sábado, 15 de maio de 2010

Um testemunho com tê grande

Pois então, dia 13 de Maio às duas da tarde acabei por sair de Lisboa, com o senhor meu namorado, a caminho de Fátima para irmos à conferência privada com o Papa e a Pastoral Social.
Quando chegamos vimos a maioria das pessoas a vir embora, findas as celebrações do 13 de Maio. Foi fácil estacionar, fomos buscar a minha credencial, 10 minutos de fila e lá entramos. A furar tudo e todos conseguimos lugar praí na 8ª fila. Indescritível a experiência do Papa a entrar por ali fora, com toda a gente a gritar, bater palmas e chamar por ele.
Indescritível, também, o que se sente quando se olha, assim tão perto.
Alguns podem não perceber toda esta azáfama à volta de alguém e não conseguir entender a dimensão de uma admiração como esta. E também não vou perder tempo a tentar explicar, porque há coisas que tenho a sorte e a Graça de sentir mas que não devo impôr.
A verdade é que, sendo ou não Cristão, Católico ou qualquer espécie de crente, devemos reconhecer a profundidade das coisas que Bento XVI diz, a forma como diz e a sabedoria das suas palavras.

Revi-me nas primeiras palavras do Bispo Auxiliar de Lisboa: «Retire-nos do fatalismo que acomoda e convoque-nos para uma compaixão que dignifica, para uma ternura que cuida, para uma escuta que valoriza, para uma esperança que acompanha (...) Tem diante [de si] pessoas que aceitaram a lógica do dom e da gratuidade e sentem paixão pelo que fazem, movidas por diversas fontes espirituais e optando por diferentes estilos de acção (...) e que vivem uma entrega ao serviço dos outros mais necessitados e feridos, doentes e pessoas com deficiência, presos, migrantes e abandonados, lutam pela defesa dos direitos humanos, pela paz, pela salvaguarda da criação».

E ganhei consciência do património cultural e espiritual daquele que é o meu Papa, em intervenções como estas:

«A fé em Deus abre ao homem o horizonte de uma esperança certa que não desilude" e "indica um sólido fundamento sobre o qual apoiar, sem medo, a própria vida, pede o abandono, cheio de confiança, nas mãos do Amor que sustenta o mundo»,

«Criem-se e aperfeiçoem-se as organizações existentes, com criatividade para corresponder a todas as pobrezas, mesmo a de falta de sentido da vida e de ausência de esperança»

«Continue bem vivo no país o vosso testemunho de profetas de justiça e da paz, defensores dos direitos inalienáveis da pessoa, juntando a vossa voz à dos mais débeis a quem tendes sabiamente motivado para ter voz própria, sem temer nunca levantar a voz em favor dos oprimidos, humilhados e molestados»

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