sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Love overseas (-2)

Dia enorme.

Incluiu tudo e mais alguma coisa. Amiga muito querida que não via há muito tempo e que está a precisar de um grande empurrão e dose de confiança. Não precisa de mais nada porque, de resto, tem tudo. Força Jôzinha, daqui a um mês subiste 820 degraus!

Meteu mais uma hora de conversa com outra grande amiga, e que estava muito triste pela perda do grande amor de um Avô.

Ainda houve tempo para namorar com a minha Mãe e a minha Avó, cada uma a seu tempo, no último abraço antes do mês inteiro que nos separa. Vai custar muito esta parte.

Antes do jantar ainda tive como "entrada" uma encomenda à porta de casa, alguém que me acompanha há 20 anos e que não ia aguentar sem vir cá tocar à campainha. Soube bem!

Agora o homem voltou a sair de casa, deixando-me furiosa e já pelos cabelos com tanta actividade "extra-curricular". Há 4 noites que me deito sem ele ter chegado, muito irritante.

Faltam algumas coisas, mais do que eu queria, pelo que o serão parece que vai ser longo. Amanhã as 8h já a pé para um funeral antes de seguir para o casamento que encerra as festividades. Vamos lá ver se arranjo tempo para o dia (-1)!!

Love overseas (-3)

Acho que a entrevista de trabalho correu bem. Vamos lá ver. Rezar muito.

De saúde tudo tratado para a nossa grande viagem.
Compramos uma coisa muito inteligente na Decathlon que é um saco para proteger as mochilas (até 80L) nos porões dos aviões. Como dá para unir os fechos com cadeados é uma beleza e vai poupar-nos a seca e o dinheiro de termos de envolver a mochila naqueles plásticos sempre que formos viajar de avião.

O dinheiro, em dólares e euros, já habita na nossa humilde sala.

Amanhã é comprar os cadeados e enfiar as últimas coisas na mala (cremes e essas coisas) que no Sábado o dia não dá para nada, vai ser bem recheado do casamento de uns amigos nossos e acabamos por ir de directa para o aeroporto no Domingo, de certeza.

Ainda terei tempo para almoçar com as minhas do coração e passar umas horas da tarde a tirar tudo o que é meu da casa antiga, que ultimato de Mãe é para ser cumprido!

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Love overseas (-4)

Para hoje temos:

- comprar e ir levar a vacina da Hepatite A;
- levantar dólares no banco;
- tratar da máquina fotográfica e tudo o que tem a ver com as tecnologias;



Profissionalmente falando, o meu cunhado entrou num grande trabalho o que dá ânimo à coisa. Quanto a mim, muitas muitas figas para amanhã às 11h!

Jo, quanto ao jantar de amigas, é mais jantar do trio do costume porque não tive mais respostas! Anyway, "a gente manda a casa abaixo"!

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Love overseas (-5)

A 5 dias da partida, o homem está encarregue de imprimir tudo o que é reservas e e-tickets.
Eu estou responsável por dissecar o armário da casa-de-banho e ver, no meio de tudo aquilo de que ele se apodera sempre que passa por hóteis, serve para levarmos como sabonetes, shampoos etc, caixinhas que fiquem pelo caminho.
Já tenho a mala pronta. Não gozem. Queria fazer as coisas com calma, escolher o mínimo possível e as coisas que não me importasse de ir largando para encher com outras que são dadas ao preço da chuva naquele lados.

Realmente não há nada como a prática: a mochila pesa menos 5 kg do que a que levei quando viajei por lá um mês da última vez, e essa já pesava menos 5 kg que a do interrail. Tá-se a ver que da próxima vou com a roupinha do corpo.

De resto, acho que ainda não me mentalizei.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

dia da tolerância à dor

Pela manhã foi o dentista, seguido de depilação a laser (desta vez com a máquina das peles morenas que dói para xuxu).

Segue-se uma tarde de arrumações, de voltas à roupa, de listas de to-do´s e de coisas a comprar com urgência.

