quinta-feira, 29 de novembro de 2012

É daqui

Pronto, estava apostada em criar um novo blogue com um título que me ia ser muito querido mas que sendo assim vou guardar para outra coisa qualquer. Que projetos, venham eles e eu vou sempre precisar de títulos.

Descobri aqui no meu histórico que em setembro tinha feito uma tentativa falhada de recomeçar e criei este blogue novo.
Não vou apagar esses posts. Ficam para eu me lembrar dessas palavras que me fizeram muito sentido.

Agora é arranjar outras. Ou as mesmas mas que façam sentidos diferentes.

Encontramo-nos lá:

http://acoisavaimudar.blogspot.pt/

É isso, vou voltar

Vou. Não interessa a ninguém mas apetece-me.
Não sei ainda de onde falarei. Vou ver. Daqui não deve ser que isto tudo parece fazer parte de outra história. Minha história também, mas outra.

O que interessa, para já, é que vou voltar.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Crescer é uma merda

E dói. Dói, dói, dói.

terça-feira, 19 de junho de 2012

e se eu passasse a vir cá só às 3ªs??

Brincadeirinha... tenho de cá passar mais, eu sei. Mas tenho andado a mil.
De qualquer forma venho todos os dias, espreito, respondo a alguns emails e ando a escrever uma saga de posts que serão publicados muito em breve. Preparem-se que vão ser do melhor! Mas só faz sentido publica-los em série.
Vai valer a espera!

terça-feira, 12 de junho de 2012

Sestas

estou cá a ter uma dificuldade de passar pelos dias sem o meu corpo gritar por uma sesta depois do almoço...
Vamos lá, esforço final. Os miúdos quase a acabar as aulas. Apenas relatórios para por em dia e sugestões/ideias novas/pensamento na inovação para exercitar.

Acho que não vou ter menos férias que nos anos anteriores mas, certamente, estas saber-me-ão particularmente bem!

É assim tão mau ainda faltar mais de um mês e meio e eu já estar com a cabeça em Agosto??

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Ontem fiz anos

e consegui ver todas as pessoas que mais me têm mimado, feito crescer, apoiado, levado ao colo, amado. As pessoas mais importantes na minha vida, hoje em dia. Foi bom. Foi óptimo.
Todas as maiores alegrias devem ser vividas assim: partilhadas. Não só ganham mais tamanho como mais realidade.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

a ti que vais no metro

e que tiveste um dia de trabalho puxado e queres sacar dos meus posts para ganhar alento para as horas do dia que ainda faltam, cá vai um post de esperança!
Não, não fiquei de repente uma melancólica chorona e queixosa nem tão pouco passei a perna que faltava para os lados da filosofia.
Acontece, só e apenas, que se os dias não são todas um sprint por entre prados verdes também as palavras - porque as minhas saem do coração - não conseguem vir sempre com asas cor-de-rosa e um sorriso rasgado.
Agora, aos bocadinhos e entre algumas sestas que me vão permitindo manter os olhos a olhar para onde é devido, vou recuperando a calma, a serenidade, o empurrão para amanhã.
A vida é boa, é mesmo boa! Sei que vinhas e vens cá em busca dessa confirmação e aqui volto a dá-la. Em tudo encontramos sempre bons motivos para andar para a frente, para abraçar o que nos espera, para saltar barreiras mesmo que isso nos deixe suados e cansados.
E, espera, a vida não é só boa: é surpreendente também. Às vezes andamos um tanto distraidos e não nos surpreendemos porque não vemos e não vemos porque não olhamos e não olhamos porque vamos com pressa. Aconselho a todos que pratiquemos esta arte de ver e buscar o que, escondido, tem o enorme potencial de nos surpreender.
E para acabar, porque entretanto deve ser a tua paragem, dizer também que a vida acredita em nós. Temos esta mania de dizer que nós é que acreditamos em Deus, acreditamos no Destino, acreditamos na Esperança, acreditamos na Vida. Não, todos esses também acreditam em nós. E, às tantas, dependem mais de nós do que nós deles.
E a vida tem acreditado e apostado em mim. Novos projectos se avizinham e espero poder revela-los o quanto antes!
Beijinhos, Ana.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

novos mundos

em cada pessoa um novo mundo, em cada olhar uma vida inteira. E eu cheia de vontade de mergulhar em olhares e explorar os mundos.
Aguardo, com expectativa, tudo aquilo com que ainda não me cruzei. Anseio pelos sentimentos que ainda não senti, pelas emoções que ainda não me percorreram a espinha, por desatar nós da minha garganta que ainda não foram atados.
Ahh, como é bom sentir que ainda não está tudo vivido. Humm, como é tão incerta a nossa aceitação do que falta viver. Woow, como cada novo dia nos pode trazer tantas surpresas.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Às tantas

os minutos parecem horas, as horas dias e os dias meses. As noites não passam. As lágrimas visitam mas não caem. Há mistos de alegria, medo e insegurança no coração.
Não sabes o que será o futuro mas há um quentinho vindo não-sabes-bem-de-onde que parece passar-te a mão pelo cabelo e te sussurra ao ouvido que tudo será pelo melhor.
Queres adormecer para que o amanhã chegue rápido, para que as semanas e os meses passem para te sentires mais segura, nesse lugar que ainda não sabes qual é. Mas não consegues. Assim que encostas a cabeça, a almofada introduz-te a todo um novo mundo de divagação que te liga à corrente até que o cansaço acaba por vencer.
Depois levantas-te, lavas a cara e escovas o cabelo. Sorris e acreditas e fazes acreditar que tudo está na paz do Senhor enquanto o teu íntimo mais parece as praias do Oeste em noite de tempestade.

