Porque já há quem não se aguente na cadeira, cheio de vontade de ouvir a minha (sábia) crítica em relação ao filme que fomos ver ontem, cá vai:
(começar por dizer que foi muito giro voltar a sentir-me na adolescência. Lá estavamos as duas melhores amigas, com os seus namorados. Compramos gomas, pipocas e coca-cola.
Dizer também que fiquei fã dos cinemas do Alegro porque (como é que não se lembraram disto antes?) os braços das cadeiras dão para levantar e pude ficar muito aconchegadinha!)
Bom, mas pagam-me é para falar do filme:
- Adorei a interpretação do Mel Gibson. Pensar que esteve tantos anos atrás das câmaras e que, nem assim, lhe perdeu o jeito. Até o acho melhorzinho (deve ter aprendido por observação nestes tempos de realizador). Enfim, muito real o sofrimento que parecia sentir.
- A história em si não é nada de novo mas ainda assim consegue não ser um filme que sintamos já ter visto. Daí os parabéns à realização. O filme prende, e se prende, ao ecrã do princípio ao fim. Porque uma coisa é a história soar a familiar mas outra, totalmente diferente, é o caminho que se toma para chegar ao mesmo sítio. E passamos o filme sem saber quando vai acontecer aquilo que já sabemos que vai acontecer.
- Adorei os primeiros planos. Parecia que tudo girava à volta da expressividade e emoção que cada actor trazia consigo.
- Adorei os diálogos. Inteligentes como nunca vi. Dizer que às vezes há um desequilibrio(zinho) entre as partes de muita acção e os diálogos metateóricos. Mas pronto, assim se evita a monotonia.
- Achei que o Ray Winstone fez um papelão. É, talvez, a única personagem complexa do filme. Ficamos a perceber as suas frustrações, os seus desejos e aquilo em que acredita, de uma maneira muito subtil que ele vai deixando escapar aqui e ali.
- E ele foi a única personagem complexa porque o nosso protagonista era, de facto, alguém sem profundidade nenhuma. Completamente linear, com um objectivo assumido e muito ao género do filme Taken. Até a parte final me cheira a copianço do Taken (aquela do pedir ao mau para dizer o nome da filha).
Conselho de amiga: não estejam a comer pipocas nos primeiros cinco minutos. Eu avisei.
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