segunda-feira, 31 de maio de 2010

limpeza a seco

Ainda estou aqui a tentar perceber que género de seres vivos encontrei hoje de manhã no aeroporto!

O noivo foi vivinho da silva e voltou um morto-vivo... todos eles pareciam acabados de chegar da pior das missões das suas vidas, onde foram muito mal tratados, passaram fome e foram sujeitos à tortura do sono.... e lamentavam-se ali às suas namoradas... coitadinhos, como se tivessem sido obrigados a passar três noites em branco, a divertir-se (que horror) a rir e beber muito (afastem de mim essa cruz).

Coitadinhas foi de nós que acordamos bem cedinho para lhes fazer um surpresa, levamos com 40 minutos de trânsito porque a 2ª circular está "com obras na via" e chegamos lá e tinhamos fantasmas no lugar dos nossos homens. É dose!!


ora bem, para quem tem perguntado...

Aqui ficam mais uns objectos da wishlist...

Ainda não tenho nenhum destes, e são tão baratinhos


Também queria muito, muito estes dois:





E agora, para quem já recebeu o subsídio de férias e quiser perder a cabeça temos a poko pano (os primeiros dois) e a cia maritima (os outros) que me agradam:











Pedir não custa mesmo nada, estou a reparar agora!

domingo, 30 de maio de 2010

Há bocado desci para almoçar e no caminho deram-me um daqueles papelinhos borrifados de perfume. Como saí de casa à pressa e não tinha posto o meu, vai de esfregar o papel n pescoço.

Minha gente, onde tinha eu a cabeça??? Tou praqui com um fedum ui ui... Transformei-me naquela mulher da qual eu fugiria... é de tal forma intenso que se fosse um desenho animado aposto que ficava aquele fumozinho atrás de mim quando passo...

Ora sabei das últimas

E tudo acerca do casamento, cruzes!

Os convites já estão decididos... aqui pra nós que ninguém nos vê (é um facto) estão do melhor... e, arrufem os tambores, chegamos a um acordo entre o clássico e lá o senhor moderno meu homem... e a dificuldade que é fazer uma coisa gira que não se torne pirosa?? Uma pista? Os nossos convites vão parecer aqueles para a inauguração de uma nova colecção de joias...uhhh! Graças ao invitationman, for sure!

Fui na sexta -feira levar os tecidos do vestido à costureira... aquela mulher é sempre a bombá-las, deu-me mil ideias e acabei por ficar só com a parte de cima e costas que tinha pensado e a parte de baixo como ela sugeriu... contactem-me quem quiser a melhor costureira de vestidos de noiva a preço que parece mentira!

E também na sexta o D. tinha sido avisado pelos seus padrinhos de casório que tinha de estar pronto as seis e meia com um saquinho para o fim-de-semana....   mistério....... ligou-me as sete e meia a dizer que estava no aeroporto e iam para BARCELONA! 15 homens (selvagens) a caminho de Barcelona....
Como sou a rainha das namoradas porreiras disse-lhe logo para ele aproveitar, para não se preocupar em mandar mensagens e tal... o balanço? só uma mísera mensagenzinha até agora... não pensei que ele fosse levar os meus dizeres tão a sério!!!
E falei ao telefone com a namorada de um deles que lá está e que, ao contrário do meu, liga para saber da sua menina, e então ela disse-me que estava tudo a correr bem e muito divertidos e que na sexta tinham ido sair mas tinham voltado cedo para aproveitar o dia, por isso as 7.30 ja estavam no hotel... e eu: sete e meia da tarde? Não, da manhã (duh).... ah, tá certo, então...cedo...

Será que ele não me diz nada porque já nem respira??? O que é que lhe andam a fazer? Coitada da criatura, só queria casar...

quinta-feira, 27 de maio de 2010

and now, wish me luck

É muito bom e faz muito bem.

"Sair dos dias. Não dormir. Não falar com ninguém. Ficar de fora do lá de fora. Ocupar o coração. À força. Ser como ele.

É muito bom e faz muito bem.

Espera-se um bocadinho e, pouco a pouco, ele começa a correr para dentro de nós, aflito por atenção. Traz as coisas que adiámos, em que não reparámos, que não tivemos tempo de cuidar. E primeiro vêm as mágoas. A felicidade que recusámos. Sem saber. Sempre sem saber. A tristeza que fugimos. Voltam. É muito bom e faz muito bem.