terça-feira, 22 de maio de 2012

sei lá, estou em baixo

É isso, não quero deixar o estaminé ao abandono mas também não me apetece grande excitação.
Esta coisa do cérebro que nos permite pensar é ao mesmo tempo o nosso maior trunfo e o nosso maior pesadelo.
Quando precisamos de o usar estritamente para cumprir as nossas funções profissionais, reflectir no bem maior mas ele insiste em redefinir as rotas do GPS e conduzir por outros caminhos os pensamentos, os sonhos, as expectativas, as ânsias e os desgostos.
E quanto mais queremos afastar alguns pensamentos, quanto mais nos esforçamos, mais eles insistem em rondar o espírito, mais difícil se torna não insistir nas ideias do que na verdade não é nosso, não nos pertence, não antevemos nem controlamos.
Não sei se ando em baixa, se é revolta contra algo que não tenho direito de me revoltar, se é desilusão perante algo que, verdade seja dita, nem chegou a iludir-me.
É qualquer coisa que me inquieta, que me alterna o sorriso rasgado com o forçado, que me confere um não-sei-quê de bipolaridade e esquizofrenia.
No entanto, e no final de contas, tudo tem corrido bem...os dias passam tranquilos. Talvez não seja isto que eu preciso.

sábado, 19 de maio de 2012

quanto mais se dorme mais se quer dormir

o brunch na cama as 12.05 - sumo de abacaxi com hortelã, ovos mexidos, torradas com tomate, bolachinhas de manteiga - adormecer até às 13.40. Namorar, namorar, namorar, arrumar umas coisas, voltar a dormir atá às 15.20.

Boooom!

quinta-feira, 17 de maio de 2012

os meujanos

O homem não ligava nenhuma a festejos. Depois conheceu-me e eu tanto insisti que o dia dos anos é o nosso dia, somos nós o centro das atenções, devemos fazer tudo para que o outro se sinta especial e blablabla. Sempre me senti a melhor de sempre nos meus anos porque tinha uns pais espectaculares. Não eram os presentes mas sim o dia em si... nós decidiamos o programa, decidiamos as refeições, um regabofe.

Mas agora a trabalhar mal me lembro que está a ai a chegar e ele, coitado, ele já anda barata tonta de um lado para o outro e ansioso para o dia que passou a preparar de forma inacreditável, cheio de atenção aos pormenores e com os presentes muita bem pensados. No outro dia estava a falar que estava aí mesmo à porta... (e ia dizer o casamento da minha prima) e ele antecipou-se "os teus anos?". Nem me lembrava.

Enfim, para quem está a pensar dar presentes fica a saber que dado o estado da coisa (e a minha urgência de reforçar o guarda-roupa com roupa para trabalhar e cuecas,soutiens e pijamas dignos de uma mulher casada), só aceito os seguintes presentes:





(dinheiro para viagens)


(cheques surprise, os cheques dos centros comerciais da Sonae Sierra que me dariam acesso a todas as lojas e mais algumas)

Enfim, hoteis, jantares, viagens e roupa. Tudo aquilo que gosto e/ou preciso mas que o (apertado) orçamento familiar não me permite obter pelos meus próprios meios.

Vá, agora é contribuir!

terça-feira, 15 de maio de 2012

segunda-feira, 14 de maio de 2012

volto às escolas

e volto às chapadas de realidade.
Aos braços no ar que antecedem comentários e histórias inacreditáveis. Experiências que nenhum adulto devia ter tido e, por isso, muito menos estas crianças e jovens.
À recolha das folhas de avaliação que trazem consigo comentários sofridos, pedidos de ajuda, perguntas que só ocorrem mesmo a quem já sentiu na pele as dores de que eu falo com imensa propriedade mas sem aquele something que traz o "já passei por isso".

sexta-feira, 11 de maio de 2012

lixei-me

Marido foi para Londres e só volta segunda à noite
Fim-de-semana começava hoje com o jantar de anos do namorado de uma das minhas maiores amigas, amanhã regabofe de despedida de solteira, no Domingo três primeiras comunhões.
Estava tudo controladíssimo até eu não ter a mínima noção do trabalho que é preciso para preparar as 6 formações sobre cyberbullying que vou dar na 2ªfeira em Aveiras. Descarrilou e estou atrasadíssima porque agora com a especialização que comecei a fazer na área estou sempre a conhecer novos autores e documentos e desato a reformular tudo para formas os pais, professores e alunos da melhor maneira.
Hoje a tarde é para consultas com dois miúdos e duas reuniões diferentes com pais de meninos que sigo.
Devo chegar muito tarde a casa, voltar para o computador a horas indecentes e amanhã, no único dia que poderia dormir o despertador toca cedinho para trabalhar.
O que vale é que gosto (adoro) o que faço mas esta sensação de ausência de vida social com marido fora é muito frustrante.

Antes disso...

ainda tenho 3 despedidas de solteira.
Uma delas também me tira de Portugal mas não posso dizer onde que a noiva lê o blogue e era uma chatice.

Aiii, trabalhar para viajar. Que bom!

e pronto, tou numa de realizar sonhos

Já temos as férias marcadas e os bilhetes de avião comprados porque arranjamos um preço óptimo!
Road trip pela Turquia de 24 Agosto a 2 de Setembro.

Can´t wait!






quinta-feira, 10 de maio de 2012

Dia 10!

Mais um dia 10 que já chegou. 6 anos e 5 meses. 77 meses diz a minha máquina de calcular.
Espectáculo.
Ontem antes de adormecer ainda conversamos sobre as primeiras vezes que falamos e como era dificil imaginar que um dia íamos casar com aquela pessoa que estava ali.

Pensar nas tantas e tantas coisas que já fizemos e mesmo assim como ainda nos falta tanto tempo pela frente (assim espero, que na vida nada é garantido) - e aquele ano que fui missionar para o Brasil e tu para a Alemanha e mandaste uma carta por uma das Irmãs que ia fazer a viagem e eu a recebi, no meio das favelas? E quando me deixaste imensos bilhetes no carro a fingir que estava bloqueado? E a nossa mania de não passarmos noites fora até casarmos mas que não nos impediu de passearmos imenso e fazer imensos programas? Lembras-te de Islantilla? E de Belver?

