terça-feira, 30 de novembro de 2010

Unstoppable



Sobre este o que há a dizer? Vejamos:

Adoro filmes baseados em histórias reais. Só por si já é muito valioso. Essencial darmos projecção aos pequenos (grandes) milagres do dia-a-dia e aos heróis de carne e osso.

Não é um filme com muito conteúdo, nem uma história cheia de teias e reviravoltas, MAS é óptimo para quem gosta de suspense em q.b. e boas representações.

Ao ver agora o trailer, que pus aqui, apercebi-me que gostei mais do que eu pensava.

Bom, e sempre é mais um giraço no ecran:

kind of


É um facto. O problema é que não adoro rainy days... dá para trocar a estação do ano? Imaginemos, nos meus próximos 35 anos vivo só com Primavera e Verão e depois, quando me reformar e for velhinha e tiver netos para tomar conta, vivo mais 35 só no Outono e no Inverno para equilibrar a coisa.

Pode ser?

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Querida B.

Deves estar a estranhar eu não ter respondido à tua mensagem. Não, não estou à espera de tempo para te responder com calma (ahahahah, percebeste a boca?). Eu queria mesmo era escrever-te aqui.

Ando há séculos para o fazer, de cada vez que me deixas um comentário. Agradecer-te o facto de me fazeres sentir-te dessa maneira tão subtil. E se, durante anos e anos sem fim, (mais de 15) tinha de levar contigo todos os dias sentadinha ao meu lado o dia inteiro, ler as tuas cartas e recados, descontrolar-me a rir enquanto os professores falavam e fazer-te o mesmo a ti, agora a nostalgia desses tempos faz-me sorrir o coração de cada vez que vejo que passaste por aqui e permitiste que sentisse o abraço.

Fiquei tão feliz com a tua mensagem, tarde e a más horas. É que cheguei mesmo a acreditar quando me dizias, muito séria, que ficavas para tia dos meus filhos. Mas, no fundo, não podia ser. Não acreditava que ninguém percebesse a enormidade desse metro e meio com 45kg. Não acreditava como é que os homens, cada um deles que se cruzava no teu caminho, não conseguiam ver, mesmo em frente dos seus olhos, como o tesouro que há em ti se mantinha ali, escondido, intacto, precioso.
Finalmente viram. Finalmente alguém teve a clareza de espírito e a sensibilidade para intuir que aí, por trás dessa pele morena e figura esguia, estava uma alma sem tamanho, maior do que o mundo, em que cabe toda a bondade e pureza (ingenuinidade tantas vezes). Finalmente te vejo assim, com os olhos a brilhar e a vontade de agarrar o momento.

Finalmente vejo que a felicidade é tanta que não cabe em ti, que tens de partilhar por mensagens o quão feliz estás. Então, se é mesmo assim, se transborda dessa maneira, é porque é amor. E o amor, querida B., ultrapassa-nos, torna-nos mais nós mesmas, faz-nos sentir a plenitude que podemos alcançar, faz-nos querer bater as asas com mais força e voar mais alto, calçar as barbatanas e nadar mais fundo. Faz-nos querer viver e sentir tudo como se pairassemos no nada. E ainda bem, porque faz muito mais sentido viver estas coisas nos extremos, e a dois.


PS- E à Mãe da B., minha também, que me deu colo como a minha mãe, que me abraçou como a minha mãe, que me ralhou como a minha mãe, obrigada por agora passar por aqui também e fazer deste espaço mais uma divisão da nossa casa, a casa das três.

domingo, 28 de novembro de 2010

sábado, 27 de novembro de 2010

Irrita-me...

... o preconceito.

Está na moda o batom vermelho. E há certos conservadores que, em vez de olharem para uma mulheraça, bem arranjada e bem pintada que vai de batom vermelho, e elogiarem, ficam presos ao que lhes bloqueia o raciocínio e vai de dizer que é isto ou aquilo e que mais se parece com as meninas que vemos à noite.

Enfim. Eu acho que, quando enquadrado numa moldura discreta, fica lindo.

E quanto a esta Penelope Cruz, a minha tia P. continua a dizer que é a minha cara. Que somos iguazinhas quando eu me arranjo.

destas crises eu já não sofro

"Por vezes aparecem pessoas que nos vão envolvendo devagarinho, não sei se consciente ou inconscientemente, mas, como quem não quer a coisa, nos vão cozinhando em banho-maria, uma pitada de sal aqui, uma de pimenta ali, umas ervas ou especiarias acolá, e assim nos vão mantendo, sempre sem levantar fervura, nada explícito, nada concreto, só leves sugestões e ambiguidades, enquanto decidem se sim se sopas. E depois lá decidem e apagam o lume, e uma pessoa fica ali a boiar, mal passada, sem perceber muito bem o que aconteceu, que estava tão sossegadinha no seu canto, para que a foram desassossegar, duvidando de si, da sua lucidez, se terá interpretado mal, se era fantasia, se terá imaginado tudo, se era só coisa da sua cabeça. Depois, claro, é deixar arrefecer, voltar ao normal, temperatura ambiente, pois, sim, amigos como antes, reset, que afinal nem sequer há certezas que justifiquem mais explicações. A incomodar só fica mesmo a puta da dúvida: não era da minha cabeça, pois não?"
Veio deste blogue, de que eu gosto muito, e ilustra impecavelmente aquilo que todos (sim, todos) já perguntamos, já remoemos, já sofremos.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Vida inesperada



O meu lado mole e lamechas está a adorar a série "Uma vida inesperada" da Fox Life. E aqui o Rafi Gavron está muito caliente no papel de puto rebelde.

