.
Aos braços no ar que antecedem comentários e histórias inacreditáveis. Experiências que nenhum adulto devia ter tido e, por isso, muito menos estas crianças e jovens.
À recolha das folhas de avaliação que trazem consigo comentários sofridos, pedidos de ajuda, perguntas que só ocorrem mesmo a quem já sentiu na pele as dores de que eu falo com imensa propriedade mas sem aquele something que traz o "já passei por isso".

sexta-feira, 11 de maio de 2012

lixei-me

Marido foi para Londres e só volta segunda à noite
Fim-de-semana começava hoje com o jantar de anos do namorado de uma das minhas maiores amigas, amanhã regabofe de despedida de solteira, no Domingo três primeiras comunhões.
Estava tudo controladíssimo até eu não ter a mínima noção do trabalho que é preciso para preparar as 6 formações sobre cyberbullying que vou dar na 2ªfeira em Aveiras. Descarrilou e estou atrasadíssima porque agora com a especialização que comecei a fazer na área estou sempre a conhecer novos autores e documentos e desato a reformular tudo para formas os pais, professores e alunos da melhor maneira.
Hoje a tarde é para consultas com dois miúdos e duas reuniões diferentes com pais de meninos que sigo.
Devo chegar muito tarde a casa, voltar para o computador a horas indecentes e amanhã, no único dia que poderia dormir o despertador toca cedinho para trabalhar.
O que vale é que gosto (adoro) o que faço mas esta sensação de ausência de vida social com marido fora é muito frustrante.

Antes disso...

ainda tenho 3 despedidas de solteira.
Uma delas também me tira de Portugal mas não posso dizer onde que a noiva lê o blogue e era uma chatice.

Aiii, trabalhar para viajar. Que bom!

e pronto, tou numa de realizar sonhos

Já temos as férias marcadas e os bilhetes de avião comprados porque arranjamos um preço óptimo!
Road trip pela Turquia de 24 Agosto a 2 de Setembro.

Can´t wait!






quinta-feira, 10 de maio de 2012

Dia 10!

Mais um dia 10 que já chegou. 6 anos e 5 meses. 77 meses diz a minha máquina de calcular.
Espectáculo.
Ontem antes de adormecer ainda conversamos sobre as primeiras vezes que falamos e como era dificil imaginar que um dia íamos casar com aquela pessoa que estava ali.

Pensar nas tantas e tantas coisas que já fizemos e mesmo assim como ainda nos falta tanto tempo pela frente (assim espero, que na vida nada é garantido) - e aquele ano que fui missionar para o Brasil e tu para a Alemanha e mandaste uma carta por uma das Irmãs que ia fazer a viagem e eu a recebi, no meio das favelas? E quando me deixaste imensos bilhetes no carro a fingir que estava bloqueado? E a nossa mania de não passarmos noites fora até casarmos mas que não nos impediu de passearmos imenso e fazer imensos programas? Lembras-te de Islantilla? E de Belver?

O que nos acontece ao longo da vida não está sob o nosso controlo e não vale a pensa pensarmos que controlamos isso. Mas há coisas que controlamos e há coisas que podemos (e devemos contrariar). Somos responsáveis pela forma como enfrentaremos as dificuldades do caminho e como combateremos todos os sinais de que já aqui estamos há muito tempo.
Uma coisa é certa, lutarei por este amor, por esta nossa cena, tão verdadeira, tão genuina, tão divertida e tão irritante às vezes. Talvez o truque, como nos disseram uma vez, esteja mesmo em nos lembrarmos todos os dias daquilo que nos fez apaixonar e escolher de entre tantas opções. Porque, apesar do crescimento, essa pessoa ainda estará  ali e cabe-nos a nós reencontra-la todos os dias.
E namorar. Namorar muito. Ser um luxo de que não abdicamos.
Como este, dos dias 10.

terça-feira, 8 de maio de 2012

suadices #2

Quer queiramos quer não nós, mulheres, fisgamos sempre uma com quem embirrar seja em que contexto for. Não fazemos por mal, na realidade nada temos contra ela e se nos falasse até sorririamos e estariamos abertas a perceber o quão fantástica será a criatura.