O que nos acontece ao longo da vida não está sob o nosso controlo e não vale a pensa pensarmos que controlamos isso. Mas há coisas que controlamos e há coisas que podemos (e devemos contrariar). Somos responsáveis pela forma como enfrentaremos as dificuldades do caminho e como combateremos todos os sinais de que já aqui estamos há muito tempo.
Uma coisa é certa, lutarei por este amor, por esta nossa cena, tão verdadeira, tão genuina, tão divertida e tão irritante às vezes. Talvez o truque, como nos disseram uma vez, esteja mesmo em nos lembrarmos todos os dias daquilo que nos fez apaixonar e escolher de entre tantas opções. Porque, apesar do crescimento, essa pessoa ainda estará  ali e cabe-nos a nós reencontra-la todos os dias.
E namorar. Namorar muito. Ser um luxo de que não abdicamos.
Como este, dos dias 10.

terça-feira, 8 de maio de 2012

suadices #2

Quer queiramos quer não nós, mulheres, fisgamos sempre uma com quem embirrar seja em que contexto for. Não fazemos por mal, na realidade nada temos contra ela e se nos falasse até sorririamos e estariamos abertas a perceber o quão fantástica será a criatura.

No meu ginásio a minha escolhida para intolerância de estimação é uma quarentona daquelas que entra no ginásio sempre vinda do cabeleireiro, unhas arranjadas, kits inacreditáveis, não prende o cabelo para as aulas de ginástica, gosta de passar à entrada do estúdio 2 minutos antes da aula começar ainda vestida para vermos a sua toillete, inscreve-se nas aulas de Sh´Bam (dança disco) e entra sempre aos risinhos a dizer que fica cá atrás porque não sabe dançar. Nas fotografias das festas do ginásio nas discotecas ela aparece sempre, abraça o treinador aqui, abraça um PT ali... adiante.

Hoje voltou à aula de sh´bam, que estava cheia a abarrotar, cheirava a duche acabado de tomar (tão bem que ela cheirava!), cabelo solto, aos saltinhos por ali dentro e vem por-se mesmo mesmo a minha frente. Frente? Lado? Em cima? Nem sei descrever.

Lá exagerada não é, não tem mesmo jeito, parece um polvo que não sabe onde por as mãos, não acerta com os tempos, vai para a esquerda quando é para ir para a direita, enfim.
Mas esforçada, a senhora, que pula muito, não pára, não desanima, ri e canta.
Acertou-me aí umas 74 vezes, fazia tantos "calcanhar ao rabo" que eu já estava praticamente colada ao espelho com um campo de acção muito limitado. Eu, eu cá disse palavrões a aula inteira.
Mas depois olhou para trás, disse "desculpe, sou mesmo desajeitada". E eu sorri.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

logo vi que era fruta a mais

a manga curta de ontem.
De manhã arranquei o homem da cama para ir ver o que se passava no nosso pátio que, cá para mim, tinha inundado.
O mundo não caiu mas o toldo estava quase tal era a quantidade de água ali em cima.
Este atraso do sol baralha-me completamente o esquema.

sábado, 5 de maio de 2012

é disto que se trata

Quando se vai passar o fim-de-semana fora tudo parece diferente logo que se entra no carro, mesmo que ainda não se tenha saído da nossa rua. Muda o chip. E sabe tão bem!
Ficamos muito bem instalados na Estalagem de Santa Iria que na vida real dá dez a zero ao site que tem. Um quarto enorme com janelas e varanda, uma dona impecável e um pequeno-almoço requintado, qual buffet!?
Fui ao pequeno-almoço com ele e voltei para o meu pijama enquanto ele foi inspeccionar as montagens do evento, que entretanto é mesmo aqui no jardim onde fica a estalagem.
De olho meio aberto e meio fechado tenho passado a minha manhã.
A D.Odete, aqui da estalagem, já nos avisou que temos mesmo de ir provar as três sopas dela: de marisco, da pedra e de cação. Olha a quem diz ela, a mim que sou a maior sopeira de todas!
Vai ser um bom dia, tenho cá para mim!

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Ai se me apanho a caminho daqui

tomar.jpg


Hoje é mais um dia dos duros. Descansar ainda não sei o que é mas hoje lá para o fim da tardinha, depois da última consulta, é mesmo para aqui que rumo. Senhor marido tem de ir dar o ar da sua graça ao congresso das sopas.
Eu, para além de gostar de sopas, gosto de dormir fora, dos lençóis de hotel, de pequenos-almoços de hotel, de namorar com ele. E se for grátes ainda melhor.
Can´t wait!

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Plural como o Universo.



Ainda não disse nada sobre o meu feriado 25 de Abril pois não?

Pois então estive a trabalhar, em reunião, até às 12.05. Às 13.30 entraram cá em casa os Tios-Avós e Avó do Diogo para almoçar. Coisa de cerimónia que ainda não os tínhamos recebido oficialmente. Levantamo-nos as 16h, fomos deixa-los a casa e seguimos, os dois, para a Gulbenkian para visi

ressacando


Quando tudo começou no Domingo, com Missa em plena praia dos Salgados, eu já ia cansada mas sem antecipar toda a correria e stress dos 3 dias seguintes ao nos encarregarmos de conduzir, a pé, 420 pessoas até Fátima.
Ressaca à parte, vale sempre a pena.

sexta-feira, 27 de abril de 2012

esta sensação horrível

De que estou em piloto automático. Que faço tudo mas não estou em nada. Que não consigo parar para pensar, para me envolver. Que há sempre mais qualquer coisa, ali à frente, para ser feita, mais um prazo para ser cumprido.