Ide ver, ide ver.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

As minhas viagens de sonho

1- Expresso do Oriente
2- Tibete

3- Cruzeiro aos Fiordes da Noruega


4- Safari em África


5- Alaska


6- Índia


7- Road Trip por Marrocos



A modos que é isto, para já. Ó-BVI-O que toda e qualquer parte do mundo é sempre muito bem vinda mas estas são aquelas que me ficariam entaladas se chegar o meu dia e não as tiver feito.

SUPLICO


Levem-me a viver para um país tropical. Juro que me torno uma menina bonita: levanto-me quando o despertador tocar, nunca mais faço o meu marido comer restos ao jantar, farei exercício todos os dias, plantarei flores e outras árvores de médio porte, aspirarei a casa de lingerie sexy e saltos altos com o maior dos sorrisos, terei os meus filhos sempre lindos e impecáveis, farei voluntariado diariamente, atenderei sempre a publicidade pelo telefone... enfim... levem-me simplesmente. Nasci para andar descalça e de calções.

mas também há mulheres desta laia

(...)Porque pior do que um homem com mau carácter, é um homem sem carácter. Um ‘sem-carácter’ não olha de frente, olha de lado, não diz nem ‘sim’ nem ‘não’, diz muitas vezes ‘talvez’ e ‘se calhar’. (...) operando em tabuleiros paralelos, armado em campeão de xadrez. Não raro tem dois ou três telemóveis e vários endereços de e-mail. É um artista de circo altamente treinado em acrobacias emocionais, capaz de grandes piruetas e quedas à gato, sempre com os pés no chão, com ou sem rede. Nem sequer é uma espécie, porque como não tem categoria nenhuma, é mais uma subespécie, meio homem, meio verme, já que possui sangue frio e lhe falta espinha dorsal.


(...) Um bandalho é sempre um bom bandalho, seja à mesa de reuniões ou à mesa de jantar. E por fim, no corolário da canalhice, existe ainda o tipo sem carácter que finge que é bestial e se faz sério, de bom amigo, de bom chefe, de bom irmão e de bom marido. E esses, infelizmente, proliferam na sociedade portuguesa (...)


MRP e de um blogue com muito conteúdo

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

hoje é só desejos Virgem Mãe




COMIDA MEXICANA! Nachos, Tortillas, Fajitas... eu sei lá

gostava tanto...



Não me digam que sou a única que acho que engordo menos se enfardar de uma vez toda a porcaria que tiver em casa?
É que nem pode entrar pacotinho de bolacha, de chocolate, geladinho ou coisa que o valha que eu devoro a pensar. "Deixa-me lá acabar com isto que é para não comer mais. Nunca mais."... Han, Han

Arre



Tá visto que a Cidade dos Anjos veio para marcar a minha vida.
1- A Meg Ryan fez-me cortar o cabelo à rapaz, no 8º ano, por causa do seu look neste filme;
2- O Nicolas Cage (coitado, feinho) fez com que passasse a ter conversas com o meu Anjo da Guarda.
3- Agora vem-me esta marmanja arrepiar-me dos pés à cabeça e lembrar que nunca devo andar de bicicleta sem mãos e de olhos fechados.

portanto

Quem acha que eu estava minimamente parecida com isto durante a minha reunião por Skype?



Desenganem-se!
Tinha uns auscultadores do chinês que Senhor Marido comprou ontem. E esqueceu-se que não havia conversa para ninguém se não houvesse microfone. Mas somos pessoas que se sabem remediar, por isso foi assim:

Sem a maquilhagem da fotografia, sem um ar tão sorridente, sem camisinha ou farda nem nada que o valha mas enfiada na cama e com a sweatshirt dele, os auscultadores do chinês lá gagejavam de vez em quando mas aguentaram-se 2.15h e, no buraquinho do microfone entraram os meus phones do ipod sendo que essas 2h15 foram passadas a falar para os auscultadores, a segura-los com muita convicção.

Contas feitas: dores nas costas, dores no rabo, dores no braço. Enfim, a greve tem destas coisas.


Ps- alguém sabe se o metro está operacional? Queria ir espreitar uma Zara neste dia tão depré... 