No meu ginásio a minha escolhida para intolerância de estimação é uma quarentona daquelas que entra no ginásio sempre vinda do cabeleireiro, unhas arranjadas, kits inacreditáveis, não prende o cabelo para as aulas de ginástica, gosta de passar à entrada do estúdio 2 minutos antes da aula começar ainda vestida para vermos a sua toillete, inscreve-se nas aulas de Sh´Bam (dança disco) e entra sempre aos risinhos a dizer que fica cá atrás porque não sabe dançar. Nas fotografias das festas do ginásio nas discotecas ela aparece sempre, abraça o treinador aqui, abraça um PT ali... adiante.

Hoje voltou à aula de sh´bam, que estava cheia a abarrotar, cheirava a duche acabado de tomar (tão bem que ela cheirava!), cabelo solto, aos saltinhos por ali dentro e vem por-se mesmo mesmo a minha frente. Frente? Lado? Em cima? Nem sei descrever.

Lá exagerada não é, não tem mesmo jeito, parece um polvo que não sabe onde por as mãos, não acerta com os tempos, vai para a esquerda quando é para ir para a direita, enfim.
Mas esforçada, a senhora, que pula muito, não pára, não desanima, ri e canta.
Acertou-me aí umas 74 vezes, fazia tantos "calcanhar ao rabo" que eu já estava praticamente colada ao espelho com um campo de acção muito limitado. Eu, eu cá disse palavrões a aula inteira.
Mas depois olhou para trás, disse "desculpe, sou mesmo desajeitada". E eu sorri.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

logo vi que era fruta a mais

a manga curta de ontem.
De manhã arranquei o homem da cama para ir ver o que se passava no nosso pátio que, cá para mim, tinha inundado.
O mundo não caiu mas o toldo estava quase tal era a quantidade de água ali em cima.
Este atraso do sol baralha-me completamente o esquema.

sábado, 5 de maio de 2012

é disto que se trata

Quando se vai passar o fim-de-semana fora tudo parece diferente logo que se entra no carro, mesmo que ainda não se tenha saído da nossa rua. Muda o chip. E sabe tão bem!
Ficamos muito bem instalados na Estalagem de Santa Iria que na vida real dá dez a zero ao site que tem. Um quarto enorme com janelas e varanda, uma dona impecável e um pequeno-almoço requintado, qual buffet!?
Fui ao pequeno-almoço com ele e voltei para o meu pijama enquanto ele foi inspeccionar as montagens do evento, que entretanto é mesmo aqui no jardim onde fica a estalagem.
De olho meio aberto e meio fechado tenho passado a minha manhã.
A D.Odete, aqui da estalagem, já nos avisou que temos mesmo de ir provar as três sopas dela: de marisco, da pedra e de cação. Olha a quem diz ela, a mim que sou a maior sopeira de todas!
Vai ser um bom dia, tenho cá para mim!

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Ai se me apanho a caminho daqui

tomar.jpg


Hoje é mais um dia dos duros. Descansar ainda não sei o que é mas hoje lá para o fim da tardinha, depois da última consulta, é mesmo para aqui que rumo. Senhor marido tem de ir dar o ar da sua graça ao congresso das sopas.
Eu, para além de gostar de sopas, gosto de dormir fora, dos lençóis de hotel, de pequenos-almoços de hotel, de namorar com ele. E se for grátes ainda melhor.
Can´t wait!

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Plural como o Universo.



Ainda não disse nada sobre o meu feriado 25 de Abril pois não?

Pois então estive a trabalhar, em reunião, até às 12.05. Às 13.30 entraram cá em casa os Tios-Avós e Avó do Diogo para almoçar. Coisa de cerimónia que ainda não os tínhamos recebido oficialmente. Levantamo-nos as 16h, fomos deixa-los a casa e seguimos, os dois, para a Gulbenkian para visi

ressacando


Quando tudo começou no Domingo, com Missa em plena praia dos Salgados, eu já ia cansada mas sem antecipar toda a correria e stress dos 3 dias seguintes ao nos encarregarmos de conduzir, a pé, 420 pessoas até Fátima.
Ressaca à parte, vale sempre a pena.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

esta sensação horrível

De que estou em piloto automático. Que faço tudo mas não estou em nada. Que não consigo parar para pensar, para me envolver. Que há sempre mais qualquer coisa, ali à frente, para ser feita, mais um prazo para ser cumprido.