Sair de nós. Cair nos outros. Não escrever. Ler. Não pensar. Lembrar. Os amigos quietos. O murmúrio do riso que riram. A família parada. O colo onde cabe a cabeça. O amor adormecido. Estas coisas acordam. E sossega saber que nós não somos nada sem eles. E mesmo com eles, quase nada. Escravos de carinhos somos nós, seguindo atrás, de braços abertos, numa fila sem fim.

É muito bom e faz muito bem.

Sair dos trabalhos, do dinheiro, das palavras que nada querem ou conseguem dizer. Fazer gazeta. Faltar. Desobedecer. É um trabalho também. Não ir. Não responder. Não entregar. É cumprir também. Desmergulhar. Desfazer. Desacontecer. São tarefas também. Ainda mas difíceis, talvez.

É muito bom e faz muito bem.

Sair da ordem. Cair na doçura do acaso. Trocar de caos. Descer. Vestir a mesma roupa. Não fazer a barba. Beber. Fumar. Sem pausa. Sem razão. Ceder. Emergir. Abandalhar. Fazer o que não se está a fazer. Esticar a corda. Não atender. Desarrumar os livros. Passear pela casa como se fosse uma cidade destruída. Estragar.

É muito bom e faz muito bem.

Sair da vontade. Cair na estupidez. Não descansar. Ver televisão numa língua que não se compreende. Forçar. Esquecer.
Fazer o que não apetece fazer. Contrariar. Confundir. Comer atum de conserva com uma colher. Pôr o despertador para tocar mal se comece a adormecer. Dizer disparates em voz alta."Todos agora". Virar o bico ao pego. Arrepiar. Arrepender.

É muito bom e faz muito bem.

Sair do corpo. Cair na alma. De chapão. Sem ver nada à frente. Receber os mistérios. Sem cerimónias. Sem compreender. Ser absorvido. Subjugado. E agradecer. Perder o norte, o fio, os sentidos. E gostar. Divertir. Desprender. Chafurdar na lama. Acriançar. Rir. Começar a chorar. Ser levado, enlevado, enganado, desprotegido, confuso, cruel. Desviado.

É muito bom e faz muito bem.

Sair da vida. Cair na morte. Sofrer. Iludir. Acabar. Permanecer na cama. Pensar em tudo o que se faz como se fosse a última vez. Esmorecer. Querer voltar atrás e fingir que já não se pode. Confessar. Pedir. Esvaziar. Ter pena de quem se foi e do que se fez. Rejeitar o perdão, a redenção, a última oportunidade.

É muito bom e faz muito bem.

É tão bom e faz tanto bem que, às vezes, cada vez mais, não apetece regressar. Tanto que só nos resta levantarmo-nos de onde caímos e, deixando-nos conduzir por tudo o que nos tolheu os passos desde o dia em que começámos a errar, na contramão das nossas almas, só nos resta procurar um sítio onde a nossa ida não se reconhece, não se aceita, não faz sentido, e entrar.

Entrar aqui. Daqui de onde nunca se sai. E ficar."
 
Miguel Esteves Cardoso

quarta-feira, 26 de maio de 2010

cenários preocupantes

Isabel Jonet, para a TSF:

«Hoje em dia há muitas pessoas que, estando com força para trabalhar, não encontram colocação. O rosto do desemprego mudou incontestavelmente. Muitos jovens que saiem das universidades com uma licenciatura não encontram uma colocação compatível com as suas qualificações no mercado de trabalho e estão a ocupar o lugar que tradicionalmente pertencia a pessoas com menos qualificações», explicou.


No próximo fim-de-semana, o Banco Alimentar Contra a Fome promove mais uma campanha de recolha de alimentos. Não fiquemos indiferentes.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Algumas coisas eles sabem

Acho tremendamente sábio que na lingua inglesa haja duas palavras diferentes para o que nós só temos uma:

wedding e marriage.

É ou não é? Não concordam??? Mandava já explodir com o Wedding, como se fosse isso o essencial. E é tão fácil que as pessoas se percam no meio disso, dos preparativos, dos presentes, dos códigos de etiqueta, de quem convidar ou não, do guardanapo pra casa....

E o Marriage? É com ele que nos comprometemos. É ele que vai ser todos os dias da nossa vida.
Mil vezes investir todas as minhas forças nessa preparação.




segunda-feira, 24 de maio de 2010

4 horas de sucesso

Foram quatro horas a falar sobre a Teoria Experiencial e 4 horas de uma turma que participou, discutiu, disse disparates em tom de teorias. Horas que nos tornaram mais ricos.


E, olha lá, passei as 3000 visitas!!

Consegui bater o meu record!! 15 horas de trabalho intensivo.