SURREAL

Estou a fazer reunião por skype... tudo se atrapalha e atropela a falar

Devia desligar e fazer greve!

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Façam um favor a vós próprios: ide ver!



Só me apetece dizer uma palavra, e é em relação ao John Malkovich: GENIAL!

Tomate com queijo mozarella e manjericão




É o que se janta cá em casa sempre que não tenho paciência para cozinhar! Foi o caso de ontem, em que se seguiu sessão de namoro no cinema!

Deixem-me que vos diga, em nome de quem sabe

Enganarmo-nos é o único privilégio  humano frente a todos os outros organismos!
Quem erra chega à verdade, sou humano precisamente porque erro. Ainda ninguém chegou a uma verdade qualquer sem antes se ter enganado catorze vezes ou, talvez, cento e catorze e isso é um mérito, nesse sentido.
Mas não, nem sequer sabemos errar pela nossa própria cabeça! Diz-me um disparate, mas à tua maneira, dou-te um beijo! Um disparate nosso, à nossa maneira, é quase melhor que uma verdade alheia; no primeiro caso, somos humanos; no segundo, somos pássaros! Não é a verdade que foge de nós, mas é muito mais fácil dar cabo daquilo que é realmente vida. O que somos nós agora? Todos nós, sem exclusão, em termos de ciência, de desenvolvimento, de pensamento, de descobertas, de ideias, de desejos, de liberalismo, de razão, de experiência, de tudo, tudo, tudo, andamos ainda na 1ªclasse. Tomámos o gosto de nos satisfazermos com as ideias alheias.
Não é verdade o que estou a dizer? Não é verdade?

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Que pena que os adultos se esqueçam disto em relação às crianças:

Qualquer pessoa com idade suficiente para amar tem idade suficiente para sofrer.

toda a alma tem uma face negra...

... e as tecnologias não fogem à regra.

domingo, 21 de novembro de 2010

sobre ser mãe

É certinho como depois de hoje ser amanhã, que depois dos parabéns pelo casamento vem a pergunta: "e bebés, para quando?"

E depois vem a necessidade de respondermos.

Mas...calma lá... essa não é uma pergunta íntima demais?? É que se calhar, como os bebés se podem ver e tocar acabam por confundi-los com outras coisas e objectos. É como se perguntassem "Então e quando é que estão a pensar comprar um carro?", "Então e para onde é que gostavas de ir trabalhar?", "E quando é que gostavas de ir dar a tal volta ao mundo?"...

Acontece que decidir mudar o nosso papel para sempre, subirmos um lugar na hierarquia, mudarmos o nosso sentido e dever de responsabilidade, decidir trazer uma vida ao mundo, fruto do nosso amor e da nossa entrega, cuja boa formação e educação dependerá de nós e cujo bom crescimento e desenvolvimento depende da nossa estabilidade a todos os níveis, não é uma coisa banal, indiferente e superficial como as outras.
Ninguém pergunta ao outro "e perder a virgindade, é para quando?", "e passar a ires confessar-te quando é?" ou outras coisas que tais, em que sentimos a janela da nossa intimidade escancarada.

Mas depois nós, jovens e indefesos casais, a achar que temos alguma coisa a provar ao mundo, como a nossa capacidade de sustentar e manter uma casa, e ainda mais de sustentar e manter a nossa relação, vemo-nos a responder.
Como se uma coisa dessa dimensão devesse ser falada assim, com prazos, datas, limites e períodos de carência de seguros de saúde. Claro que temos um ideal de timmings para a nossa vida. Claro que nos sabe bem os dias que dormimos até à uma da tarde, mas dar um prazo para essa vida é tão ridiculo como marcar uma data para encontrarmos o amor.

E depois parece que se os bebes vierem antes desse prazo, por algum desígnio do destino, não serão tão amados como os outros, feitos ao dia e à hora marcada. Pelo contrário. Serão muito amados e muito benvindos como qualquer boa surpresa que nos fazem quando menos esperamos.
Mas, pior, é quando o prazo se alarga, e eles teimam em não aparecer. E depois desata a crescer, dentro de cada um, um sentido de impotência e de incapacidade. Porque toda a sociedade espera a sequência lógica namoro-casamento-filhos, e se eles não aparecem então se calhar não seremos assim tão bons e esta coisa maravilhosa que somos nós enquanto casal começa a ser posta em causa e a deixar-se fragilizar por comentários, perguntas e olhares de quem não tem a mínima noção de que as coisas íntimas são para ficar na intimidade.

