sexta-feira, 30 de março de 2012

enquanto cai o mundo lá fora

eu vou por-me a caminho de Torres Vedras e passar o dia a dar sessões de sensibilização.
Tantos dias que posso trabalhar em casa logo hoje, que era ideal, tenho de me fazer à estrada.

Bora lá, com cuidado que a estrada está um perigo.

quinta-feira, 29 de março de 2012

e hoje também estou muito sensível

é da Primavera, do cansaço, das análises todas maradas e mais sei lá o quê mas comovi-me quando vi na minha conta, pela primeira vez, dinheiro que entrou por ter feito todos os dias aquilo que me enche e preenche, por ter exercido a profissão para a qual me esfalfei a trabalhar todos os dias dos meus últimos 5 anos. Sabe bem. E pensar que posso acalmar os nervos e respirar ligeiramente mais fundo de alívio por provavelmente ser o primeiro mês que vamos chegar ao dia 28 com mais de 70 eur na conta. I wish. Passito a passito e um de cada vez.

o balanço das coisas

Depois acontece, como hoje, ser dia de trabalhar em casa, abrires o frigorífico e veres que não tens nada para almoçar e ser muito tentador atravessar a estrada e ir às Amoreiras. Logo te lembras que esses (pelo menos) 8 euros que irias gastar terão outro sabor se forem gastos num pequeno-almoço pela Europa. Então serves-te de arroz e abres uma lata de atum.

Para te compensares ofereces a ti própria hoje saires mais cedo, às 18h e ires (finalmente) receber a massagem de relaxamento que a tua irmã te ofereceu no Natal e cujo prazo acaba....amanhã!

Hoje vai ser um óptimo dia.

quarta-feira, 28 de março de 2012

e as coisas simples, perguntam vocês?

Porque não calha a todos a possibilidade de viajar pelo Mundo, de encontrar o amor da nossa vida e toda uma série de coisas que poderiam argumentar para justificar a vossa falta de motivação (e imaginação) para viver os segundos de cada dia-a-dia.

Aí eu digo, meus caros, a possibilidade de nos ultrapassarmos está muito além dos recursos que temos. Está e caminha diariamente connosco: habita em nós.
Só é preciso vencer a inércia desta sensação confortável de nos deixarmos estar.
Cá em casa, um batido de morango ao pequeno-almoço, acordar e ter pão comprado e sumo de laranja feito, deixar papelinhos a dizer "amo-te" dentro das meias, desligar a televisão e convidar a um passeio à volta do quarteirão, jantar no chão em cima de mantas em vez de sentados à mesa, comprar croissants no pingo-doce e sentar em frente ao rio, agendar sessões de cocegas, estar com um amigo ou uma amiga 20 minutos dentro do carro em frente ao jardim da Estrela ou parados nos sinais de trânsito porque são os únicos 20 minutos que temos e são preciosos demais para se desperdicarem.
Tudo isto são maneiras de Viver. Depende da mentalidade, e do valor que damos a cada um dos segundos que respiramos.

Quanto às viagens, são opções. Não me lembro das últimas vezes que fui às compras ou que não fiz contas no supermercado. Prefiro chegar a casa e por esses 5 ou 10 euros no mealheiro da sala e de vez em quando abrirmos e ver até onde podemos ir. Porque quando viajamos (e dormimos em camaratas de hostels e comemos sandwiches no supermercado) enriquecemos mais do que podemos imaginar, porque voltamos mais e maiores, cheios de coisas que não tínhamos, paisagens que não víamos, pessoas que não conhecíamos. E isso vale mais do que as calças e os sapatos da nova colecção.
Mas, como digo, são opções.