Ainda ia reunir sobre o projecto de investigação amanhã às 10h mas a equipa é sensata e tendo em conta que estamos todos ainda a trocar emails, ficou adiado.

Pralém disso como é que podia ir fazer a minha palestrazinha as 14h se tivesse com este ar de morta?! Preciso da minha plateia atenta e participativa e tenho de dar o exemplo...



ps- daqui a três meses e uns dias, já estás na cama quando eu lá chegar depois destas maratonas. vai ser tão bom!

domingo, 23 de maio de 2010

Faz exactamente 11 horas que entrei aqui no escritório.
E estou para ficar.

sábado, 22 de maio de 2010

um miminho ao público feminino

E a todos os homens que queiram ver a beleza que é falar-se da sua mulher assim, a partir do minuto 21.57


sexta-feira, 21 de maio de 2010

Já ouvi esta umas 7 vezes hoje

algo sábio sobre os que me visitam:

Boletim da noiva

Agora a história é que ele quer, porque quer, convites originais, modernos, "com a nossa marca" e eu só queria um simples cartãozinho de papel. Do mais simples e clássico que houvesse.

E ainda levei com o comentário dele: "Ai, ai, ai, depois de tudo o que já passou, nunca pensei que fosse nos convites que nos íamos zangar!"

Mas vamos!

quarta-feira, 19 de maio de 2010

>sob ameaça

SOU OBRIGADA A INFORMAR QUE NINGUÉM ME PODE DAR O SECADOR. ESTÁ RESERVADO E ELA OBRIGA-ME A TROCAR O DA OUTRA SE ALGUMA ME DER.

Por isso, já sabem. A menos que queiram ver a cara mais feia que a Catarina consegue fazer, é bom que se fiquem por outras coisas que achem muito importante que uma miúda das barracas casada deve ter!

vou merecer o descanso

Pois muito bem, onde ficámos mesmo??

Ah, foi no Domingo (xii, andei desleixada!)

Segunda foi exactamente o mesmo dia atarefado. Trabalhar de manhã, 4 horas de aulas em que constato que a maturidade em mestrados não é a que devia ser. Apresentações de trabalhos que são, basicamente, fazer de nós burros. Colegas a dizer por outras palavras aquilo que podíamos ler no quentinho da nossa cama ou numa esplanada. Em vez de cultivarmos o bom hábito de discutirmos temas cientificos, qualquer coisa que nos enriqueça...
Reunião no Restelo das 18h às 19h40. Casa do senhor noivo para ver a sobrinha querida e mais querida. Seguirmos para reunião no Lumiar que acabou à meia noite.

Terça foi um dia normal. Acabei a convencer a minha mãe a fazermos uma viagem as duas antes de eu casar e me pôr a andar daqui pra fora. Em princípio Roma. Que bom que era. Tou farta de dizer isto (e os meus amigos mais amigos que me desculpem), mas para mim Roma é das cidades mais completas de todas. Tem história, arte, arquitectura, gastronomia, religião, moda e compras! Que mais poderíamos querer?

Hoje, acordar às 6.45. Trabalhar para a minha agência das 7.30 às 10.15 numa campanha no âmbito do Dia Internacional da Doença Inflamatória do Intestino.
Seguiu-se uma visita à Igreja da paróquia para me informar acerca da papelada para o casamento. O Padre andava para lá a correr de um lado para o outro e pendurado nos muros com fita métrica no meio das obras. Ficou meio resolvido.
As 11h cheguei a casa. Adiantei trabalhos. As 12.15 almoçei e as 13h estava na reunião na faculdade. As 14 entrei numa apresentação sobre Medos na Infãncia e Birras.

Fui comer uma saladinha de polvo e umas ameijoas e adivinhem??? Sentei-me agora para trabalhar e daqui só saio mais ou menos.... amanhã!

A ver vamos!

domingo, 16 de maio de 2010

Então é assim

Da minha janela já se vê o estendal montado.
Muitos autocarros já chegaram.
Auto-caravanas já havia desde ontem.
Os miúdos já correm.
O porco já está no espeto e as febras na brasa.
Já se pode ver um acumular de garrafinhas de jola no chão.
Os homens já tiraram as camisolas, principalmente os mais peludos-barrigudos.

Isto é a final da taça, aqui mesmo no Jamor.