Acreditem ou não, o próximo fim-de-semana em que não tenho nada marcado é o de 23 e 24 de Junho.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

excertos de coisas certas

O Pedro Afonso, psiquiatra, escreveu um artigo no Público. Como sei que ninguém lê posts muito grandes vou transcrever algumas partes, aquelas que me preocupam especialmente:

"Recentemente, ficámos a saber, através do primeiro estudo epidemiológico nacional de Saúde mental, que Portugal é o país da Europa com a maior prevalência de doenças mentais na população."

"Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque assisto com impotência a uma sociedade perturbada e doente em que violência, urdida nos jogos e na televisão, faz parte da ração diária das crianças e adolescentes. Neste redil de insanidade, vejo jovens infantilizados incapazes de construírem um projecto de vida, escravos dos seus insaciáveis desejos e adulados por pais que satisfazem todos os seus caprichos, expiando uma culpa muitas vezes imaginária. Na escola, estes jovens adquiriram um estatuto de semideus, pois todos terão de fazer um esforço sobrenatural para lhes imprimirem a vontade de adquirir conhecimentos, ainda que estes não o desejem. É natural que assim seja, dado que a actual sociedade os inebria de direitos, criando-lhes a ilusão absurda de que podem ser mestres de si próprios."

Interessa-me a saúde mental dos portugueses porque se torna cada vez mais difícil, para quem tem filhos, conciliar o trabalho e a família. Nas empresas, os directores insanos consideram que a presença prolongada no trabalho é sinónimo de maior compromisso e produtividade."

terça-feira, 24 de abril de 2012

saudades de tudo...

hoje é um desses dias, bolas.

Olhar para trás e pensar, confortada, em tudo o que já fiz e alcancei mas depois... depois inquieto-me na cadeira, sinto-me desconfortável. Sinto e sei que há muito mais por aí. Mais para viver, para sentir, para abraçar. Mais por fazer e por que lutar. Mais para visitar e conhecer. Mais para espantar.

Não me chega. Há dias em que sinto isto de uma forma inacreditável.

Querido Tio Tó,

eu não me esqueci do nosso projecto, não não!
Mas tem sido impossível... mal tenho tempo para escrever no meu bloco de notas a lista de coisas para fazer quanto mais para lançar o nosso projecto...

Quer esperar ou fazer ao contrário e arranca o Tio primeiro e depois eu continuo?

Grande beijinho

segunda-feira, 23 de abril de 2012

do Congresso da Ordem

As críticas irei fazê-las em lugar próprio e a quem de direito de forma a potenciar as melhorias.
Para mim ficam essencialmente duas coisas boas:
1- Estar no nascimento. Ver nascer é sempre algo que nos comove e nos marca. Pensar que daqui a 30 anos me lembrarei que estive no primeiro, que vi as pessoas comovidas a pensar pela primeira vez que ser Psicólogo poderá trazer outras coisas boas para além do enorme conforto no coração que só sente quem faz isto por amor.
2- Ter tido tempo para encontrar amigos de caminho e consolidar as amizades dos que agora chegaram à minha vida e fazem parte da família CADIn.

Foi bom. Foi óptimo. E também me valeu um dia de cama com febre (e a mais uns quantos, que já me informei) à custa dos ares condicionados.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Depois passas a ter a tua própria casa...

... e tendes a pensar bem se os convidados desse dia são suficientemente isentos de cerimónia para não precisares de pôr uma toalha lavada à mesa e se lhes perguntas, a rir, se não se importam que sejam guardanapos de papel.
É que lavar e engomar guardanapos de alguém que só usou uma vez às tantas é maldade.
E passas a compreender, e irritantemente imitar, a cara da tua mãe quando no primeiro minuto do jantar deixavam pingar o molho dos bifes na toalha acabada de estrear.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Não sou só eu, não não

Tenho tido boas surpresas com isto de andar pela estrada a pregar. Como as escolas não pagam pela minha presença, entendem dar-me sempre um "miminho". Ora ramos de flores, ora caixas de chocolates, ora o jornal ou a caneta da escola...

O último foi um cartão presente do Corte Inglés (recuso-me a dizer El Corte Inglés). Toda contente dizia eu ao meu amorzinho que não fazia ideia de quanto estaria ali... podem ser só 5 euros mas rematei "Não interessa, no fim-de-semana vou comprar qualquer coisinha para mim".
Depois calei-me, ri-me e pensei que nós as mulheres somos mesmo assim - não diria umas mais que outras, acho mesmo que todas, depende é da fase do mês ou do estado de humor/amor - não interessa quanto é nem se precisamos ou não, o que interessa mesmo é comprar "qualquer coisinha". Sabe bem!

Coisas de hoje

- No autocarro dei o meu lugar a um senhor velhinho. Mais à frente no caminho o senhor chamou-me e perguntou-me baixinho: "Por que é que me deu o lugar, estou com mau aspecto?". Coitadinho. Não, não estava com mau aspecto nem precisava de estar com o ar mais moribundo de sempre para eu lhe dar o lugar. A mim sempre me ensinaram a levantar-me para falar a quem, mais velho, entra na sala, a perguntar se se querem sentar no meu lugar mesmo que haja cadeiras vazias na festa e a não viajar sentada de autocarro quando alguém mais velho vai de pé. Fui a pensar como era triste que este senhor tivesse de pensar que só podia estar muito mal para alguém lhe conceder o lugar;

- Desde há três dias que mal tenho marido. Por causa da peregrinação ficamos totalmente sem serões. Sempre a trabalhar. Hoje ele está em casa mas, como vem sendo habitual, acabado de jantar já está ao telefone com quem nos apoia na parte logística. Fechamos as inscrições com 420 peregrinos. Dose;

- Ontem fiz a asneira, claro. Acabei a noite às colheradas no leite condensado. Hoje comprei massa de piza e fiz uma de queijo mozarella, tomate fresco e manjericão. Só porcarias por este corpo adentro. Compensei com uma aula de Bum Bum Brazil que me levou quase tudo.