Por isso é assim, eu e o meu D. estamos muito felizes e queremos continuar a crescer como casal na nossa intimidade, no conhecimento um do outro e na capacidade de saber estar sozinhos. Ainda nem faz três meses que casamos por isso parece um bocado desesperado todas as perguntas e, ainda mais, ridiculo as apostas à nossa volta. Seremos pais quando tivermos de ser e SE tivermos de ser. Venha quando vier, qualquer um dos nossos filhos terá a certeza de que nasce sobre uma rocha muito forte, uma relação construida de uma forma muito livre e muito sólida que os vai permitir voar e ser eles próprios, sabendo sempre onde voltar.

sábado, 20 de novembro de 2010

egocêntrica

é o que eu sou quando dou por mim a ver o número de visitas ao blogue. Como se isso fosse o que mais determina o meu valor. Como se metade das visitas diárias não fosse da mesma pessoa, como se o total dos visitantes não seja um milésimo das visitas. Os mesmos 5 ou 6 do costume. Sim, e adoro escrever sabendo que são eles que vão ler. É como se estivesse a mandar mensagens, ao telefone ou no café. Mas pronto, é como se o mistério de não saber se haverá por aí alguém que nunca me viu e que, ainda assim, gosta de me ler, me entusiasmasse a continuar. Como se me sentisse injustiçada por haver blogues mais parvos e mais sem conteúdo com mais visitas que o meu e seja uma meta ultrapassa-los. Sei lá. É egocentrice.

e se pudesse?

Se eu pudesse deixava a vida fluir, esquecia-me dos teus defeitos e tu dos meus e com o tempo aprenderíamos a viver um com o outro sem nos cansarmos, sem nos magoarmos, sem sombras nem equívocos... Se eu pudesse, levava-te agora para casa, sentávamo-nos a conversar, explicava-te porque é que um dia reparei que existias e sem querer me esqueci do meu coração entre os teus dedos... Se eu pudesse... mas não posso, porque ninguém caminha sozinho, uma ponte só se constrói se as duas margens deixarem e o rio só corre se a corrente empurrar. E eu não sou mais que uma gota de água nesse rio parado,uma peça perdida de uma ponte desmantelada, um mapa riscado que se esqueceu de todos os caminhos, uma folha em branco que perdeu a caneta, uma voz sem som, uma mão sem a outra. Falta-me a tua voz, o teu desejo, o teu querer, o teu poder. Falta-me uma parte de mim que te dei e que agora já não podes devolver...

Um dia havemos de nos entender...

Se eu pudesse, roubava o tempo do mundo fazia cada momento durar mais do que um segundo e sussurrava, quanto tempo é só nosso... Se pudesse fazia por ti, tudo o que não posso em cada olhar que fica, cada beijo que voa a cada palavra amiga que sozinha nos conta esta história tao leve, por mais breve que seja faz eterno um só momento por mais esquecido que esteja... Se eu pudesse, ser um pouco mais do que isto ser mais que uma palavra, uma melodia que capta o teu ouvido mais que um mito sem sentido musicalidade ou arte, queria ser a certeza que assim deixei o corpo de parte, a verdade a qual acenas ao longe, e quando te escondes por detrás desse sorriso, deixa-me só tentar mostrar que as respostas não estão lá fora... Se eu pudesse, secava as lágrimas que eu não sequei mudava as respostas que quando querias não dei, eu sei que vales mais e é esse mais que ainda procuro não sei se o tenho mas mantenho esperanças no futuro. Atento ao tempo e não me lembro de mudar por mim, cinzenta por dentro procuro mil e uma cores em ti encontro pisos incadescentes, de vez em quando és a policromia que me preenche sonhos a preto e branco...

Eu também tenho medo, mas se pudesse não o guardava em segredo tornava tudo tão óbvio, tão dócil e brilhante para ser mais do que uma amiga, uma amante visitante, o tempo sem promessas que constatemente faça presença que não sou quando já só queres um abraço, certeza sem barreiras que tu precisas de ter ou a felicidade que te dou mas que não sei manter...

Se eu pudesse, ter-te encontrado mais cedo medo que não tenho eu tinha, garanto que valia quando penso na diferença que faz estar ou não estar contigo não vivo através de ti, mas aprendi a viver comigo. Cada opinião que trazes vale por mil sentenças quando estás dás força e não motivação apenas, eu aposto que não reparas, que nem sabias que existe admiração até nas minhas atitudes frias... Se eu pudesse, ser diferente e mudar por ti ser o que mereces e manter-me assim, trocar a vida que tenho pela que desejas e não te encher de lágrimas quando me beijas ser o momento que mais sentiste a tua mais que tudo, quando tudo o resto é triste... Se eu pudesse, era tudo como preferes mas eu não posso ser tudo aquilo que queres...


[mesmo que não se aplique ao meu estado de espírito nem tenha nada a ver, agora, com a minha vida amorosa, acho isto lindo]
(autoria desconhecida, adaptação da M., colega de faculdade)

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

quando as lágrimas caem (sim, porque caem)


Porque é preciso força para admitirmos que algo nos dói, força para enfrentar essa dor, porque é preciso coragem para procurarmos o que significa essa dor, porque é preciso audácia para procurar respostas, porque é preciso coerência para não deixarmos de ser nós próprios e não nos perdermos na dor.
Porque, às vezes, o equilíbrio entre não nos permitirmos sofrer e o mergulharmos no sofrimento é tão difícil de conseguir.