Nada a ver- já disse aqui que aconselho que se atrevam a dar o passo do casamento mesmo com poucas certezas económicas? Lá vou eu hoje ver mais uns móveis que uns tios não querem. Até agora as coisas aparecem. Mas aparecem mesmo, vindas do céu.

sábado, 15 de maio de 2010

Para este fim-de-semana temos

Deitar o irmão mais novo na 6ª
Trabalhar
Acordar cedo e levar o irmão mais novo ao futebol
Ir ao Pingo Doce
Ir buscar o irmão mais novo ao futebol
Trabalhar
Trabalhar
Trabalhar
Jantar de anos surpresa para um amigo
Acordar cedo
Trabalhar
Trabalhar
Trabalhar
Trabalhar
Trabalhar

Ontem fui fazer follow-up de uns convites da minha agência. Em duas horas e meia fiz 108 telefonemas. Que tal? Bom dia, sou a__ e estou a ligar do grupo ___ no seguimento de um convite que enviamos ao Dr.__ para estar presente na inauguração da exposição Futuro Melhor. Gostaria de saber se podíamos contar com a sua presença.

Bueno, para acabar em beleza, antes de ir ao Pingo Doce entrei num chinês e vi uma t-shirt que eu tinha comprado numa loja toda chique e que dei 20eur por ela exactamente por ser fora do comum, e lá estava ela no chinoca a 10eur.

Inspira, expira.

Um testemunho com tê grande

Pois então, dia 13 de Maio às duas da tarde acabei por sair de Lisboa, com o senhor meu namorado, a caminho de Fátima para irmos à conferência privada com o Papa e a Pastoral Social.
Quando chegamos vimos a maioria das pessoas a vir embora, findas as celebrações do 13 de Maio. Foi fácil estacionar, fomos buscar a minha credencial, 10 minutos de fila e lá entramos. A furar tudo e todos conseguimos lugar praí na 8ª fila. Indescritível a experiência do Papa a entrar por ali fora, com toda a gente a gritar, bater palmas e chamar por ele.
Indescritível, também, o que se sente quando se olha, assim tão perto.
Alguns podem não perceber toda esta azáfama à volta de alguém e não conseguir entender a dimensão de uma admiração como esta. E também não vou perder tempo a tentar explicar, porque há coisas que tenho a sorte e a Graça de sentir mas que não devo impôr.
A verdade é que, sendo ou não Cristão, Católico ou qualquer espécie de crente, devemos reconhecer a profundidade das coisas que Bento XVI diz, a forma como diz e a sabedoria das suas palavras.

Revi-me nas primeiras palavras do Bispo Auxiliar de Lisboa: «Retire-nos do fatalismo que acomoda e convoque-nos para uma compaixão que dignifica, para uma ternura que cuida, para uma escuta que valoriza, para uma esperança que acompanha (...) Tem diante [de si] pessoas que aceitaram a lógica do dom e da gratuidade e sentem paixão pelo que fazem, movidas por diversas fontes espirituais e optando por diferentes estilos de acção (...) e que vivem uma entrega ao serviço dos outros mais necessitados e feridos, doentes e pessoas com deficiência, presos, migrantes e abandonados, lutam pela defesa dos direitos humanos, pela paz, pela salvaguarda da criação».

E ganhei consciência do património cultural e espiritual daquele que é o meu Papa, em intervenções como estas:

«A fé em Deus abre ao homem o horizonte de uma esperança certa que não desilude" e "indica um sólido fundamento sobre o qual apoiar, sem medo, a própria vida, pede o abandono, cheio de confiança, nas mãos do Amor que sustenta o mundo»,

«Criem-se e aperfeiçoem-se as organizações existentes, com criatividade para corresponder a todas as pobrezas, mesmo a de falta de sentido da vida e de ausência de esperança»

«Continue bem vivo no país o vosso testemunho de profetas de justiça e da paz, defensores dos direitos inalienáveis da pessoa, juntando a vossa voz à dos mais débeis a quem tendes sabiamente motivado para ter voz própria, sem temer nunca levantar a voz em favor dos oprimidos, humilhados e molestados»

sexta-feira, 14 de maio de 2010

rapidinhO

Eu sei, eu sei, eu sei.

Tenho mesmo de cá vir mas é que tenho tantas coisas que gostava de dizer e tenho tão pouco tempo.
Deixo-vos assim com um ensinamento, muito rápido


quinta-feira, 13 de maio de 2010

Today ´s gonna be a long day, cause today ´s gonna be a long long day!!

terça-feira, 11 de maio de 2010

EU VI O PAPA!

Triste quando ontem abri o meu email e vi que tinha sido marcada a última formação do projecto de investigação, em que estou metida, para hoje as 19h.

Isso significava deixar para trás os meus planos de me juntar a todos aqueles que, como eu, acreditam, e ir, num acto de fé partilhada, à Missa no Terreiro do Paço.
Mas a vida é mesmo assim e, com toda a serenidade, ofereceria o sacrifício que me estava a ser pedido.