A partir de amanhã, a contagem decrescente com pormenores.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

por aqui continua

... o envio desenfreado de CV´s na esperança de que alguém me acolha

... a contagem decrescente para aquela que será a viagem das nossas vidas (para além dessa a que se chama casamento)

sábado, 17 de setembro de 2011

hoje é dia de casamento

e enquanto ontem só pensava no que estaria a noiva a sentir, na noite que a separava do seu grande dia, hoje já comecou o regabofe. A modos que vai ser tudo caseiro, por isso, piquena checklist até às 14h, hora de sair para Torres Vedras:
-Tomar o pequeno-almoço
-Tirar o verniz
-Apanhar um hora de sol no nosso pátio
-Tomar banho, lavar bem a cabeça
-Vestir
-Secar o cabelo e fazer um penteado txanã
-Pintar as unhas
-Almoçar
-Maquilhar

Bom fim-de-semana!

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

muito bom

é muito tentador

sucumbir aos pensamentos acerca de tudo o que eu poderia ter feito e acontecido quando decidir ir para a faculdade. Nomeadamente em relação ao curso que devia ter tirado.

Se bem que só tento encontrar estágio há 14 dias, e não de forma intensiva, é muito frustrante perceber as dificuldades que se nos deparam.

E depois, quando estou a 1 mm de pensar por que raio fui eu escolher Psicologia (principalmente quando a minha média me dava para qualquer curso) e, pior que tudo, já dentro do drama, por que raio fui para Clínica em vez de para Organizações que é provavelmente a única coisa que está a dar, dizia eu, quando estou a 1 mm deste género de pensamentos, a minha voz da sanidade mental manda-me dois berros.

Não fiz nada mal. Aliás, só fiz bem. Acordei durante 5 anos feliz, mas feliz que só eu, por ir para as aulas. Estudei sempre com imensa vontade e com uma certeza enorme no coração. É mesmo isto. Dei sempre o litro, nunca me fiquei pela metade, quis sempre ser a melhor e dar o meu máximo. Agora, é um misto de esperar e lutar... esperar que haja por aí gente consciente da mais-valia da Psicologia e lutar com todas as minhas forças e armas disponíveis para que me seja dada a primeira oportunidade.

Com a certeza de que não me vendi ao pensamento dominante da sociedade, que não escollhi um curso pela sua saída profissional ou pelo ordenado que me podia cair na conta. Com a certeza que, arranque a minha carreira quando arrancar serão dias de profunda felicidade a fazer aquilo que sinto que é a minha verdadeira vocação.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

O caminho e a estalagem

Chega setembro e damos por nós a conjugar regressos. Há duas maneiras de encarar este reencontro com o nosso quadro habitual de vida. Podemos entendê-lo como um retomar simples de um percurso que a pausa estival interrompeu. Voltamos aos mesmos lugares, ao mesmo ritmo, aos mesmos tiques rotineiros, como se a vida fosse um contínuo inalterado. Ou podemos voltar, tendo ganho uma distância crítica e criativa, em relação ao modo como habitamos o real que nos cabe. Sentimos então, como naquele verso de Rainer Maria Rilke, que temos de chegar ao que conhecemos e arriscar olhá-lo como se fosse a primeira vez. De facto, a vida, nas suas várias expressões (laborais, familiares, afetivas…) precisa de recomeços que o sejam verdadeiramente.
Não nos podemos instalar simplesmente nas vitórias de ontem, nos saberes adquiridos de um dia, nas experiências de uma determinada etapa. O recomeço supõe uma abertura esperançada em relação ao hoje, encarando-o com a pobreza e a ousadia de quem aceita, depois de ter percorrido já uma estrada, considerar que está novamente, e que estará até ao fim, a viver sucessivos pontos de partida.
Neste sentido, precisamos de jogar a vida no aberto, mantendo uma plasticidade interior que é um grande investimento de confiança no modo como Deus se vai manifestando a cada momento. 
Talvez precisemos todos escutar mais profundamente a vida para captar essa novidade que nos chega por dentro, esse refazer das disposições interiores, essa rejuvenescida vontade de nos pormos à estrada, quando a tentação que nos sobrevém, a dada altura, é a de nos arrumarmos num canto qualquer.
Há aquela frase exigente e fantástica que o D.Quixote repetia: “vale mais o caminho do que a estalagem”. Setembro abeira-se de nós assim, desafiando-nos não a um regresso à estalagem, à zona de conforto, à vida tornada mais ao menos maquinal, mas a expormo-nos aos reinícios autênticos, ao refazer humilde e apaixonado do nosso labor, às aprendizagens que nos avizinham silenciosamente do definitivo escondido no provisório que tateamos.
José Tolentino Mendonça

Chatices com as finanças facilmente evitaveis

É que eu sou tão querida, tão querida, que cá venho perder uns minutinhos em serviço público.

