Ontem fomos ver o último filme português ao cinema. Coitadinho dele que ia com aquele ar que eu bem sei mas acho que no fundo se sentia com obrigação de me fazer esta vontade porque me conseguiu arrancar para o Avatar depois de muito espernear (já agora o melhor dos últimos tempos dentro do género)... Bom, mas acerca dos filmes portugueses: eu tenho esta minha teoria de que devemos apoiar o cinema que cá se faz... fico a imaginar a Julia Roberts a atender telefones e o Richard Gere a guiar um taxi por NY se os próprios dos americanos não se dignassem a ir ao cinema.
Tá certo que há cenas nos nossos filmes que nos dão comichão e nos fazem sentir vergonha por eles, coitados, mas alguém conhece bebés que corram antes de conseguir andar? Eu não. Têm muito ainda para crescer mas vão no bom caminho. O primeiro que vi no cinema foi A arte de roubar que vale MESMO a pena. Se calhar foi por isso que não achei este tão bom. Mas, ainda assim, merecedor do nosso tempo que contribui para a construção de um cinema português cada vez mais reconhecido e com maior qualidade.
Não é nenhuma tortura: o tempo passa rápido, é impossível conter o riso nalgumas partes (destaque para o Nicolau Breyner a fazer de maricas e o Nuno Markl a querer fundar um país), tem o seu quê de romântico (apesar de previsível) e mostra a nossa bonita cidade de Lisboa de uma maneira muito genuína que nos dá vontade de, também nós, tirar os sapatos e ir andar de eléctrico e dar beijinhos ao Fernando Pessoa no Chiado.
Sem comentários:
Enviar um comentário