Hoje acordo, e venho a saber que às 12h45 o Papa ia passar na avenida mais bonita de Portugal (é mesmo a mais bonita, a Av. da Torre de Belém). E, por acaso, faz esquina com a rua do Movimento em que estou envolvida. Então bora levar para lá a nossa imagem e bandeira para o Papa ver. Bora!

11h30 montamos estendal, choveu durante uns 15 minutos como eu nunca tinha visto chover na vida. Mas ficou a alegria de ir vendo os amigos a chegar para vivermos isto juntos.

Aparato brutal, mil motas e carros a passar, de repente vejo-o! Ali, a três metros de mim, com a cara colada à janela do carro, a dizer-nos adeus e a rir deliciado com toda a "feira" que montamos ali, onde ninguém esperava.

E vim embora. Com a alegria de esta sua vinda não me ter passado ao lado. Por me ter sido possível viver este bocadinho com o coração cheio de coisas que interessam e nos fazem bem. Por agora ir cumprir todos os meus deveres sem ter ignorado o grito que o meu coração dava.

O D. apareceu lá de surpresa, disse que ia almoçar mais cedo. E assim estivemos juntos, a ver o Papa que passou pela avenida do nosso dia-a-dia, no ano em que nos casamos.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

?? hum......??

Ainda não sei o que pensar sobre o Santini estar a preparar-se para abrir no Chiado.

É que toda a minha vida ir ao Santini não era só o mesmo que comer gelado. Era encher o carro com pais e manos, irmos em família, pela marginal, passear até cascais.

Toda a gente sabia que não se ia " só ali buscar um Santini". Era todo ele um programa, que nos dava calma porque sabíamos que ia demorar tempo, que íamos ficar na fila, que íamos ficar sempre na dúvida do que íamos escolher e, quase sempre, nos arrependíamos de não ter escolhido nata em vez de baunilha, ou manga em vez de morango... (tirando a minha fase muito parva em que ia ao Santini e comia nata com baunilha, enfim...)

Bom, acho bem que quem não tem muitas hipóteses de ir até cascais possa ter acesso aos melhores gelados do mundo.... mas é que vai perder o mistério. Foi o mesmo que aconteceu quando passou a estar aberto todo o ano em S. João. Já não havia aquela expectativa, perguntar a toda a gente "Sabes se o Santini já abriu?"...
(não sei de quem é esta fotog por isso mil perdões se tem direitos de autor)

domingo, 9 de maio de 2010

Sobre os sonhos

Já disse aqui que eu e o D. gerimos, praticamente, uma empresa de sonhos??
Temos para dar e vender. Somos sonhos desde o primeiro dia do nosso namoro. Não fazemos cerimónia nenhuma e sonhamos. Se calhar foi sempre isso que alimentou estes anos. Sonhos muito realistas com uma probabilidade enorme de se realizarem. Outros sonhos que nos saíam da boca para fora e que nos provocavam ataques de riso "Eu gostava mesmo era de um dia..." e o outro muito sério ficava a olhar até rebentar a rir "Claaaro". Também temos sonhos completamente incompatíveis "Gostava imenso de não ter de pensar em dinheiro, não ter de me matar a trabalhar" e, ao mesmo tempo, "Quero viajar a vida toda", hummm como é que isto se faz sem dinheiro??

Bom, mas o mais bonito é que os sonhos de cada um foram-se transformando nos sonhos do outro. Agora sonhamos ao mesmo tempo as mesmas coisas. E estamos empenhados em tornar os nossos sonhos realidade. Porque se nos lembrarmos todos os dias do que o outro sempre sonhou para a sua vida e nos dedicarmos a torná-los realidade, isso faz de nós a pessoa mais importante da vida do outro: a única que tem a capacidade e a sabedoria de a fazer feliz, de procurar dar-lhe o que a preenche e dá plenitude.

Porque a vida faz-se disso mesmo, de sonhos que são pequeninos e que nos constroem enquanto pessoas, que tornam em coisas visíveis o mais íntimo de nós. Ao fazermos o que sonhamos, deixamo-nos a nós próprios em coisas que os outros podem testemunhar. E somos, ao mesmo tempo, prova viva de que a vida não precisa de ser qualquer coisa por que passamos, não precisa de ser vivida no imaginário, que não precisamos de viver a vida pela dos outros, o que vemos nas revistas, nos filmes, nos livros e nas telenovelas. Não. A vida pode, e deve, ser vivida sem reservas. Rumar ao alto é o primeiro passo para se subir um degrau. Vivamos os nossos sonhos, o que é feito à nossa medida. Porque a medida da do lado é diferente da minha e a vida dela provavelmente não me servirá.