Pronto, é isto. Nada de extraordinário, right?

terça-feira, 17 de abril de 2012

sozinha em casa

e tão cansada que vai dar disparate. Já abri o "noMenu" para pensar encomendar tudo o que era porcaria, já abri o site da telepizza e dei inicio à encomenda e depois desliguei. Agora estou cheia de vontade de abrir uma lata de leite condensado... socooooorro..

segunda-feira, 16 de abril de 2012

quando voltamos a casa

sentimos sempre o misto da felicidade de quem reencontra e a nostalgia do que já passou.
Estou, desde as 09h da manhã, a dar formações na casa que foi a minha dos 3 aos 15 anos. Onde tudo se passou, onde cresci e aprendi desde o mais básico como as letras e os números ao mais complexo do mundo inteiro que é quem sou e como me relaciono.
Está tudo aqui, dentro destas enormes paredes e corredores forrados a azuleijos, no colo destas Irmãs que continuam quentinhas nos seus casacos brancos debaixo do hábito.
A professora de Português continua toda arranjada e a falar com imensa propriedade, a professora de Francês continua com uma vida que nunca acaba, gargalhada alta e um perfume esvoacante que deixa atrás de si no corredor. A professora de EVT ainda se lembra que eu era um desastre a desenhar. Mas esforçada.
Na hora de almoço fui ao pinhal e aos campos de jogos. Falei com a Telma e com a Tânia. Vi a D.Isaura e a Céu que me punha a rede no cabelo antes de ir para o ballet, com 4 anos. A Irmã Catarina serviu-me, como sempre, o arroz. Que está igual e sabe ao mesmo.

Um grande nó na barriga. E agora espero os Pais que vão chegar para que lhes dê umas pistas sobre a vida dos filhos deles. Um dia foram os mais pais a entrar por ali dentro, esbaforidos entre uma reunião e outra, ou os da Bárbara com quem podia contar sempre a assistir. Mas já não são, são outros pais, de outros meninos que, aqui nesta casa, usam o meu quarto.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Nos últimos dois dias de trabalho

Tenho conseguido aperceber-me, e sentir o arrepio na pele, da enorme responsabilidade que acarreta esta profissão que escolhi.

Os meninos que choram connosco quase uma sessão inteira, os professores que tiram apontamentos das nossas palavras e os pais que no fim das formações querem decorar os conselhos que posso ter para dar como se pudesse ser eu mais especialista nos seus próprios filhos do que eles mesmos.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Próxima compra urgente

Tira-se o hífen

http://youtu.be/MU_87zvKfkg

Bem, não estou a conseguir inserir o vídeo aqui vá-se lá saber porquê por isso façam o favor de carregar no link. E ouvir qualquer coisinha hoje.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

suadices #1

Quando sei que vou ao ginásio libertar todos os 80% de água que constituem o meu corpo escolho a clássica, como dizer... calça preta! Ah! Pois, é esse o segredo sim senhoras frequentadoras do meu ginásio geralmente com mais de 40 anos. Não é nada agradável ver pessoas a passear de calças cinzentas clarinhas e todo um conjunto de poças de água marcadas ao longo do corpo, com especial ênfase na concavidade traseira.

Madalenas


Até agora Madalenas só as da minha vida - as duas sabem quem são - mas mudaram-se aqui para a frente todo um conjunto delas a sair diariamente e que me fazem babar só de pensar, que me torturam em pensamento, que me apoquentam a alma.
São tão boas.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Amigos Improváveis

Sim, eu sei que devo ser a 100.000.000 ésima pessoa a dizer isto na blogosfera mas vale TANTO a pena ir ao cinema ver este filme.

Eu fui ontem. Saí de cada 4 minutos antes do filme começar com um casaco de ganga vestido e uma manta na mão. O meu marido levou os bilhetes. Atravessamos a estrada e o filme comecou. Só acabou depois de (muitos) risos e comoção.

Muito bom.

Ele há coisas

Do lado da rua chove, do lado do pátio está sequinho!

Hoje é dia 10

6 anos e 4 meses de namoro.

Um amor que já nos levou às nuvens!

segunda-feira, 9 de abril de 2012

não fosse eu

querer botar para fora tudo o que comi no último quarto de século e estaria a regalar-me com este stock (quase) vitalício de chocolates que habita a minha casa pós-Páscoa.

pior a cura do que a doença

Eu andava muito contente, fresca e airosa, entre as minhas formações e meninos em consulta. Brindava o meu corpinho todos os dias com ginástica e muito namoro. Feliz, embora anémica.
Agora que comecei a tratar-me e todas as manhãs lá enfio ferro disfarçado de bolinhas cor-de-rosa pela boca abaixo a coisa está a ficar preta. Literalmente.
Os dois primeiros dias foram na maior e eu senti-me a senhora intocável a quem todos aqueles efeitos secundários que afectam toda a gente a mim nem chegavam perto. Deve ter sido o meu corpo a absorver cada bocadinho tamanha era a sofregidão. Mas desde ontem, minha nossa... desde ontem que ando a ver estrelas. O dia todo com as tais "nauseas" que aparecem escritas na bula como quem não quer a coisa e mais toda uma palete de tons de carvão quando vou à casa de banho.
Oh senhores... eu só queria repor os meus niveis de ferro, não era andar com cara de morta viva e triste com a vida e de costas viradas a essa actividade que me é tão querida que é comer...

quinta-feira, 5 de abril de 2012

eu sei que às vezes pensamos que não

mas a vida tem carradas de coisas boas!

ao fim de duas semanas

lá irei hoje ao médico falar sobre as brilhantes análises que mais parecem de alguém que vive no 3º mundo.

Estou a pé há horas a trablhar que nem uma louca com as mil coisas que tenho de ter prontas até hoje à noite ou amanhã correndo o risco de não ter Páscoa.

