sexta-feira, 9 de julho de 2010

s/t

Estou a ficar farta do tema de noivas. Por isso, e só para que aqueles que só sabem de mim por aqui, ficam a saber que os sapatos já estão escolhidos e encomendados (bem ao meu jeito, on a budget! Baratinhos, baratinhos e tão confortáveis como os chinelos da golegã da minha infância), e o ensaio do penteado está marcado também para 22. Já se sabe, eu cá vai tudo de uma vez. Vou chegar a casa nesse dia a vomitar branco.


Finda esta pequena actualização tenho a tecer umas considerações. Ontem a minha querida mãezinha desafiou-me para ir com ela ao cabeleireiro, que me pagava. Ninguém no seu perfeito juízo recusaria. Por isso lá fui eu, qual dondoca, lavar, pentear e pintar mãos e pés. E nos entretantos fui pensando nalgumas coisas tais como a capacidade que pequenos momentos como estes podem ter no nosso dia. Eu sou contra o esbanjamento, contra o toma lá aqui 300 quando sei que ao lado me pedem 30, contra o comprar para se dizer que tem ou fazer para se mostrar que pode. E perante esta minha postura pode haver muita gente (daqueles que me rodeiam) que não compreendem como é que sou capaz de levar o lanche da manhã na carteira ou ir a pé não sei onde só para comprar o azeite mais barato e depois apareço sempre com as unhas arranjadas, roupa gira (digo eu), viajo, ofereço presentes.

E, nessas alturas, é-me muito difícil explicar como é que fui capaz de tornar o dinheiro nalguma coisa que existe para me servir e não o contrário: não sou, como a maioria das pessoas, escrava do dinheiro. Uso-o só para coisas que me façam realmente bem e feliz e tudo o resto, que pode ser substituível, é-o na primeira oportunidade.
E as coisas que são realmente importantes e que me fazem feliz são aquelas que funcionam quase como uma fascina: libertam espaço no coração e energia mental para me entregar melhor aos outros, dar-lhes mais de mim. Prova provada foi o bom humor com que saí do cabeleireiro, com que enfrentei a fila da A5 e ainda me despedi dele com um granda beijão, que a época dos festivais já começou e ele precisa de assegurar tudo.

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