E eu sou parva. Porque deixo-me estar tantas vezes quieta dentro de uma carapaça (quase) impenetrável, pensando que devo ser o porto de abrigo de todos, a rocha de alguém. Convencida que vim ao mundo para ajudar todas as almas que se cruzam no meu caminho e mostram precisar de mim.
E depois esqueço-me de ir curando as minhas feridas, acho que pode ficar para depois até ao dia em que aqueles que melhor me conhecem e mais me amam, me olham nos olhos, me tocam no ombro e contam até 3 que é o tempo que demoro a revelar o que vai em mim e deixar que, finalmente, as lágrimas me caiam.

E agora vou ali sentir na pele o caos provocado pela NATO

PARIS À VISTA!


Bons negócios é continuar a usufruir dos nossos presentes de casamento. E são assim: viagem para Paris oferecida por almas que deixaram o presente para depois e lá conseguir dormir a 6 euros por noite...

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

A felicidade é construída aos bocadinhos, todos os dias, com coisas pequenas...

... dormir mais meia hora depois dele sair e nos termos despedido com imensos beijinhos e abraços e "vou ter saudades até logo à noite", acordar, abrir as portadas, deixar o quarto a arejar, lavar os dentes e a cara. Chegar à cozinha e ter um Pão de Deus (que eu A-DO-RO) e um recado à minha espera...


quarta-feira, 17 de novembro de 2010

i just did!

« Find a guy who calls you beautiful instead of hot, who calls you back when you hang up on him, who will lie under the stars and listen to your heartbeat, or will stay awake just to watch you sleep...wait for the one who kisses you forehead, who wants to show you off to the world when you are in sweats, who holds your hand in front of his friends, who thinks you’re just as pretty without make-up on. One who is constantly reminding you of how much he cares and how lucky he is to have you...The one who turns to his friends and says “that’s her.” »


uma vez na faculdade... #3

foi assim, no mesmo forum, sobre as questões culturais:

Foi muito interessante para mim, enquanto estudiosa de pessoas, ter feito as minhas viagens pela Ásia. Foram muitas as vezes em que me deparei com o pensamento de que seria desempregada se fosse trabalhar para países como o Laos, o Camboja, a Indonésia... isto porque lá, nas inúmeras conversas entre um inglês esquisito e comunicação por gestos, me era dito que pouco ou nada os atormentava para além de se, nessa noite, teriam o jantar para dar aos seus filhos. E isto fez-me compreender o papel que a cultura, em geral, e a sociedade, em particular, têm na patologia das suas gentes. E enquanto poderei reconsiderar esta minha afirmação perante perturbações de causas mais orgânicas, no que respeita à ansiedade e questões fóbicas poucas duvidas me restam. Cada um de nós, desde que nasce, é constantemente bombardeado com um conjunto enorme de expectativas acerca do nosso desempenho, do nosso papel, das nossas relações e reacções. Cada um de nós nasce rodeado de pessoas com certas características, hábitos instaurados, animais familiares... não será expectável que, com mais ou menos intensidade, estranhemos o que não nos é habitual? Pois, é. E enquanto psicólogos seria um atentado à integridade daquela pessoa se não a vissemos como um todo, em que se inclui a sua herança cultural. Porque seria perder muito tempo diagnosticar uma criança do Camboja que se mostrasse receosa perante um relógio que diz as horas em voz alta, enquanto seria preocupante se essa mesma criança tivesse uma reacção exagerada sempre que visse campos de arroz.

Mas nestas questões que envolvem a cultura, a definição do que é normal, ou pelo menos normativo, é um pau de dois bicos. Tanto parece inadaptado aquele que não vai ao encontro do que toda a sua comunidade espera de si (como a mãe que negligencia os seus filhos, o aluno, artista ou atleta que não buscam a perfeiçãop) como também aqueles que acabam por interiorizar de tal forma essas regras e expectativas que não conseguem funcionar de uma forma menos rigida e intrasigente, resultando daí uma enorme ansiedade inerente à necessidade de corresponder aquele que pensa ser o seu papel. O trabalho ao nível das crenças deverá ser feito no sentido de promover maior autonomia do pensamento e auto-conhecimento, auto-estima e descatastrofização: a importância dos significados que damos às coisas e como isso pode ter influência no modo como actuamos e sentimos.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

publicidade assim vale a pena

hoje ligaram-me da zon tv cabo... mal percebi que eram eles revirei os olhos e lamentei ter atendido. Mas a coisa durou dois segundos porque, realmente, a conversa que se seguiu e o modo como fui tratada mudaram o meu dia. Para melhor.

Ora pois do outro lado, ouvi coisas como:

"Estou a falar com a ....? Olá como está hoje? Desde já deixe-me dizer-lhe que é, para mim, uma honra estar a falar consigo."