terça-feira, 27 de março de 2012

ainda sobre o tempo

é por isso que, olhando para trás e lembrando a criança que ainda sou do alto dos meus 24 anos, não posso deixar de sorrir ao pensar que, se o tempo parasse agora, a minha conta de experiências estaria recheada porque eu já:
- fiz uma viagem de um mês pela Europa com as minhas amigas;
- viajei um mês pela Ásia enquanto era solteira;
- fiz voluntariado nas favelas do Brasil durante um mês;
- casei cedo e tenho vivido os meus dias cheios de amor;
- viajei um mês com o meu marido e fiquei trancada na China com tudo o que de bom e assustador isso trouxe;
- montei um campo de férias para miúdos sem família;
- tirei um curso que me preenche e trabalho todos os dias nas coisas e com as pessoas que me dão alegrias;
- saltei de um avião;
- visitei 18% do Mundo

e tantas outras coisas, mais banais, mas que fui esperta o suficiente para não deixar escapar.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Cheios de tempo

e se pensarmos que o tempo é dinheiro ou que o dinheiro seria tempo? Quereriamos ter todo o tempo do mundo? Viver sem pressa mas, simultaneamente, sem aproveitar cada segundo?
O filme que vi ontem (In Time) fez-me pensar nestas coisas...muito para além do seu enredo, claro está... e se o preço a pagar pelas coisas fosse tempo? Eu, que tenho 100 anos de vida, comprar-te-ia a ti, lojista com mais 5 anos de vida, uma camisola por 2 dias. O que faria eu com tantos anos e o que farias tu com mais esses dois dias?

O que provoca em nós a sensação de que tudo isto um dia se vai? Faz-nos actuar? Faz-nos reagir?
Este meio caminho em que nos encontramos, esta decisão tramada entre trabalhar o máximo que conseguirmos para receber o máximo de dinheiro que pudermos na crença de que a qualidade de vida que compraremos com esse dinheiro nos aumentará o número de dias faz com que tantas e tantas vezes nos esquecamos de aproveitar as horas, que sem sabermos são tão poucas, temos para realmente Viver.
Não tendo nada a ver, eu sei, porque todos são diferentes e se encontram a si próprios com coisas diferentes, a experiência de saltar de um avião foi mais do que uma experiência em si, mais do que um riscar qualquer coisa da lista dos sonhos. Foi sentir-me viva. Sentir que este tempo que passarei neste mundo não é, e garanto que nunca será, passado como vejo tanta gente à minha volta: quase como autómatos: acorda-se para trabalhar, acaba-se de trabalhar para ir dormir. No meio há o mesmo de sempre, veste filhos, leva à escola, fuma-se cigarros, chega-se a casa, banhos, jantar, cama e nós no sofá de pijama a sentir que merecemos esse descanso e esquecendo que o tempo, esse, dá para mais. Dá para um passeio no jardim, para o desvio a caminho de casa e ver-se o mar, ou as árvores da avenida da liberdade. As duas horas que separam o jantar da cama podiam ser ocupadas com um amigo que nos visita e a quem podemos servir apenas chá.
Ontem, nos 90 anos da minha Avó que parou no tempo aos 87 quando teve um AVC e ali se mantém deitada pensei nisto. E se o tempo parasse? O que teríamos acumulado em nós? Sim, em nós, não na conta do banco.
Fui à Missa das 22h na Baixa porque não consegui ir antes. E soube-me bem a manga curta na Rua Augusta, o arco iluminado, dar a mão ao meu marido. Quis pendurar-me no seu pescoço e fazê-lo rir por tentá-lo beijar em frente a turistas enquanto ele, envergonhado, tentava afastar-me.
Mas eu quero lembrar-me destas coisas, das ruas de Lisboa quentes à noite, dos nossos passos em sintonia, desta sensação de que o tempo passa devagar porque o que precisamos é exactamente aquilo que temos: a nós mesmos e às experiências que nos vão construindo.

sexta-feira, 23 de março de 2012

é sexta-feira 13 e esqueceram-se de avisar aqui o casalinho?

Roubaram o meu marido... foi-se o blazer, foi-se o computador, foram-se os blocos com notas sobre os próximos eventos (e a maratona já aí no Domingo...) foi-se o saco do ginásio com uns ténis novinhos em folha que lhe deram ontem. Sim, ontem... corta-se-me o coração... ainda não o vi, só ouvi ao telefone mas foi o suficiente para perceber que cara é que vou ver quando chegar da polícia.

only me

E ficar sem bateria no carro em pleno parque de estacionamento do CADIn e o tic tac do relógio a aproximar a hora de ponta ali em que não se anda para a frente e para trás?

