terça-feira, 23 de novembro de 2010

Deixem-me que vos diga, em nome de quem sabe

Enganarmo-nos é o único privilégio  humano frente a todos os outros organismos!
Quem erra chega à verdade, sou humano precisamente porque erro. Ainda ninguém chegou a uma verdade qualquer sem antes se ter enganado catorze vezes ou, talvez, cento e catorze e isso é um mérito, nesse sentido.
Mas não, nem sequer sabemos errar pela nossa própria cabeça! Diz-me um disparate, mas à tua maneira, dou-te um beijo! Um disparate nosso, à nossa maneira, é quase melhor que uma verdade alheia; no primeiro caso, somos humanos; no segundo, somos pássaros! Não é a verdade que foge de nós, mas é muito mais fácil dar cabo daquilo que é realmente vida. O que somos nós agora? Todos nós, sem exclusão, em termos de ciência, de desenvolvimento, de pensamento, de descobertas, de ideias, de desejos, de liberalismo, de razão, de experiência, de tudo, tudo, tudo, andamos ainda na 1ªclasse. Tomámos o gosto de nos satisfazermos com as ideias alheias.
Não é verdade o que estou a dizer? Não é verdade?

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