E saber que não me cabe a mim fazer-me feliz e realizar os meus sonhos, mas que essa é função dele, não só me permite uma entrega mais profunda como me deixa livre para a minha tarefa: de planear um dia-a-dia feliz para ele.


Sonhar é preciso
Sonhar é sair pela janela da liberdade,
é vaguear pelos caminhos
proibidos ou não.
É, sem ter um rumo qualquer,
ter um alvo a perseguir:
a felicidade.

Sonhar é não limitar-se a limites
sejam eles quais forem,
impostos ou não.
É fazer do impossível o possível
quando e como quiser o coração.
Sonhar é viver o passado no futuro
e o futuro no presente.
É despertar dentro de si
aquele ser criança.

Pra sonhar não precisa fazer parte
de uma classe social
de uma faixa etária
É preciso apenas ter esperança
pois sem esperança ninguém vive
e sonhar é viver...

Sonhar é dar a própria vida
a um sentimento de bem-estar
e, sem restrições,
entregar ao coração as rédeas da razão
É viver com quem se ama
sentindo-se amado.



Telmo Sampa, 27/04/99.

sábado, 8 de maio de 2010

8 metros de seda selvagem - check

5 metros de tafetá de noiva - check

4 metros de tule - check

4 metros de seda de véu - check

renda para debroar - paixão à primeira vista, está encomendada.



Já disse que dá cabo de mim sempre que ele tem de passar estas semanas longe de mim?

Ora bom fim-de-semana

Acordei melhor. Sem febre. Provavelmente foi só o meu corpo a dizer para eu parar, acalmar, passar um dia a dormir e deitar abaixo uma caixa de Santini. Agora já me lanço com mais vigor a todos os meus trabalhinhos, ensaios, pareceres, análises de casos...

Só que acordei com chuva. O que é este tempo? Começo mesmo a achar que o Estoril Open traz sempre consigo mau tempo. Começa sempre o vento nessa altura e há sempre um ou dois diazinhos destes para que todo o jet-set mostre as suas melhores gabardines!

Ora portanto e o que fazemos hoje? Como se eu não tivesse nada, nadinha para fazer e prazos para cumprir, encontram-me hoje por aqui a escolher a roupa das crianças que vão entrar comigo na Igreja... depois almoço qualquer coisinha e sigo para os Bispos, na Parede, para comprar os tecidos para o vestido de noiva que eu desenhei e vai começar a ser feito por esta altura... Acabo na Zoe, em Cascais, com a minha mãe e uma das madrinhas a experimentar vestidos!


Como sugestão para o fim-de-semana, não os mando para longe.
Visitem a World Press Photo, no museu da electricidade


Depois façam a marginal para ir jantar ao Choupana.Gordinni que é uma categoria!


sexta-feira, 7 de maio de 2010

que título?

Pois claro, já se estava mesmo à espera... Com esta mirambolice de tempo, mais cedo ou mais tarde eu havia de acusar. Acordei hoje a fazer alusão ao desporto: a minha cabeça devia pesar o mesmo que uma bola de basket (ou de bowling, mas não sei se é desporto ou passatempo), e as minhas amígdalas mais ou menos duas de golf. Também tenho aquela impressaozinha de picadas quando se toca na pele, estão a ver? Mas vai passar. Tem de passar. Ora pois que muitas entregas me aguardam, muitas decisões de vida ou de morte em relação ao casório dependem de mim e tantas outras almas que gostam tanto do meu lado saudável. Eu incluida.
Bom. Posto isto vai uma grande nota de indignação em relação a dois aspectozinhos que me arrepiam os pêlos dos braços, sendo que os dois são passíveis de justificar a crise em que se encontra o nosso país.
1- Morando eu muito perto (até demais) do Estádio Nacional, todos os dias quando saio ou chego  deparo-me com a imensidão de carros estacionados para o Estoril Open e mais não-sei-quantos autocarros cheios que nem ovos. Pergunto-me o que é que esta gente tem na cabeça para, numa época como esta, desatar a brincar às férias e desocupados, passando uma semana inteira no Jamor a comer cachorros e receber brindes. E os que não comem cachorros é porque estão enfiados na tenda vip (cof cof, vip no bairro deles provavelmente) a enfardar à grande e à francesa à custa de sei lá quem (de mim e de si, provavelmente). Caso não esteja a faltar ao trabalho mas tenha tirado férias para esta semana, venha comigo que eu mostro-lhe coisas muito mais interessantes.