"Diga-me uma coisa, já teve a felicidade de usufruir dos nossos serviços? Ainda mora na rua.... correcto?"

Ah, sabe, é que casei e mudei de casa. Não sei se não estará é a querer falar com a minha mãe.

"Não, não, é mesmo consigo. E na nova casa é cliente da zon?"

Lamento, mas sou do MEO...

"Oh, mas que desgraça e que má decisão.." "Qual? A de me ter casado?" "Não, claro que não! Essa foi muito boa e se está feliz é só isso que eu quero para si. Ah, e não foi há mais de um ano... pois então é um casamento recente, muitos parabens."

"Despeço-me desejando que seja feliz e faça felizes todos os que estão à sua volta porque só assim a vida faz sentido."

Sorri. É verdade, verdadinha. Só assim faz sentido. E aqueles patrões que se orgulhem do trabalhador que ali está. E aquela mãe que se orgulhe do filho que criou. Porque a maior das grandezas humanas está em ser-se feliz onde e como se está, em fazer o que se faz, seja o que for, com todo o nosso ser e toda a nossa essência.

Fartei-me de rir todo o telefonema, e tal era o ambiente positivo e acolhedor de todas as palavras que vinham de lá que acabei, eu, por dizer "Olhe, e já agora, um bom natal!"

fã nº1




e não digo mais nada

Portugal precisa? naaa!

E pronto, lá veio mais disto: mail do Prof. do Mestrado a dizer que na sexta não haverá aula porque o Sr.Obama se passeia por terras lusitanas. E só assim de repente, o que eu tinha de apresentar nesse dia e que me tem tirado horas de sono, passa para dia 17 de Dezembro...

Não haverá aula, não haverá metro, não haverá autocarros... enfim, menos mal se desse para tratar das minhas coisas, mas também não haverá quem me renove o passaporte nem o BI com o meu novo nome e estado civil.

Mas até se percebe. Somos um país riquíssimo, a atravessar uma fase de extrema prosperidade, com um povo que faz horas extraordinárias com um sorriso na cara, que abdica da sua hora de almoço para dar mais à sua instituição, que se entristece com feriados às quintas e às terças.

Por isso, sim! Merecemos descansar mais um dia, ter um fim-de-semana prolongado, estar um dia sem produzir nadinha.
Valha-nos Deus.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

AMESTERDÃO - resumé



 A ida a Amesterdão foi, para mim, a melhor surpresa dos últimos tempos. Há aquelas cidades que nos são descritas de forma muito entusiasta, com adjectivos que nos fazem ir construindo expectativas gigantescas tipo "ah Paris, a cidade do amor", "ah, Ny, uma cidade que não dorme".. ah e tudo e tudo. Mas, sempre que dizia que ia a Amesterdão, recebia de lá um "é gira. uma cidade gira, com os canais e tal"... nada de outro mundo.

Talvez tenha sido por isso que voltei ontem sem vontade nenhuma de sair de lá, de tão fascinada como surpreendida que estava.
Encontrei uma Amesterdão romântica, íntima, quentinha (no acolhimento, no envolvimento), cheia de coisas interessantes para explorar para além das praças e museus mais famosos. Em cada esquina havia um café que convidava a entrar, cada restaurante nos apresentava novos desafios ao paladar, cada praça era pretexto para um palco, uma festa, uma exposição, cada rua cheia de bicicletas nos faz ir entretidos pelo caminho. As pessoas mexem-se, encontram-se, saem à rua, passeam, não param. As pessoas respeitam e não são desorganizadas, nem caóticas, nem impacientes (a julgar pela sua reacção pacífica quando o turista ignorante vai pelo caminho da bicicleta e empata a sua pressa para o trabalho).

Adorei. Adorei mesmo. A grupeta que se juntou, de tão diferente que era, foi a mais especial que se podia querer. Tudo fluiu, tudo se fez, tudo se equilibrou entre cultura e cocktails. Em dois dias fizemos o mais que podiamos ter feito e o mais que nos apeteceu porque, muitas vezes, convidava a deixarmo-nos ir ficando naquele café tão quentinho e acolhedor.
Vimos o Museu do Van Gogh, brilhante, super interessante. Completo como só ele. Genial.




Fomos à House of  Bols, famosa pelos seus licores. Cheiramos, sentimos, provamos. Um mundo sem fim de sabores e de cores, os melhores cocktails de sempre, um fim de tarde que se transformou numa festa!


Passeamos de bicicleta por toda a cidade, de ponta a ponta, desde a Leidsplein que é brilhante e vibrante, respira vida até à outra ponta, a imponente Central Station. Passamos na Dam Square, gigante que só ela. Subimos e descemos pontezinhas, paravamos nas vistas mais avassaladoras, tiravamos fotografias com a certeza de que não esqueciamos.