Vou voltar à alternância entre word, powerpoint, pdf.

Regressarei às minhas profundidades quando esta vaga de trabalho me passar.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

can´t wait

Está a surgir esta hipótese para a próxima Páscoa e eu mal posso acreditar... se isto se realiza é mais um sonho vivido.

terça-feira, 3 de abril de 2012

a chatice de se trabalhar com Internet...

...e estar a preparar-se uma sessão para professores com ideias giras para incluir as Novas Tecnologias no processo de ensino é ficar 20 minutos presa a fazer os joguinhos dos miúdos!

ui

tá bem que fui preguiçosa e não disse nada desde 6ª mas também não precisavam de rebentar (por cima) com a média de visitas ao blogue... é que assim parece que quanto menos escrevo mais o visitam, o que não me parece grande elogio.

Ida e volta a Torres Vedras uma beleza, chovia que Deus mandava e eu lá ia muito sossegadinha na faixa da direita (tão sossegada e tão na faixa da direita que quando dei por mim estava numa saída... 22 km antes da que queria... não ia deixar a malta em perigo e olha, lá saí... 22 km em estrada nacional com o mundo a desabar só para ver se acordava). A dose de adolescentes foi em 4 vezes o que me deixou a cabeça num naco de bacalhau.
Fim-de-semana tranquilo e de descanso, bons amigos, bom vinho, boas sestas.
A vida real voltou ontem com um dia em cheio, fora de casa: reuniões e formação (desta vez fui receber e não dar!).
Hoje idem. Ainda não parei e não adivinho o fim a isto que devo ter pronto amanhã.

E por aí? Planos para a Páscoa? Aposto que está tudo de férias de papo para o ar!

sexta-feira, 30 de março de 2012

enquanto cai o mundo lá fora

eu vou por-me a caminho de Torres Vedras e passar o dia a dar sessões de sensibilização.
Tantos dias que posso trabalhar em casa logo hoje, que era ideal, tenho de me fazer à estrada.

Bora lá, com cuidado que a estrada está um perigo.

quinta-feira, 29 de março de 2012

e hoje também estou muito sensível

é da Primavera, do cansaço, das análises todas maradas e mais sei lá o quê mas comovi-me quando vi na minha conta, pela primeira vez, dinheiro que entrou por ter feito todos os dias aquilo que me enche e preenche, por ter exercido a profissão para a qual me esfalfei a trabalhar todos os dias dos meus últimos 5 anos. Sabe bem. E pensar que posso acalmar os nervos e respirar ligeiramente mais fundo de alívio por provavelmente ser o primeiro mês que vamos chegar ao dia 28 com mais de 70 eur na conta. I wish. Passito a passito e um de cada vez.

o balanço das coisas

Depois acontece, como hoje, ser dia de trabalhar em casa, abrires o frigorífico e veres que não tens nada para almoçar e ser muito tentador atravessar a estrada e ir às Amoreiras. Logo te lembras que esses (pelo menos) 8 euros que irias gastar terão outro sabor se forem gastos num pequeno-almoço pela Europa. Então serves-te de arroz e abres uma lata de atum.

Para te compensares ofereces a ti própria hoje saires mais cedo, às 18h e ires (finalmente) receber a massagem de relaxamento que a tua irmã te ofereceu no Natal e cujo prazo acaba....amanhã!

Hoje vai ser um óptimo dia.

quarta-feira, 28 de março de 2012

e as coisas simples, perguntam vocês?

Porque não calha a todos a possibilidade de viajar pelo Mundo, de encontrar o amor da nossa vida e toda uma série de coisas que poderiam argumentar para justificar a vossa falta de motivação (e imaginação) para viver os segundos de cada dia-a-dia.

Aí eu digo, meus caros, a possibilidade de nos ultrapassarmos está muito além dos recursos que temos. Está e caminha diariamente connosco: habita em nós.
Só é preciso vencer a inércia desta sensação confortável de nos deixarmos estar.
Cá em casa, um batido de morango ao pequeno-almoço, acordar e ter pão comprado e sumo de laranja feito, deixar papelinhos a dizer "amo-te" dentro das meias, desligar a televisão e convidar a um passeio à volta do quarteirão, jantar no chão em cima de mantas em vez de sentados à mesa, comprar croissants no pingo-doce e sentar em frente ao rio, agendar sessões de cocegas, estar com um amigo ou uma amiga 20 minutos dentro do carro em frente ao jardim da Estrela ou parados nos sinais de trânsito porque são os únicos 20 minutos que temos e são preciosos demais para se desperdicarem.
Tudo isto são maneiras de Viver. Depende da mentalidade, e do valor que damos a cada um dos segundos que respiramos.

Quanto às viagens, são opções. Não me lembro das últimas vezes que fui às compras ou que não fiz contas no supermercado. Prefiro chegar a casa e por esses 5 ou 10 euros no mealheiro da sala e de vez em quando abrirmos e ver até onde podemos ir. Porque quando viajamos (e dormimos em camaratas de hostels e comemos sandwiches no supermercado) enriquecemos mais do que podemos imaginar, porque voltamos mais e maiores, cheios de coisas que não tínhamos, paisagens que não víamos, pessoas que não conhecíamos. E isso vale mais do que as calças e os sapatos da nova colecção.
Mas, como digo, são opções.