Acreditem ou não, o próximo fim-de-semana em que não tenho nada marcado é o de 23 e 24 de Junho.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

excertos de coisas certas

O Pedro Afonso, psiquiatra, escreveu um artigo no Público. Como sei que ninguém lê posts muito grandes vou transcrever algumas partes, aquelas que me preocupam especialmente:

"Recentemente, ficámos a saber, através do primeiro estudo epidemiológico nacional de Saúde mental, que Portugal é o país da Europa com a maior prevalência de doenças mentais na população."

"Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque assisto com impotência a uma sociedade perturbada e doente em que violência, urdida nos jogos e na televisão, faz parte da ração diária das crianças e adolescentes. Neste redil de insanidade, vejo jovens infantilizados incapazes de construírem um projecto de vida, escravos dos seus insaciáveis desejos e adulados por pais que satisfazem todos os seus caprichos, expiando uma culpa muitas vezes imaginária. Na escola, estes jovens adquiriram um estatuto de semideus, pois todos terão de fazer um esforço sobrenatural para lhes imprimirem a vontade de adquirir conhecimentos, ainda que estes não o desejem. É natural que assim seja, dado que a actual sociedade os inebria de direitos, criando-lhes a ilusão absurda de que podem ser mestres de si próprios."

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque se torna cada vez mais difícil, para quem tem filhos, conciliar o trabalho e a família. Nas empresas, os directores insanos consideram que a presença prolongada no trabalho é sinónimo de maior compromisso e produtividade."

terça-feira, 24 de abril de 2012

saudades de tudo...

hoje é um desses dias, bolas.

Olhar para trás e pensar, confortada, em tudo o que já fiz e alcancei mas depois... depois inquieto-me na cadeira, sinto-me desconfortável. Sinto e sei que há muito mais por aí. Mais para viver, para sentir, para abraçar. Mais por fazer e por que lutar. Mais para visitar e conhecer. Mais para espantar.

Não me chega. Há dias em que sinto isto de uma forma inacreditável.

Querido Tio Tó,

eu não me esqueci do nosso projecto, não não!
Mas tem sido impossível... mal tenho tempo para escrever no meu bloco de notas a lista de coisas para fazer quanto mais para lançar o nosso projecto...

Quer esperar ou fazer ao contrário e arranca o Tio primeiro e depois eu continuo?

Grande beijinho

segunda-feira, 23 de abril de 2012

do Congresso da Ordem

As críticas irei fazê-las em lugar próprio e a quem de direito de forma a potenciar as melhorias.
Para mim ficam essencialmente duas coisas boas:
1- Estar no nascimento. Ver nascer é sempre algo que nos comove e nos marca. Pensar que daqui a 30 anos me lembrarei que estive no primeiro, que vi as pessoas comovidas a pensar pela primeira vez que ser Psicólogo poderá trazer outras coisas boas para além do enorme conforto no coração que só sente quem faz isto por amor.
2- Ter tido tempo para encontrar amigos de caminho e consolidar as amizades dos que agora chegaram à minha vida e fazem parte da família CADIn.

Foi bom. Foi óptimo. E também me valeu um dia de cama com febre (e a mais uns quantos, que já me informei) à custa dos ares condicionados.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Depois passas a ter a tua própria casa...

... e tendes a pensar bem se os convidados desse dia são suficientemente isentos de cerimónia para não precisares de pôr uma toalha lavada à mesa e se lhes perguntas, a rir, se não se importam que sejam guardanapos de papel.
É que lavar e engomar guardanapos de alguém que só usou uma vez às tantas é maldade.
E passas a compreender, e irritantemente imitar, a cara da tua mãe quando no primeiro minuto do jantar deixavam pingar o molho dos bifes na toalha acabada de estrear.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Não sou só eu, não não

Tenho tido boas surpresas com isto de andar pela estrada a pregar. Como as escolas não pagam pela minha presença, entendem dar-me sempre um "miminho". Ora ramos de flores, ora caixas de chocolates, ora o jornal ou a caneta da escola...