Exploramos o Vondel Park e deixamo-nos esmagar pelas cores do Outono, pelo frio que se reflectia no lago e observamos como a Natureza, onde quer que seja, confere sempre um toque de magnanimidade à nossa vida.






Provamos o space cake e incomodamo-nos com o cheiro constante a droga. Penetramos uma visita guiada à Red Light e lamentamos o que vimos. Mulheres como objectos, montras com a cor do Natal, mas em que se via a dignidade à venda.
Jantámos numa cave com cheiro e sabor a Sicilia, com um italiano maluco.
Provamos queijo e mais queijo, no mercado das flores exploramos as cores e impressionamo-nos com as formas.
Fomos à missa em Holandês, sentimo-nos parte da comunidade, assistimos ao desfile das celebrações de São Nicolau.

Voltamos com imensa vontade de ficar. De ver mais, de nos sentirmos parte de algo que é tão grande e ao mesmo tempo tão pequeno, tão frio e ao mesmo tempo tão quentinho.


Fica-me a nostalgia que sentia quando olhava, à noite, para as janelas daquelas casas com vista para os canais e via, lá dentro, casais que se abraçavam, mães que davam o jantar aos seus filhos, amigos que bebiam vinho, tudo debaixo de uma luz tão amarela que me apetecia saltar lá para dentro e procurar o edredon.

Foi muito bom.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Vou só ali passar o fim-de-semana a Amesterdão e já volto!

bolas...

Não acredito no que leio em todos os blogues hoje, morreu o meu (nosso) querido senhor do adeus.

Toda a gente o descreve como o senhor que dizia adeus a todos os condutores no Saldanha durante a noite. Mas, a mim, dizia-me adeus todas as tardes que eu passava no Restelo... e todas as vezes eu dizia a mim mesma que era da próxima que parava e ia falar com ele, perguntar-lhe como é ser querido por tanta gente e como se consegue distribuir sorrisos tão familiares que servem as medidas de cada um de nós.
E nunca parei, nunca perguntei.

Agora nunca vou saber.


O bolo de casamento


Há dias que me bate cá uma saudade do dia do nosso casamento. Passou tão rápido que só me apetece repetir, tudo igualzinho.
E hoje decidi mostrar o nosso bolo. O casamento foi no campo e, por isso, era tudo ligado ao campestre: os centros de mesa, a ementa, a decoração da tenda e até o bolo, que era um malmequer gigante.

Estava mesmo giro, não estava?

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

you and you and you


Pois é, o Mundo é enorme. E eu tenho a sorte de poder dizer que dedico esta frase a mais do que uma pessoa que conheço.
Venho, diariamente, a descobrir mais e melhores coisas em todos aqueles que amo e que sinto que me querem.
Estar rodeada de pessoas especiais faz com que tenha vontade de ser ainda maior, ainda melhor, mais esforçada e dedicada. Sempre defendi que as relações, todas e de qualquer natureza, precisam de ser conquistadas diariamente, que o pior que pode acontecer ao que existe entre duas pessoas é darem-se por certas, por conquistadas. Tudo durará enquanto durar a luta, a vontade de conquistar mais um bocadinho do outro e de darmos mais um tanto de nós. Que pior do que estagnarmos? Pensarmos que demos tudo ou que nada mais, de novo, há a receber?
Se, enquanto Homens, temos a capacidade de eternamente nos renovarmos, façamos isso mesmo. Em nós, nos outros e, sobretudo, entre nós e os outros.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

ele há coisas


Não percebo por que raio é que há gente que insiste em antecipar casamentos entre crianças que ainda estão no berço. Os coitados ainda andam agarrados às suas xuxas e fraldas e as duas amigas já estão todas contentes a dizer que quando crescerem vão ser namorados! Primeiro, não percebem que quanto mais quiserem menos vai acontecer porque, um dia, vão passar por uma fase tramada chamada adolescência em que vão ter muito gosto em contrariar. Segundo, mal sabem como essa amizade ficaria frágil como uma casca de ovo se tivessem de passar a competir por netos e lanches ao domingo.

ora aqui temos um belo exemplar de casaco


zara

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

aposto que já estavam a estranhar...

... eu não me ter pronunciado sobre o (fenomenal) concerto do Michael Buble.

Nunca, nunquinha na vida me viram chorar por coisas que não fossem sérias, nem um filme, nem uma musica, nem um poema... enfim, olhem, nem o meu casamento pra verem a insensivel que sou.

Mas, quando o miguelito pousou o microfone e cantou sozinho, para um pavilhão atlântico em silêncio, a lagrimita subiu-me ao olho, abracei o meu homem com tanta força e rendi-me...




Dedico-te a ti, que és o amor da minha vida, e que aposto que já andas triste por não te ter dado os parabéns aqui.