terça-feira, 27 de março de 2012

ainda sobre o tempo

é por isso que, olhando para trás e lembrando a criança que ainda sou do alto dos meus 24 anos, não posso deixar de sorrir ao pensar que, se o tempo parasse agora, a minha conta de experiências estaria recheada porque eu já:
- fiz uma viagem de um mês pela Europa com as minhas amigas;
- viajei um mês pela Ásia enquanto era solteira;
- fiz voluntariado nas favelas do Brasil durante um mês;
- casei cedo e tenho vivido os meus dias cheios de amor;
- viajei um mês com o meu marido e fiquei trancada na China com tudo o que de bom e assustador isso trouxe;
- montei um campo de férias para miúdos sem família;
- tirei um curso que me preenche e trabalho todos os dias nas coisas e com as pessoas que me dão alegrias;
- saltei de um avião;
- visitei 18% do Mundo

e tantas outras coisas, mais banais, mas que fui esperta o suficiente para não deixar escapar.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Cheios de tempo

e se pensarmos que o tempo é dinheiro ou que o dinheiro seria tempo? Quereriamos ter todo o tempo do mundo? Viver sem pressa mas, simultaneamente, sem aproveitar cada segundo?
O filme que vi ontem (In Time) fez-me pensar nestas coisas...muito para além do seu enredo, claro está... e se o preço a pagar pelas coisas fosse tempo? Eu, que tenho 100 anos de vida, comprar-te-ia a ti, lojista com mais 5 anos de vida, uma camisola por 2 dias. O que faria eu com tantos anos e o que farias tu com mais esses dois dias?

O que provoca em nós a sensação de que tudo isto um dia se vai? Faz-nos actuar? Faz-nos reagir?
Este meio caminho em que nos encontramos, esta decisão tramada entre trabalhar o máximo que conseguirmos para receber o máximo de dinheiro que pudermos na crença de que a qualidade de vida que compraremos com esse dinheiro nos aumentará o número de dias faz com que tantas e tantas vezes nos esquecamos de aproveitar as horas, que sem sabermos são tão poucas, temos para realmente Viver.
Não tendo nada a ver, eu sei, porque todos são diferentes e se encontram a si próprios com coisas diferentes, a experiência de saltar de um avião foi mais do que uma experiência em si, mais do que um riscar qualquer coisa da lista dos sonhos. Foi sentir-me viva. Sentir que este tempo que passarei neste mundo não é, e garanto que nunca será, passado como vejo tanta gente à minha volta: quase como autómatos: acorda-se para trabalhar, acaba-se de trabalhar para ir dormir. No meio há o mesmo de sempre, veste filhos, leva à escola, fuma-se cigarros, chega-se a casa, banhos, jantar, cama e nós no sofá de pijama a sentir que merecemos esse descanso e esquecendo que o tempo, esse, dá para mais. Dá para um passeio no jardim, para o desvio a caminho de casa e ver-se o mar, ou as árvores da avenida da liberdade. As duas horas que separam o jantar da cama podiam ser ocupadas com um amigo que nos visita e a quem podemos servir apenas chá.
Ontem, nos 90 anos da minha Avó que parou no tempo aos 87 quando teve um AVC e ali se mantém deitada pensei nisto. E se o tempo parasse? O que teríamos acumulado em nós? Sim, em nós, não na conta do banco.
Fui à Missa das 22h na Baixa porque não consegui ir antes. E soube-me bem a manga curta na Rua Augusta, o arco iluminado, dar a mão ao meu marido. Quis pendurar-me no seu pescoço e fazê-lo rir por tentá-lo beijar em frente a turistas enquanto ele, envergonhado, tentava afastar-me.
Mas eu quero lembrar-me destas coisas, das ruas de Lisboa quentes à noite, dos nossos passos em sintonia, desta sensação de que o tempo passa devagar porque o que precisamos é exactamente aquilo que temos: a nós mesmos e às experiências que nos vão construindo.

sexta-feira, 23 de março de 2012

é sexta-feira 13 e esqueceram-se de avisar aqui o casalinho?

Roubaram o meu marido... foi-se o blazer, foi-se o computador, foram-se os blocos com notas sobre os próximos eventos (e a maratona já aí no Domingo...) foi-se o saco do ginásio com uns ténis novinhos em folha que lhe deram ontem. Sim, ontem... corta-se-me o coração... ainda não o vi, só ouvi ao telefone mas foi o suficiente para perceber que cara é que vou ver quando chegar da polícia.

only me

E ficar sem bateria no carro em pleno parque de estacionamento do CADIn e o tic tac do relógio a aproximar a hora de ponta ali em que não se anda para a frente e para trás?

Arranjar dois homens que me empurrem até à porta, onde só cabe um carro de cada vez (quase) e ir bater à oficina do lado que tem um mecânico simpático e em troca de cervejas me devolveu a capacidade de voltar para Lisboa.

quinta-feira, 22 de março de 2012

ahh, como o bom tuga adora a primavera!

Já anda para aí tudo a saltitar, rodar as suas saias, a roer as unhas para poder arrumar o casaco de vez e substituir os sapatos que estão ao serviço.

Quanto a mim, sei bem o que quero fazer esta Primavera. Espero que pegue. A ver vamos!

Duas situações que me provocam ansiedade no dia de hoje

1- A greve geral
2- Saem os resultados da repetição das análises que fiz na segunda-feira exactamente um mês e meio depois de a médica os ter pedido com urgência...

quarta-feira, 21 de março de 2012

as minhas histórias pelo Mundo #5

Quando fomos à China não sabíamos que a China é como a China verdadeiramente é. Cheia de tudo. De cheiros, de carros, de paisagens arrebatadoras, de coisas, de lojas, de comida e, sobretudo, de pessoas. Por todos os cantos. Aparecem não sabemos de onde. E tudo de olhos em bico. Temos a sensação que não vimos ocidentais. Mas vimos, de certeza, só que os outros abafaram-nos.

Então, quando eu qual guia turística disse que estava na hora de sairmos de Pequim e irmos para as montanhas, preparamo-nos para uma espécie de into the wild. Apanhamos um comboio de onde só saímos 28h depois e o meu marido, o meu muito engraçado marido, imbuido de todos os meus comentários acerca das montanhas, da vida rural e atendendo a que eram precisamente meia noite e meia, sai do comboio (nem sequer sabíamos se era aquela a saída mas confiamos na nossa comunicação gestual) dizia eu, que ele sai do comboio com a minha mochila a frente, a dele atrás, eu levava a máquina fotográfica, saco da comida e mais não sei o quê e ele uma lanterna na cabeça (que até hoje ocupa o lugar de brinquedo preferido).