Agora que acabaram os 5 meses de perseguição das finanças, aqui deixo aquilo que não podem mesmo fazer:

1- Se estão em casa dos vossos pais, e são sempre declarados como dependentes dos mesmos, tudo aquilo que ganharem a trabalhar (promoções, congressos, anúncios, por aí...) deve ser declarado, pelos vossos pais em Anexo B, a cada ano. Mesmo que haja um ano em que não trabalham, devem declarar 0 eur de rendimento, mas precisam de o fazer. Caso contrário, 50 eur de multa por cada ano.

2- Se casam antes de terminar os estudos (só para malucos como eu) ou, até casarem, foram declarados como dependentes, não se podem esquecer que o ano de casamento deve ser declarado como dependente ou declarado pelo vosso marido (se for o caso de só ele trabalhar, como é o nosso). Mesmo que casem no dia 31 de Dezembro, quando o ano acabou estavam casados, os vossos pais não podem declarar nada de despesas com vocês.


Não desejo a ninguém a trabalheira de ter de ir mexer nas declarações dos pais de 4 anos atrás para anexar recibos nem ver os pais alegremente a declarar as despesas (reais) que tiveram comigo em faculdade de 2010 quando, afinal, não o podem fazer.

Boa sorte!

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

A Ordem dos Psicólogos e os Estágios Profissionais - #1

Tal como prometido, inicia-se hoje a crónica relativa ao inferno que é o início de qualquer carreira em geral mas, agora, dos Psicólogos em particular.

Piqueno ponto da situação: desde que a Ordem dos Psicólogos se instalou passou a ser obrigatória a realização de um Estágio Profissional para que o recém formado passe de Psicólogo Estagiário a Psicólogo Efectivo. O que, em termos práticos, se distingue pelo título prossional bem como com a possibilidade de se poder realizar prática clínica independente, ou seja, sem supervisão.

Posto isto, e porque queremos traçar o nosso caminho, todos temos pressa em passar rapidamente a nossa fase de Estágio Profissional e entregar o senhor relatório que a Ordem nos exige.

Para outra crónica ficarão as perguntas que fiz à Ordem e as respostas que obtive. Para já, fica o resumo daquilo que eu considero o MUST KNOW acerca de como as coisas são, quando se é um Psicólogo acabado de sair da Faculdade:

1- Para quem tem a licenciatura antiga ou o Mestrado Integrado, precisa de fazer um Estágio Profissional de 12 meses e a totalidade de 1600 horas.
2- É preciso escolher a instituição e garantir que esta celebre um protocolo de boa fé com a Ordem. Há formulários para isso.
3- É preciso garantir que se tem supervisor e que a Ordem o reconheça como tal.
4- Para se inscrever na Ordem como Psicólogo Estagiário pagamos 180 euros.
5- Para a realização do Estágio, pagamos à Ordem 160 euros (80 por semestre).
6- É obrigatório, durante o Estágio, que se frequente um dos cursos de formação promovidos pela Ordem sobre ética. Esse curso custa 80 euros.
7- No final do Estágio temos de entregar um relatório que descreva todas as actividades que será avaliado e decretará se passamos a Psicólogos efectivos ou não.


Assim, em geral, é isto que nos dizem. Passarei mais tarde com as perguntas que fiz... O desafio está em conseguir que alguém nos permita a realização do Estágio uma vez que o Governo decretou que agora os Estágios Profissionais são obrigatoriamente pagos pelo que anda tudo a fugir com o rabo à seringa.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Novo serviço - ainda sobre a viagem, que hoje é o dia de falar sobre ela

Respondendo ao comentário da Isabel: nem pensar duas vezes em relação à ida à Ásia, quanto mais depressa melhor que aquilo vai mudar muito.