I've been so many places in my life and time
I've sung a lot of songs, I've made some bad rhyme
I've acted out my life in stages with ten thousand people watching
But we're alone now and I'm singing this song for you
I know your image of me is what I hope to be, I've treated you unkindly
But girl can't you see, there's no one more important to me
So darling can't you please see through me, 'cause we're alone now
And I'm singing my song for you, you taught me precious secrets
The truth with holding nothing, you came out in front
And I was hiding, oh, but now I'm so much better,
So if my words don't come together, listen to the melody
'Cause my love is in there hiding
I love you in a place where there is no space or time, I love you for my life
You are a friend of mine, and when my life is over
Remember, remember, remember when we were together
And we are alone now, and I was singing this song to you
We were alone, and I was singing, yeah singing
We were alone, and I was singing this song for you
Singing my song, I'm singing my song for you

uma vez na faculdade...#2

No forum de uma cadeira, acerca do suicidio e se este será o maior desafio dos psicólogos, disse assim:

Não sei se a questão do suicídio será a situação mais desafiante que o clínico encontra ou aquela que lhe provoca mais medo. É como se tudo aquilo que não vemos ou não sabemos se torne muito fácil de suportar, enquanto só a ideia de passarmos a ser cúmplices de uma intenção como esta nos torne, de repente, tão fracos e impotentes ao mesmo tempo que tão responsáveis. Como se a nossa função, como clínicos, fosse entregar (como que por magia) de mão beijada uma razão válida para que a pessoa não acabe com a sua vida.

Não posso deixar de dizer que achei uma certa piada (relativa, claro) ao ser referido, na questão, que o suícídio é um acto potencialmente irreversível. Bom, o acto em si, até agora, é mesmo irreversível. Para nós isto é tão claro, não é? "já viu que depois não há como voltar atrás?"... o que nos esquecemos, tantas e tantas vezes, é que o que parece irreversível para aquela pessoa, naquele momento, é a dor. Aquela que lhe aperta o peito e torna tão difícil respirar.

A minha questão será mais esta: até que ponto conseguimos ser suficientemente bons, neste tipo de problemática, a eliminar o sintoma? Até que ponto é que não vem ao de cima tudo o que são questões que se relacionam com a nossa necessidade de nos sentirmos competentes e, neste caso, o sucesso e competência, se transformam num aumento de dias de vida? É que a mim não me interessa que aqueles que se cruzam comigo não se matem só enquanto eu lhes dedico tempo. Eu queria, mesmo, que fosse suficientemente eficaz para que a pessoa consiga alargar o seu leque de soluções e, subitamente, a de se matar passe para último da lista.

Mas... se a dor for tão grande, e estar vivo não for, para aquela pessoa, viver mas sim arrastar-se pelos dias, que tipo de psicoterapeuta serei eu se, sem me consultar e resolver, sem me entender e encontrar o meu próprio sentido da vida, pedir que a pessoa na próxima semana esteja ali, à mesma hora e no mesmo local?

democracia

Acho que, se a Terra é habitada por Homens, devíamos ter voz nas coisas da Terra, estações do ano incluidas.

Voto em que não haja Inverno.

domingo, 7 de novembro de 2010

sobre a gaveta desarrumada

Não temos todos, em nossa casa, uma gaveta desarrumada? Aquela em que pomos tudo aquilo que não sabemos onde pôr. A nossa casa pode estar um brinco, tudo impecável e no sítio certo, mas essa gavetinha é a constante imutável. "ah, já não uso isto há tanto tempo, é tão giro, não posso deitar fora mas também não serve para nada... vou por na gaveta e depois logo se vê".

Isto para dizer uma coisa que aprendi no meu (fascinante) curso: todos nós temos, cá dentro, a nossa gaveta desarrumada. Aquela parte de nós para onde mandamos aquilo em que não queremos pensar agora, as coisas que não queremos chorar agora, os assuntos sobre os quais vamos decidir depois, as relações que vamos cultivar quando o coração se amolecer.
Há sempre uma parte de nós, por mais equilibrados que sejamos, que é confusa, insegura, que duvida, que não faz sentido. E não somos menos nem piores por causa disso. Pelo contrário, até acho que é por essa gaveta existir em nós, que nos damos tempo e disponibilidade mental para aquilo que, a cada momento, precisa da nossa atenção.

A única coisa é que, se não faz mal que a nossa gaveta de casa fique eternamente por arrumar, os assuntos da nossa cabeça não devem ficar muito tempo escondidos. Porque quanto mais abaixo os pusermos, mais difícil fica de os ir buscar, porque quando percebermos que é daquilo que tinhamos precisado já não sabemos onde o pusemos, ou quem eramos quando o largamos.

sábado, 6 de novembro de 2010


Pois adoro. Mas agora estás com herpes e não te posso tocar. Ando paranóica com a ideia de apanhar também, não te deixo aproximar da minha almofada e até já troquei a toalha da casa-de-banho.
E não sei de onde é que isso te veio, porque em cinco anos de namoro nunca apareceu e agora cá está ele.

Publicidade enganosa, quanto a mim. E não te posso devolver com defeito (ou não quero!)