Arranjar dois homens que me empurrem até à porta, onde só cabe um carro de cada vez (quase) e ir bater à oficina do lado que tem um mecânico simpático e em troca de cervejas me devolveu a capacidade de voltar para Lisboa.

quinta-feira, 22 de março de 2012

ahh, como o bom tuga adora a primavera!

Já anda para aí tudo a saltitar, rodar as suas saias, a roer as unhas para poder arrumar o casaco de vez e substituir os sapatos que estão ao serviço.

Quanto a mim, sei bem o que quero fazer esta Primavera. Espero que pegue. A ver vamos!

Duas situações que me provocam ansiedade no dia de hoje

1- A greve geral
2- Saem os resultados da repetição das análises que fiz na segunda-feira exactamente um mês e meio depois de a médica os ter pedido com urgência...

quarta-feira, 21 de março de 2012

as minhas histórias pelo Mundo #5

Quando fomos à China não sabíamos que a China é como a China verdadeiramente é. Cheia de tudo. De cheiros, de carros, de paisagens arrebatadoras, de coisas, de lojas, de comida e, sobretudo, de pessoas. Por todos os cantos. Aparecem não sabemos de onde. E tudo de olhos em bico. Temos a sensação que não vimos ocidentais. Mas vimos, de certeza, só que os outros abafaram-nos.

Então, quando eu qual guia turística disse que estava na hora de sairmos de Pequim e irmos para as montanhas, preparamo-nos para uma espécie de into the wild. Apanhamos um comboio de onde só saímos 28h depois e o meu marido, o meu muito engraçado marido, imbuido de todos os meus comentários acerca das montanhas, da vida rural e atendendo a que eram precisamente meia noite e meia, sai do comboio (nem sequer sabíamos se era aquela a saída mas confiamos na nossa comunicação gestual) dizia eu, que ele sai do comboio com a minha mochila a frente, a dele atrás, eu levava a máquina fotográfica, saco da comida e mais não sei o quê e ele uma lanterna na cabeça (que até hoje ocupa o lugar de brinquedo preferido).

Na estação não a ligou porque havia luz e quando saimos e ele se preparava para a ligar damos com toda uma big metropole.
Sim, eram as montanhas e a vida rural. Mas também é a China e aquela vilazinha rural tem mais habitantes que o Algarve e tem centro comercial e carros e lojas e hotéis.
E o meu Dioguinho a sentir-se um idiota por circular no meio da rua, até ao hotel, com uma lanterna na cabeça!

terça-feira, 20 de março de 2012

Nenhum caminho é incerto, tenho a vida em aberto e o céu ao virar da esquina.

segunda-feira, 19 de março de 2012

hoje é o dia do Pai

e eu recebo os primeiros pais neste novo trabalho. Bom!

Também é dia de pensar o quanto gostava de não faltar muito para te dar os parabéns a ti também neste dia.

sábado, 17 de março de 2012

gosto das pessoas com quem trabalho...

... e é por isso que hoje, Sábado, não me vai custar nada lá ir para ajudar uma colega e depois vou adorar o primeiro convívio de Núcleo.

Lixado esta coisa do Ser Humano e o sentimento de pertença. Mas bom.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Olhem só o que eu descobri

31 de Dezembro de 2010 eu escrevia assim sobre os 11 propósitos para 2011. Ora bamo´lá ber:
 
1- Acabar o meu estágio académico com um desempenho de distinção e uma apreciação de estágio que me dê alento e ânimo para enfrentar o mercado de trabalho que me espera. -- Acho que cumpri. Tive 19, bons comentários e conheci o meu anjo da guarda que me arranjou trabalho.

2 - Acabar o meu Mestrado com a entrega de uma tese de que me orgulhe e que, embora não possa ser feita com toda a calma do mundo, tenha em si reflexos da minha experiência, da minha vivência, do meu pensar e do meu esforço de equilíbrio entre todas as bolas que estou a tentar manter no ar ao mesmo tempo. -- hummm, fica a amarelo. Cumpri, tem reflexos meus, orgulho-me dela embora saiba que fiquei pela metade do meu esforço que investi quase todo no estágio. Tive 17 e, caramba, devo estar contente e não me armar a menina do 7º ano que chora com um Muito Bom em vez do Excelente.