O último foi um cartão presente do Corte Inglés (recuso-me a dizer El Corte Inglés). Toda contente dizia eu ao meu amorzinho que não fazia ideia de quanto estaria ali... podem ser só 5 euros mas rematei "Não interessa, no fim-de-semana vou comprar qualquer coisinha para mim".
Depois calei-me, ri-me e pensei que nós as mulheres somos mesmo assim - não diria umas mais que outras, acho mesmo que todas, depende é da fase do mês ou do estado de humor/amor - não interessa quanto é nem se precisamos ou não, o que interessa mesmo é comprar "qualquer coisinha". Sabe bem!

Coisas de hoje

- No autocarro dei o meu lugar a um senhor velhinho. Mais à frente no caminho o senhor chamou-me e perguntou-me baixinho: "Por que é que me deu o lugar, estou com mau aspecto?". Coitadinho. Não, não estava com mau aspecto nem precisava de estar com o ar mais moribundo de sempre para eu lhe dar o lugar. A mim sempre me ensinaram a levantar-me para falar a quem, mais velho, entra na sala, a perguntar se se querem sentar no meu lugar mesmo que haja cadeiras vazias na festa e a não viajar sentada de autocarro quando alguém mais velho vai de pé. Fui a pensar como era triste que este senhor tivesse de pensar que só podia estar muito mal para alguém lhe conceder o lugar;

- Desde há três dias que mal tenho marido. Por causa da peregrinação ficamos totalmente sem serões. Sempre a trabalhar. Hoje ele está em casa mas, como vem sendo habitual, acabado de jantar já está ao telefone com quem nos apoia na parte logística. Fechamos as inscrições com 420 peregrinos. Dose;

- Ontem fiz a asneira, claro. Acabei a noite às colheradas no leite condensado. Hoje comprei massa de piza e fiz uma de queijo mozarella, tomate fresco e manjericão. Só porcarias por este corpo adentro. Compensei com uma aula de Bum Bum Brazil que me levou quase tudo.

Pronto, é isto. Nada de extraordinário, right?

terça-feira, 17 de abril de 2012

sozinha em casa

e tão cansada que vai dar disparate. Já abri o "noMenu" para pensar encomendar tudo o que era porcaria, já abri o site da telepizza e dei inicio à encomenda e depois desliguei. Agora estou cheia de vontade de abrir uma lata de leite condensado... socooooorro..

segunda-feira, 16 de abril de 2012

quando voltamos a casa

sentimos sempre o misto da felicidade de quem reencontra e a nostalgia do que já passou.
Estou, desde as 09h da manhã, a dar formações na casa que foi a minha dos 3 aos 15 anos. Onde tudo se passou, onde cresci e aprendi desde o mais básico como as letras e os números ao mais complexo do mundo inteiro que é quem sou e como me relaciono.
Está tudo aqui, dentro destas enormes paredes e corredores forrados a azuleijos, no colo destas Irmãs que continuam quentinhas nos seus casacos brancos debaixo do hábito.
A professora de Português continua toda arranjada e a falar com imensa propriedade, a professora de Francês continua com uma vida que nunca acaba, gargalhada alta e um perfume esvoacante que deixa atrás de si no corredor. A professora de EVT ainda se lembra que eu era um desastre a desenhar. Mas esforçada.
Na hora de almoço fui ao pinhal e aos campos de jogos. Falei com a Telma e com a Tânia. Vi a D.Isaura e a Céu que me punha a rede no cabelo antes de ir para o ballet, com 4 anos. A Irmã Catarina serviu-me, como sempre, o arroz. Que está igual e sabe ao mesmo.