2- O nosso Estado diz-se Laico. Mas o nosso Estado permite que praticamente TUDO esteja fechado em Lisboa na terça à tarde e quinta todo o dia. O nosso Estado precisa urgentemente de produzir, mas aceita que a maioria da população da sua capital tenha de mão beijada um dia e meio para ir comer gelados, ver filmes, passear no centro comercial e fazer pic-nics em belém (claro que se o sol espreitar o pic-nic será na praia de carcavelos, see you there). Eu sou Católica. Obviamente quero e vou ver o Papa. Pararia tudo o que estivesse a fazer para assistir, onde quer que seja, à sua missa. Mas isso seria, certamente, à custa de faltas que teria de dar e que faria em nome da minha fé, sendo penalizada por isso em termos civis mas sem o sentir em termos pessoais. Todos os outros, a quem isto passa ao lado, deviam estar a trabalhar. A mim parece-me tão óbvio que se calhar foi isto que me deixou doente.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Anos à porta - SÓ PARA AS MIÚDAS

Os meus anos estão a caminho. Como tenho amigas muito ocupadas, o melhor é começar já a avisar do que vai constar para que se possam organizar.
Ora bem, e porque a época de casamentos está oficialmente aberta, no meu dia de anos tenho um casamento. Que é às 15.30h.

Então, os meus festejos serão com um flash-brunch. Ou seja, às 10h em ponto têm de estar a entrar e às 13h em ponto a festa acaba. Só mulherio. Quero assim uma manhã de anos em grande, a última em que acordo sozinha!!

Não comam nada quando acordarem porque vai ser aqui uma coisa mesmo chique!

Em troca,queridas Madrinhas e Amigas, gostaria de um chá de panela. Mas sem panela, e sem chá. Assim um café com leite e muitos presentes femininos para montar o meu enxoval, coisa a que preferia chamar KIT SOBREVIVÊNCIA. Sobrevivência da minha sensualidade e traços femininos. É que tou mesmo a ver que o meu maridinho não me vai dar mesada para estas pirosisses:

Vernizes. Ora bem, precisava/queria/gostava de uma boa base pra unhas, do renda, do desejo, do princesa, do licor, do chocolate quente, do malícia e do gabriela. Pode ser?


A lima, a pinça e um creme para as mãos.



Adorava também o kit viagem da Sephora. Não só adorava como me dava um jeitão.
Também preciso muito de um secador. Bom, nunca tive nenhum meu, mas sempre que precisei cá estava ele. Agora não me parece que vá encontrar nas coisas do homem:

Uma escova de cabelo, já que a minha caiu ao chão na última viagem e ficou desfeita em três:


Um kit básico de maquilhagem (as que me conhecem bem sabem o esforço que vai ser para mim fazer este estágio a ter de passar uns minutos de manhã a mascarar-me). Enfim, uma base, um pó, um rímel, um lápis e um para as OLHEIRAS é essencial.


E mais umas outras coisas como massagens, coisas que nos faltam para a casa e que estão bem aqui na lista ao lado, lingerie (uhhh, não vou dizer aqui os meus tamanhos!!)...enfim... o essencial era mesmo isto.

Posto isto, só preciso de confirmações para que possa ter tudo a postos. Bom, como se eu fosse admitir recusas. Nem venham com histórias de estudos, trabalhos, entregas xálálá, que mais rápido que isto é impossível, um encontro de 3 horas a enfardar tudo o que conseguirmos, dançar como se fossem 3 da manhã, muitas fotografias e guinchinhos.

ps- ninguém fica dispensada de dar uns trocos pra nossa conta da lua-de-mel. Hein? Fazer anos não é o mesmo que casar. Aquela coisa de juntar presente de anos e Natal não serve com os anos e casamento, sim?

terça-feira, 4 de maio de 2010

Daqui a 4 meses, por esta hora, já terei marido!