3 - Fazer, pelo menos, duas viagenzinhas. O ideal era conseguir, antes de começar a trabalhar, fazer uma última viagem de um mês seguido que já tenho uma certa saudadinha, mas caso o mê homem não tenha essas férias para gozar, pelo menos duas viagens de 4 diazinhos é o mínimo indispensável. -- Done. Em 2011 fui a Roma com a minha Mãe e fiz uma viagem de um mês quase toda passada na China.

4 - Aproveitar melhor os fins-de-semana. Sair, ver, conhecer Portugal, descansar fora de Lisboa ou, então, tornar o Sábado e o Domingo dias de referência para conhecer melhor a nossa Capital... é uma falha tão grande a minha ignorância em relação aos nossos museus, às nossas ruas, aos nossos miradouros, ao nosso comércio local... -- Nop, não me parece. À excepção de Campo de Ourique que já sei de cor e salteado.

5 - Ter menos preguiça para fazer jantares cá em casa. Há um grupo de tios e tias que precisam de cá vir visitar o casal e não pode passar deste ano. -- Sim em relação aos amigos, dei muitos. Não em relação à família. As cerimónias pá....

6 - Ser mais e melhor amiga e irmã. Conseguir mostrar de uma forma mais eficaz e presente o quanto gosto das minhas amigas e como me preocupo com os meus irmãos. -- Acho que cumpri. Os de direito que se manifestem. Até ganhei um convite para madrinha de casamento!

7 - Atender sempre o telefone ao meu pai. -- True. Sempre que posso, claro. Antes via quem era e dizia que ligava depois. Shame on me.

8 - Encontrar uma maneira de conseguir voltar ao meu voluntariado sem que isso interfira com as minhas obrigações. -- Não de forma oficial, inscrita nalgum lado, mas fui fazendo as minhas coisas.

9 - Conseguir andar, pelo menos, meia hora por dia a pé. Não, não é difícil para quem mora mesmo no centro de Lisboa. Vou conseguir. Aliar isto a voltar a comer melhor, como comia antes deste fatídico mês de Dezembro. Perder um quilinho e meio, voltar aos meus 46kg que são os ideais para mim e deixar-me lá ficar. Preciso de voltar aos meus 2L de água por dia e ausência de sobremesas desenfreadas. -- Mais do que conseguido e até me inscrevi no ginásio onde vou pelo menos 3 vezes por semana religiosamente.

10 - Ser melhor namorada e mulher. Não me deixar ficar confortável por ter um marido perfeito, que faz tudo nesta casa e ainda por cima está sempre bem-disposto. Lutar mais por conquistá-lo todos os dias. -- Diogo?

11 - Escrever coisas com mais qualidade e interesse no Blogue. -- A parte do "mais" foi conseguida. A qualidade é discutível e o interesse, para mim, é todo. Permite que me vá registando no tempo e, convenhamos, ali os dias da viagem foram em bom!

quinta-feira, 15 de março de 2012

diário

Ora bem, para hoje tivemos:

trabalhar aqui 4 horas de manhã, ir até à Lapa, passar a tarde em sessões com 6º e 8º anos (o 8º meus queridos, aquele 8º... que canseira), grande chuvada até ao eléctrico, reunião em Santos e agora deixei (!)  meu amor convidar um amigo para ver o futebol. À minha frente só garrafas de superbok e alguns (mas poucos) restos de queijo e chouriço.

Tenho frio. Vou aproveitar estar aqui arrumada ao canto e adianto trabalho para não ficar a olhar para o tecto.

boicote

e depois eu decidi que está na altura dum ponto final na minha falta de cultura geral. Já comecei a ler coisas. Outro passo é, obviamente, passar a ver o telejornal. Sentei-me e no espaço de um minuto e meio a notícia era sobre uma couve gigante que cresceu numa árvore.

Mudei para a Moda Lisboa.

quarta-feira, 14 de março de 2012

que não seja a idade

a calar-nos, a fazer-nos corar e pensar que afinal não íamos dizer nada de importante quando o nosso impulso nos fazia sentir que sim.
Não ter medo de expor, partilhar, discutir ideias com os que se separam de nós pela data de nascimento.
Porque não só podemos aprender com o que nos devolvem como, também e tantas vezes, podemos ter alguma coisa a ensinar.

terça-feira, 13 de março de 2012

outras parvas considerações

acabei de ver que escrevi a palavra estaminé (que nem sequer uso muito) em dois posts seguidos.