Um grande nó na barriga. E agora espero os Pais que vão chegar para que lhes dê umas pistas sobre a vida dos filhos deles. Um dia foram os mais pais a entrar por ali dentro, esbaforidos entre uma reunião e outra, ou os da Bárbara com quem podia contar sempre a assistir. Mas já não são, são outros pais, de outros meninos que, aqui nesta casa, usam o meu quarto.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Nos últimos dois dias de trabalho

Tenho conseguido aperceber-me, e sentir o arrepio na pele, da enorme responsabilidade que acarreta esta profissão que escolhi.

Os meninos que choram connosco quase uma sessão inteira, os professores que tiram apontamentos das nossas palavras e os pais que no fim das formações querem decorar os conselhos que posso ter para dar como se pudesse ser eu mais especialista nos seus próprios filhos do que eles mesmos.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Próxima compra urgente

Tira-se o hífen

http://youtu.be/MU_87zvKfkg

Bem, não estou a conseguir inserir o vídeo aqui vá-se lá saber porquê por isso façam o favor de carregar no link. E ouvir qualquer coisinha hoje.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

suadices #1

Quando sei que vou ao ginásio libertar todos os 80% de água que constituem o meu corpo escolho a clássica, como dizer... calça preta! Ah! Pois, é esse o segredo sim senhoras frequentadoras do meu ginásio geralmente com mais de 40 anos. Não é nada agradável ver pessoas a passear de calças cinzentas clarinhas e todo um conjunto de poças de água marcadas ao longo do corpo, com especial ênfase na concavidade traseira.

Madalenas


Até agora Madalenas só as da minha vida - as duas sabem quem são - mas mudaram-se aqui para a frente todo um conjunto delas a sair diariamente e que me fazem babar só de pensar, que me torturam em pensamento, que me apoquentam a alma.
São tão boas.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Amigos Improváveis

Sim, eu sei que devo ser a 100.000.000 ésima pessoa a dizer isto na blogosfera mas vale TANTO a pena ir ao cinema ver este filme.

Eu fui ontem. Saí de cada 4 minutos antes do filme começar com um casaco de ganga vestido e uma manta na mão. O meu marido levou os bilhetes. Atravessamos a estrada e o filme comecou. Só acabou depois de (muitos) risos e comoção.

Muito bom.

Ele há coisas

Do lado da rua chove, do lado do pátio está sequinho!

Hoje é dia 10

6 anos e 4 meses de namoro.

Um amor que já nos levou às nuvens!

segunda-feira, 9 de abril de 2012

não fosse eu

querer botar para fora tudo o que comi no último quarto de século e estaria a regalar-me com este stock (quase) vitalício de chocolates que habita a minha casa pós-Páscoa.

pior a cura do que a doença

Eu andava muito contente, fresca e airosa, entre as minhas formações e meninos em consulta. Brindava o meu corpinho todos os dias com ginástica e muito namoro. Feliz, embora anémica.
Agora que comecei a tratar-me e todas as manhãs lá enfio ferro disfarçado de bolinhas cor-de-rosa pela boca abaixo a coisa está a ficar preta. Literalmente.
Os dois primeiros dias foram na maior e eu senti-me a senhora intocável a quem todos aqueles efeitos secundários que afectam toda a gente a mim nem chegavam perto. Deve ter sido o meu corpo a absorver cada bocadinho tamanha era a sofregidão. Mas desde ontem, minha nossa... desde ontem que ando a ver estrelas. O dia todo com as tais "nauseas" que aparecem escritas na bula como quem não quer a coisa e mais toda uma palete de tons de carvão quando vou à casa de banho.
Oh senhores... eu só queria repor os meus niveis de ferro, não era andar com cara de morta viva e triste com a vida e de costas viradas a essa actividade que me é tão querida que é comer...

quinta-feira, 5 de abril de 2012

eu sei que às vezes pensamos que não

mas a vida tem carradas de coisas boas!

ao fim de duas semanas

lá irei hoje ao médico falar sobre as brilhantes análises que mais parecem de alguém que vive no 3º mundo.

Estou a pé há horas a trablhar que nem uma louca com as mil coisas que tenho de ter prontas até hoje à noite ou amanhã correndo o risco de não ter Páscoa.

Vou voltar à alternância entre word, powerpoint, pdf.