Se não preocupa devia preocupar

A todos os Psicólogos com P grande:

Da Importância da Psicologia para a Cultura Contemporânea

(...) Preocupa-nos, enquanto psicólogos, que hoje muito do impacto da psicologia aconteça na avaliação e diagnóstico, feitos na singeleza e, por vezes, irresponsabilidade, com que rotulamos patologicamente e, assim, fragilizamos os seres humanos? Preocupa-nos que contribuamos mais para a diferenciação patológica e menos para a experiência de excelência ou, até, de normalização? Preocupa-nos que, em consequência, a psicologia seja um potencial veículo para a medicação psicotrópica, em especial nas crianças - com menos poder de dizer “não” a uma modificação química dos seus comportamentos? Preocupa-nos também que os psicólogos concorram para a injustiça social e para uma distribuição menos equilibrada da abundância, e sejam sobretudo uma pequena elite que trabalha com pequenas elites? Preocupa-nos que o investimento de investigação feito junto das populações mais pobres seja ínfimo, e a psicoterapia um luxo a que só uma minoria pode aceder (sendo também que muitas das suas técnicas negligenciam a fragilidade cognitiva e educativa dos mais desfavorecidos)? Preocupa-nos estarmos demasiado focalizados em atingir grandes verdades universais e teorizações abstractas, sem o contraponto da humildade e da aceitação de que as verdades em ciências humanas são muitas vezes transitórias, subjectivas, não necessariamente seguras nem transcendentes, inacabadas, mas potencialmente facilitadoras de novos pensamentos, de novas práticas, doutras formas de nos questionarmos, de melhores existências? Como dizia Chantal Maillard, no Jornal El País (10/04/2010), “o não acabado tornou-se, na nossa época, mais que um valor estético, um sinal epistemológico”.

A psicologia não pode ser uma entidade parasitária ou perturbadora da vida das pessoas. Não pode esperar estar acabada e repleta de verdades para ser actuante e facilitadora de culturas, existências, sociedades mais esclarecidas e esperançadas. Creio apaixonadamente que precisa contribuir para culturas e vidas com sentido, com mais liberdade de escolha, e mais “anima” – e que para tal seja cada vez uma ciência de académicos, investigadores, profissionais mais cultos, mais sensíveis, mais transformadores, até mais poéticos.
 
 
Helena Àgueda Marujo é Professora da Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa, Formadora e Escritora, Membro do Board of Directors da International Positive Psychology Association, Representante Português na Rede Ibero-Americana de Psicologia Positiva e Membro da Comissão Científica da Associação Portuguesa de Estudos e Intervenção em Psicologia Positiva.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

speaking about the wedding

Recebemos o nosso primeiro presente de casamento:

um edredon de penas e penugem de pato!!

Lista de casamento

Fomos, noutro dia, ao El Corte Inglés, para abir a nossa lista de casamento. Toda a gente fala disso, ai que jeito que dá, ai que tens lá tudo, ai que até podes gastar em supermercado, ai que lá consegues enganar todos os teus convidados que pensam que oferecem coisas que nunca has-de ver na vida.

O que ainda ninguém nos tinha dito é que, para abrir a dita lista de casamento tens de levar BI, nº de contribuinte e recibo do último vencimento. "Porque depois vai para a financeira e só se eles aprovarem é que podem avançar.". HAN? Então mas eu tenho de ter um cartão de crédito para poder receber os meus presentes de casamento? Mas, oh senhor, não sou eu que os vou comprar. São os outros, eles é que precisam de ter dinheiro para nos dar muitas coisinhas para a nossa casa...

Bom, mal por mal, vamos ao cinema então para não perdermos a viagem.

domingo, 2 de maio de 2010

Porque é dia da Mãe

É fantástico como os seus braços se abrem sempre que preciso de um abraço, como sabe adivinhar e compreender quando preciso de uma amiga, como os seus olhos sensíveis se endurecem quando preciso de uma lição. A sua força e o seu amor dirigem-me pela vida e dão-me as asas que precisava para voar.

A minha Mãe não é uma pessoa em que possa apoiar-me, é a pessoa que faz com que não precise de apoiar-me em ninguém!
A minha Mãe é capaz de, no dia em que só houver 4 fatias de bolo de chocolate, dizer que nunca gostou de chocolate na vida...

Obrigada.

sábado, 1 de maio de 2010

Maratona

Desde quinta-feira sem parar:

reunião no restelo as seis e meia - acabou as oito e meia - comer uma sopa - café em casa de um casal que nos falou sobre o casamento - saímos à uma da manhã - acordei as sete para ir para  1º Encontro do Serviço de Psicologia da Maternidade Alfredo da Costa - na hora de almoço ir à fisioterapia desentalar os tendões das costelas - voltar para o congresso - sair as seis - ir visitar a minha avó que está doente - sair as sete e meia - reunião as oito no restelo - noite intensa se trabalhos com as miudas - apagar a luz às seis da manhã - acordar as nove - vestir para um baptizado - baptizado no Estoril - almoço - casa para fazer um relatório - está feito - só falta ir jantar com o meu pai que chegou de viagem. Sushi será, para recompensar.