Três, agora!

Pequenos comentários acerca do tempo

1 - Os lençóis que lavei e estendi esta manhã já estão secos.

2- Acham que veio para ficar? Estou vai não vai para montar a rede no pátio...

Gosto da terça-feira

e de ter tempo para pôr a casa em ordem. Estas manhãs em que o estaminé fica como novo, a roupa cheira mais a lavado, entram os lençóis da cama ainda esticados e a sala cheira a pronto das madeiras.

Também é, geralmente, um dia em que me lembro que engomar não está sequer no top 100 das minhas actividades preferidas!

só o facto

de ter, lá para trás, um post com as palavras "Ordem dos Psicólogos" e "Estágios Profissionais" vale umas boas dezenas de visitas diárias aqui ao estaminé.
Anda tudo às aranhas, é o que me parece.

segunda-feira, 12 de março de 2012

"Quando estamos saciados falta qualquer coisinha, quando temos queremos ter mais, tudo num sentido de urgência e atropelo em que "acumular" é palavra de ordem. E eu que me quero livre destas e de outras coisas!
Diz Bowles que passeava em Paris com a ajuda de uma lanterna pequena e da Lua, que lhe servia mais que a primeira. Acredito que será assim em nós, corpos como casas, nas praças e linhas de Corbusier: o rumo é recto, o caminho pode ser sinuoso e tudo será coerente quando se alinharem os dois. No que for possível. No que permitirmos que as possibilidades são infinitas e, como a Lua, simples e solitárias. Não anónimas."
 
Não sei de quem é

domingo, 11 de março de 2012

ES-PE-TA-CU-LAR

Nem sei se irei conseguir descrever. Tento amanhã que agora esta descarga toda de adrenalina deixou-me a rastejar, vou dormir.

Uma coisa é certa, para repetir. Tantas vezes quantas me for possível. Inacreditavel.

(que o acordo ortográfico sirva para alguma coisa nem que seja para facilitar a divisão por sílabas da palavra do título)

sábado, 10 de março de 2012

É hoje.

Aliás, daqui a meia hora.

com a idade as coisas mudam

nomeadamente pensar que me posso sentar às 11.23h no Bairro Alto para jantar, sair do restaurante às 01.05, ir beber um copo, chegar a casa as 05.00h e  que dormir 4 horas me vai deixar fresca para Sábado.
Não estou. Nada fresca. O que é mau para aquilo que se segue!

sexta-feira, 9 de março de 2012

fogo pá

esta profissão tem tanto de gratificante como, muitas vezes, de sufocante pelas histórias que ouvimos e que passam a ser também um bocadinho nossas.

não gostei

da ousadia de um empregado de um restaurante que me respondeu, ao ligar a reservar mesa para jantar e pedir que fosse à janela, desta forma:

"Oh minha senhora, da minha experiência isso é completamente indiferente. Para além de estar noite, as pessoas jantam juntas para conversar, não é para ver a vista".


...

quinta-feira, 8 de março de 2012

da Quaresma

e a analogia com o deserto.
Seja eu capaz de me aventurar pelo meu deserto fora, em bicos de pés para a areia não queimar, buscando oásis e resistindo ao cansaço.

e agora

estou a fazer o contrário do que prego o dia inteiro e estou a adiar a ida para a cama por causa do computador.

´tá mal!

quarta-feira, 7 de março de 2012

gosto

que a vida me surpreenda e me desafie.
gosto desta sensação de frio na barriga, da incerteza que eu sei que reside naquilo que até dou como certo.
gosto de pensar que aquilo que não consegui hoje ainda conquistarei amanhã.