Regressarei às minhas profundidades quando esta vaga de trabalho me passar.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

can´t wait

Está a surgir esta hipótese para a próxima Páscoa e eu mal posso acreditar... se isto se realiza é mais um sonho vivido.

terça-feira, 3 de abril de 2012

a chatice de se trabalhar com Internet...

...e estar a preparar-se uma sessão para professores com ideias giras para incluir as Novas Tecnologias no processo de ensino é ficar 20 minutos presa a fazer os joguinhos dos miúdos!

ui

tá bem que fui preguiçosa e não disse nada desde 6ª mas também não precisavam de rebentar (por cima) com a média de visitas ao blogue... é que assim parece que quanto menos escrevo mais o visitam, o que não me parece grande elogio.

Ida e volta a Torres Vedras uma beleza, chovia que Deus mandava e eu lá ia muito sossegadinha na faixa da direita (tão sossegada e tão na faixa da direita que quando dei por mim estava numa saída... 22 km antes da que queria... não ia deixar a malta em perigo e olha, lá saí... 22 km em estrada nacional com o mundo a desabar só para ver se acordava). A dose de adolescentes foi em 4 vezes o que me deixou a cabeça num naco de bacalhau.
Fim-de-semana tranquilo e de descanso, bons amigos, bom vinho, boas sestas.
A vida real voltou ontem com um dia em cheio, fora de casa: reuniões e formação (desta vez fui receber e não dar!).
Hoje idem. Ainda não parei e não adivinho o fim a isto que devo ter pronto amanhã.

E por aí? Planos para a Páscoa? Aposto que está tudo de férias de papo para o ar!

sexta-feira, 30 de março de 2012

enquanto cai o mundo lá fora

eu vou por-me a caminho de Torres Vedras e passar o dia a dar sessões de sensibilização.
Tantos dias que posso trabalhar em casa logo hoje, que era ideal, tenho de me fazer à estrada.

Bora lá, com cuidado que a estrada está um perigo.

quinta-feira, 29 de março de 2012

e hoje também estou muito sensível

é da Primavera, do cansaço, das análises todas maradas e mais sei lá o quê mas comovi-me quando vi na minha conta, pela primeira vez, dinheiro que entrou por ter feito todos os dias aquilo que me enche e preenche, por ter exercido a profissão para a qual me esfalfei a trabalhar todos os dias dos meus últimos 5 anos. Sabe bem. E pensar que posso acalmar os nervos e respirar ligeiramente mais fundo de alívio por provavelmente ser o primeiro mês que vamos chegar ao dia 28 com mais de 70 eur na conta. I wish. Passito a passito e um de cada vez.

o balanço das coisas

Depois acontece, como hoje, ser dia de trabalhar em casa, abrires o frigorífico e veres que não tens nada para almoçar e ser muito tentador atravessar a estrada e ir às Amoreiras. Logo te lembras que esses (pelo menos) 8 euros que irias gastar terão outro sabor se forem gastos num pequeno-almoço pela Europa. Então serves-te de arroz e abres uma lata de atum.

Para te compensares ofereces a ti própria hoje saires mais cedo, às 18h e ires (finalmente) receber a massagem de relaxamento que a tua irmã te ofereceu no Natal e cujo prazo acaba....amanhã!

Hoje vai ser um óptimo dia.

quarta-feira, 28 de março de 2012

e as coisas simples, perguntam vocês?

Porque não calha a todos a possibilidade de viajar pelo Mundo, de encontrar o amor da nossa vida e toda uma série de coisas que poderiam argumentar para justificar a vossa falta de motivação (e imaginação) para viver os segundos de cada dia-a-dia.

Aí eu digo, meus caros, a possibilidade de nos ultrapassarmos está muito além dos recursos que temos. Está e caminha diariamente connosco: habita em nós.
Só é preciso vencer a inércia desta sensação confortável de nos deixarmos estar.
Cá em casa, um batido de morango ao pequeno-almoço, acordar e ter pão comprado e sumo de laranja feito, deixar papelinhos a dizer "amo-te" dentro das meias, desligar a televisão e convidar a um passeio à volta do quarteirão, jantar no chão em cima de mantas em vez de sentados à mesa, comprar croissants no pingo-doce e sentar em frente ao rio, agendar sessões de cocegas, estar com um amigo ou uma amiga 20 minutos dentro do carro em frente ao jardim da Estrela ou parados nos sinais de trânsito porque são os únicos 20 minutos que temos e são preciosos demais para se desperdicarem.
Tudo isto são maneiras de Viver. Depende da mentalidade, e do valor que damos a cada um dos segundos que respiramos.