Em segundo lugar, e isto aplica-se a todos os leitores, qualquer pergunta, dúvida, informação que queiram sobre aqueles lados, digam que eu respondo grátis com o maior dos gostos. E por uma comissãozinha até posso planear toda a viagem!

Hoje sobre a viagem, amanhã informações para novos psicólogos

Nos últimos tempos, e tendo em conta que o dia não é ocupado a trabalhar desalmadamente, investi muito tempo na organização da nossa grande viagem.

Lembram-se do post a descrever a viagem pela Austrália? Pois, mudou tudo, não vai ser nada disso.
Decidimos mudar agulhas para as Ásias. Apesar de já ter andado por lá, não vamos repetir sítios que eu já tenha ido (à excepção de Bangkok, Singapura e Camboja) e juntaram-se dois factores importantes: o Diogo querer ver e sentir o que é que me faz ser apaixonada por aquele continente e o facto de ser muito mais barato e a viagem nos sair em óptima conta.

Posto isto, e já com todos os bilhetes comprados (incluindo os dos comboios!), aqui está o nosso trajecto:

Singapura

Camboja - Siem Reap

China - Pequim

China - Guillin

China - Yangshuo

HongKong

Macau

Tailândia - Bangkok

Índia - New Delhi

Índia - Cidade Sagrada de Varanasi

Índia - Agra

Índia - Jaipur

Tailândia - Koh Samui

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Nos últimos dias

tenho-me dedicado a duas coisas em exclusivo: a papelada para começar a trabalhar e a nossa viagem.

Embora agora tenha de sair num instante, conto vir aqui descrever-vos tudo o que já está tratado da nossa grande aventura e que vão poder seguir, por aqui, dia-a-dia.

Até já!

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Uau, nada como uma grande dor de barriga

que decorre daquela fase tramada do mês, para me obrigar a estar deitada e, assim, passar aqui no blogue.

Também queria fazê-lo para responder à leitora Isabel que fez uma pergunta muito interessante.

Ora pois que acabei o curso (com Mestrado incluído, isto hoje em dia é assim tudo à grande!) há pouco mais de um mês e já ando aí a mandar-me aos leões como está claro.

Deixa lá ver como é que falo do assunto de uma forma que seja minimamente compreensível, que isto mete vários prismas.

Em primeiro lugar, não estou desesperada à procura porque o mês de Outubro será passado todo a viajar com o meu querido maridinho e, por isso, não há coisa de arranjar emprego para depois dizer byebye vou só ali e já venho. No entanto, quero e estou a aporoveitar este mês de Setembro para ver se me arranjo e garanto de forma que, assim que chegar, tenha o que fazer e possa trazer uns trocos para casa. Resumindo, a pressa é deixar qualquer coisa apalavrada.

Agora passamos à descida aos infernos e à linda observação de como duas boas decisões juntas se podem transformar numa má:

A minha profissão está numa de se afirmar e criou, recentemente uma Ordem. A Ordem dos psicólogos, ou a Ordem fantasma como preferirem, tomou uma decisão que, só por si nem é má: para que passemos a psicólogos efectivos precisamos de fazer um estágio profissional de um ano. Tá certo. Percebo a coisa de garantir que todos passem por um ano de experiência com pessoas a sério e em locais com mínima noção do que fazem.
O piqueno (graaaaande) problema é que o governo também tomou uma boa decisão que é a de obrigar, a partir deste mês, que os estágios profissionais sejam todos pagos. Xina pá, muita bom... pensamos nós.
O problema é que, agora, as instituições, tesinhas tesinhas, sem dinheiro para mandar cantar-me a mim, andam a fugir aos estágios profissionais porque não conseguem pagar.... e, assim, lá se vai assistindo ao afastamento do dia em que ficarei psicóloga efectiva e em que poderei ter o meu consultório.

Respondendo muito directamente à Isabel, e garantindo que esta é a minha opinião, apesar de tudo o que estou a passar com esta pescadinha de rabo na boca: SIM, HÁ ESPERANÇA NO MUNDO DO TRABALHO. Se dermos o litro, se dispararmos para todos os lados, se pensarmos em coisas concretas para oferecer aos locais onde nos propomos, se nos soubermos "vender" bem, estou mesmo convencida que ninguém deixa escapar os bons, os melhores, aqueles que são capazes de fazer prosperar uma empresa!