Também gosto da gelatina de chá verde com framboesas do Go Natural.

terça-feira, 6 de março de 2012

e a vida é tão melhor

com estas boas conversas.
Estas, sim, que nos fazem parar, dizer "huummmm" como quem se deparou com alguma coisa que está escondida mas com o rabo de fora, a pedir que se destape.
Estas conversas em que acabamos mais desconcertados, que nos impelem a ir buscar uma folha branca, fazer um esquema, procurar razões e boas explicações para termos feito assim e não de outra maneira.
Estas conversas que nos confrontam com os nossos gostos, as nossas escolhas e as nossas decisões e que nos fazem dar por nós a dizer cá dentro "então é assim...."
E nem sempre é assim, não da maneira como achamos que é.

segunda-feira, 5 de março de 2012

esta coisa

de não ter carro e começar o dia com sessões de formação numa escola em Queluz às 08.10 complica a vida!

sábado, 3 de março de 2012

Hoje

é o dia da minha soltura.
Primeira aparição pública, dois workshops para dar num congresso.

Bora lá.

sexta-feira, 2 de março de 2012

das medidas impensadas

"Telmo Baptista alertou para o perigo da diminuição de psicólogos numa altura em que «os números crescentes» dos casos de suicídio e de depressão são «cada vez mais preocupantes».
«Em vez de termos mais recursos para lidar com esta situação, temos cada vez menos», lamentou o bastonário, defendendo que, apesar de ter de haver restrições, deve assegurar-se que «os danos existentes possam ser diminuídos pela capacidade de resposta», que está a baixar em «sítios vitais», como nos centros de saúde, hospitais e escolas.

Telmo Baptista adiantou que nas escolas, em termos de estágios que terminaram, foram dispensados 200 profissionais. Nos estabelecimentos de saúde, o número de psicólogos dispensados é «muito variável», mas há hospitais e centros de saúde onde essa situação afectou um terço dos profissionais.

«Diminuir recursos onde eles são necessários e numa altura destas é como ter um incêndio e estar a transportar água para outro lado qualquer. Nós precisamos da água onde está o incêndio», comentou.

O bastonário adiantou ainda que «o clima de desesperança, que se vai instalando, dá um contributo muito forte para que as pessoas se sintam sem perspectivas» e aumentem os casos depressão e ansiedade.

Mas, salienta, «há saídas para as crises e as pessoas têm recursos pessoais que podem utilizar», sendo muito importante «o contributo dos psicólogos» para ajudar as pessoas a adquirirem essas capacidades para ultrapassarem as situações de crise.

Para o bastonário, uma intervenção atempada pode ser a diferença entre conseguir que as pessoas retomem as suas actividades ou fiquem progressivamente mais perturbadas e em situações precárias de saúde, o que «tem custos adicionais».

«Podemos estar a criar uma situação em que, para não gastar uma quantia que é aceitável, podemos vir a gastar muito mais daqui a uns tempos e ter as consequências sociais disso», avisou."

Tvi24 (online)

quinta-feira, 1 de março de 2012

Ai Mia Couto

(...) "A sociedade colhe assim hoje os frutos do que semeou durante pelo menos duas décadas.

Eis agora uma geração de pais impotentes e frustrados.

Eis agora uma geração jovem altamente qualificada, que andou muito por escolas e universidades mas que estudou pouco e que aprendeu e sabe na proporção do que estudou. Uma geração que colecciona diplomas com que o país lhes alimenta o ego insuflado, mas que são uma ilusão, pois correspondem a pouco conhecimento teórico e a duvidosa capacidade operacional.

Eis uma geração que vai a toda a parte, mas que não sabe estar em sítio nenhum. Uma geração que tem acesso a informação sem que isso signifique que é informada; uma geração dotada de trôpegas competências de leitura e interpretação da realidade em que se insere.

Eis uma geração habituada a comunicar por abreviaturas e frustrada por não poder abreviar do mesmo modo o caminho para o sucesso. Uma geração que deseja saltar as etapas da ascensão social à mesma velocidade que queimou etapas de crescimento. Uma geração que distingue mal a diferença entre emprego e trabalho, ambicionando mais aquele do que este, num tempo em que nem um nem outro abundam.

Eis uma geração que, de repente, se apercebeu que não manda no mundo como mandou nos pais e que agora quer ditar regras à sociedade como as foi ditando à escola, alarvemente e sem maneiras. " (...)

eu testemunhei esta conversa

ela: - Queres explicar por que é que o tampo da retrete está com manchas amarelas?
ele: - Hummm.... é que me disseram que se queimasse papel higiénico depois de fazer cocó o cheiro desaparecia... mas não correu muito bem..