Quanto às viagens, são opções. Não me lembro das últimas vezes que fui às compras ou que não fiz contas no supermercado. Prefiro chegar a casa e por esses 5 ou 10 euros no mealheiro da sala e de vez em quando abrirmos e ver até onde podemos ir. Porque quando viajamos (e dormimos em camaratas de hostels e comemos sandwiches no supermercado) enriquecemos mais do que podemos imaginar, porque voltamos mais e maiores, cheios de coisas que não tínhamos, paisagens que não víamos, pessoas que não conhecíamos. E isso vale mais do que as calças e os sapatos da nova colecção.
Mas, como digo, são opções.

terça-feira, 27 de março de 2012

ainda sobre o tempo

é por isso que, olhando para trás e lembrando a criança que ainda sou do alto dos meus 24 anos, não posso deixar de sorrir ao pensar que, se o tempo parasse agora, a minha conta de experiências estaria recheada porque eu já:
- fiz uma viagem de um mês pela Europa com as minhas amigas;
- viajei um mês pela Ásia enquanto era solteira;
- fiz voluntariado nas favelas do Brasil durante um mês;
- casei cedo e tenho vivido os meus dias cheios de amor;
- viajei um mês com o meu marido e fiquei trancada na China com tudo o que de bom e assustador isso trouxe;
- montei um campo de férias para miúdos sem família;
- tirei um curso que me preenche e trabalho todos os dias nas coisas e com as pessoas que me dão alegrias;
- saltei de um avião;
- visitei 18% do Mundo

e tantas outras coisas, mais banais, mas que fui esperta o suficiente para não deixar escapar.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Cheios de tempo

e se pensarmos que o tempo é dinheiro ou que o dinheiro seria tempo? Quereriamos ter todo o tempo do mundo? Viver sem pressa mas, simultaneamente, sem aproveitar cada segundo?
O filme que vi ontem (In Time) fez-me pensar nestas coisas...muito para além do seu enredo, claro está... e se o preço a pagar pelas coisas fosse tempo? Eu, que tenho 100 anos de vida, comprar-te-ia a ti, lojista com mais 5 anos de vida, uma camisola por 2 dias. O que faria eu com tantos anos e o que farias tu com mais esses dois dias?

O que provoca em nós a sensação de que tudo isto um dia se vai? Faz-nos actuar? Faz-nos reagir?
Este meio caminho em que nos encontramos, esta decisão tramada entre trabalhar o máximo que conseguirmos para receber o máximo de dinheiro que pudermos na crença de que a qualidade de vida que compraremos com esse dinheiro nos aumentará o número de dias faz com que tantas e tantas vezes nos esquecamos de aproveitar as horas, que sem sabermos são tão poucas, temos para realmente Viver.
Não tendo nada a ver, eu sei, porque todos são diferentes e se encontram a si próprios com coisas diferentes, a experiência de saltar de um avião foi mais do que uma experiência em si, mais do que um riscar qualquer coisa da lista dos sonhos. Foi sentir-me viva. Sentir que este tempo que passarei neste mundo não é, e garanto que nunca será, passado como vejo tanta gente à minha volta: quase como autómatos: acorda-se para trabalhar, acaba-se de trabalhar para ir dormir. No meio há o mesmo de sempre, veste filhos, leva à escola, fuma-se cigarros, chega-se a casa, banhos, jantar, cama e nós no sofá de pijama a sentir que merecemos esse descanso e esquecendo que o tempo, esse, dá para mais. Dá para um passeio no jardim, para o desvio a caminho de casa e ver-se o mar, ou as árvores da avenida da liberdade. As duas horas que separam o jantar da cama podiam ser ocupadas com um amigo que nos visita e a quem podemos servir apenas chá.
Ontem, nos 90 anos da minha Avó que parou no tempo aos 87 quando teve um AVC e ali se mantém deitada pensei nisto. E se o tempo parasse? O que teríamos acumulado em nós? Sim, em nós, não na conta do banco.
Fui à Missa das 22h na Baixa porque não consegui ir antes. E soube-me bem a manga curta na Rua Augusta, o arco iluminado, dar a mão ao meu marido. Quis pendurar-me no seu pescoço e fazê-lo rir por tentá-lo beijar em frente a turistas enquanto ele, envergonhado, tentava afastar-me.
Mas eu quero lembrar-me destas coisas, das ruas de Lisboa quentes à noite, dos nossos passos em sintonia, desta sensação de que o tempo passa devagar porque o que precisamos é exactamente aquilo que temos: a nós mesmos e às experiências que nos vão construindo.

sexta-feira, 23 de março de 2012

é sexta-feira 13 e esqueceram-se de avisar aqui o casalinho?

Roubaram o meu marido... foi-se o blazer, foi-se o computador, foram-se os blocos com notas sobre os próximos eventos (e a maratona já aí no Domingo...) foi-se o saco do ginásio com uns ténis novinhos em folha que lhe deram ontem. Sim, ontem... corta-se-me o coração... ainda não o vi, só ouvi ao telefone mas foi o suficiente para perceber que cara é que vou ver quando chegar da polícia.

only me

E ficar sem bateria no carro em pleno parque de estacionamento do CADIn e o tic tac do relógio a aproximar a hora de ponta ali em que não se anda para a frente e para trás?

Arranjar dois homens que me empurrem até à porta, onde só cabe um carro de cada vez (quase) e ir bater à oficina do lado que tem um mecânico simpático e em troca de cervejas me devolveu a capacidade de voltar para Lisboa.

quinta-feira, 22 de março de 2012

ahh, como o bom tuga adora a primavera!

Já anda para aí tudo a saltitar, rodar as suas saias, a roer as unhas para poder arrumar o casaco de vez e substituir os sapatos que estão ao serviço.

Quanto a mim, sei bem o que quero fazer esta Primavera. Espero que pegue. A ver vamos!

Duas situações que me provocam ansiedade no dia de hoje

1- A greve geral
2- Saem os resultados da repetição das análises que fiz na segunda-feira exactamente um mês e meio depois de a médica os ter pedido com urgência...

quarta-feira, 21 de março de 2012

as minhas histórias pelo Mundo #5

Quando fomos à China não sabíamos que a China é como a China verdadeiramente é. Cheia de tudo. De cheiros, de carros, de paisagens arrebatadoras, de coisas, de lojas, de comida e, sobretudo, de pessoas. Por todos os cantos. Aparecem não sabemos de onde. E tudo de olhos em bico. Temos a sensação que não vimos ocidentais. Mas vimos, de certeza, só que os outros abafaram-nos.

Então, quando eu qual guia turística disse que estava na hora de sairmos de Pequim e irmos para as montanhas, preparamo-nos para uma espécie de into the wild. Apanhamos um comboio de onde só saímos 28h depois e o meu marido, o meu muito engraçado marido, imbuido de todos os meus comentários acerca das montanhas, da vida rural e atendendo a que eram precisamente meia noite e meia, sai do comboio (nem sequer sabíamos se era aquela a saída mas confiamos na nossa comunicação gestual) dizia eu, que ele sai do comboio com a minha mochila a frente, a dele atrás, eu levava a máquina fotográfica, saco da comida e mais não sei o quê e ele uma lanterna na cabeça (que até hoje ocupa o lugar de brinquedo preferido).

Na estação não a ligou porque havia luz e quando saimos e ele se preparava para a ligar damos com toda uma big metropole.
Sim, eram as montanhas e a vida rural. Mas também é a China e aquela vilazinha rural tem mais habitantes que o Algarve e tem centro comercial e carros e lojas e hotéis.
E o meu Dioguinho a sentir-se um idiota por circular no meio da rua, até ao hotel, com uma lanterna na cabeça!