Na estação não a ligou porque havia luz e quando saimos e ele se preparava para a ligar damos com toda uma big metropole.
Sim, eram as montanhas e a vida rural. Mas também é a China e aquela vilazinha rural tem mais habitantes que o Algarve e tem centro comercial e carros e lojas e hotéis.
E o meu Dioguinho a sentir-se um idiota por circular no meio da rua, até ao hotel, com uma lanterna na cabeça!

terça-feira, 20 de março de 2012

Nenhum caminho é incerto, tenho a vida em aberto e o céu ao virar da esquina.

segunda-feira, 19 de março de 2012

hoje é o dia do Pai

e eu recebo os primeiros pais neste novo trabalho. Bom!

Também é dia de pensar o quanto gostava de não faltar muito para te dar os parabéns a ti também neste dia.

sábado, 17 de março de 2012

gosto das pessoas com quem trabalho...

... e é por isso que hoje, Sábado, não me vai custar nada lá ir para ajudar uma colega e depois vou adorar o primeiro convívio de Núcleo.

Lixado esta coisa do Ser Humano e o sentimento de pertença. Mas bom.

sexta-feira, 16 de março de 2012

Olhem só o que eu descobri

31 de Dezembro de 2010 eu escrevia assim sobre os 11 propósitos para 2011. Ora bamo´lá ber:
 
1- Acabar o meu estágio académico com um desempenho de distinção e uma apreciação de estágio que me dê alento e ânimo para enfrentar o mercado de trabalho que me espera. -- Acho que cumpri. Tive 19, bons comentários e conheci o meu anjo da guarda que me arranjou trabalho.

2 - Acabar o meu Mestrado com a entrega de uma tese de que me orgulhe e que, embora não possa ser feita com toda a calma do mundo, tenha em si reflexos da minha experiência, da minha vivência, do meu pensar e do meu esforço de equilíbrio entre todas as bolas que estou a tentar manter no ar ao mesmo tempo. -- hummm, fica a amarelo. Cumpri, tem reflexos meus, orgulho-me dela embora saiba que fiquei pela metade do meu esforço que investi quase todo no estágio. Tive 17 e, caramba, devo estar contente e não me armar a menina do 7º ano que chora com um Muito Bom em vez do Excelente.

3 - Fazer, pelo menos, duas viagenzinhas. O ideal era conseguir, antes de começar a trabalhar, fazer uma última viagem de um mês seguido que já tenho uma certa saudadinha, mas caso o mê homem não tenha essas férias para gozar, pelo menos duas viagens de 4 diazinhos é o mínimo indispensável. -- Done. Em 2011 fui a Roma com a minha Mãe e fiz uma viagem de um mês quase toda passada na China.

4 - Aproveitar melhor os fins-de-semana. Sair, ver, conhecer Portugal, descansar fora de Lisboa ou, então, tornar o Sábado e o Domingo dias de referência para conhecer melhor a nossa Capital... é uma falha tão grande a minha ignorância em relação aos nossos museus, às nossas ruas, aos nossos miradouros, ao nosso comércio local... -- Nop, não me parece. À excepção de Campo de Ourique que já sei de cor e salteado.

5 - Ter menos preguiça para fazer jantares cá em casa. Há um grupo de tios e tias que precisam de cá vir visitar o casal e não pode passar deste ano. -- Sim em relação aos amigos, dei muitos. Não em relação à família. As cerimónias pá....

6 - Ser mais e melhor amiga e irmã. Conseguir mostrar de uma forma mais eficaz e presente o quanto gosto das minhas amigas e como me preocupo com os meus irmãos. -- Acho que cumpri. Os de direito que se manifestem. Até ganhei um convite para madrinha de casamento!

7 - Atender sempre o telefone ao meu pai. -- True. Sempre que posso, claro. Antes via quem era e dizia que ligava depois. Shame on me.

8 - Encontrar uma maneira de conseguir voltar ao meu voluntariado sem que isso interfira com as minhas obrigações. -- Não de forma oficial, inscrita nalgum lado, mas fui fazendo as minhas coisas.

9 - Conseguir andar, pelo menos, meia hora por dia a pé. Não, não é difícil para quem mora mesmo no centro de Lisboa. Vou conseguir. Aliar isto a voltar a comer melhor, como comia antes deste fatídico mês de Dezembro. Perder um quilinho e meio, voltar aos meus 46kg que são os ideais para mim e deixar-me lá ficar. Preciso de voltar aos meus 2L de água por dia e ausência de sobremesas desenfreadas. -- Mais do que conseguido e até me inscrevi no ginásio onde vou pelo menos 3 vezes por semana religiosamente.

10 - Ser melhor namorada e mulher. Não me deixar ficar confortável por ter um marido perfeito, que faz tudo nesta casa e ainda por cima está sempre bem-disposto. Lutar mais por conquistá-lo todos os dias. -- Diogo?

11 - Escrever coisas com mais qualidade e interesse no Blogue. -- A parte do "mais" foi conseguida. A qualidade é discutível e o interesse, para mim, é todo. Permite que me vá registando no tempo e, convenhamos, ali os dias da viagem foram em bom!

quinta-feira, 15 de março de 2012

diário

Ora bem, para hoje tivemos:

trabalhar aqui 4 horas de manhã, ir até à Lapa, passar a tarde em sessões com 6º e 8º anos (o 8º meus queridos, aquele 8º... que canseira), grande chuvada até ao eléctrico, reunião em Santos e agora deixei (!)  meu amor convidar um amigo para ver o futebol. À minha frente só garrafas de superbok e alguns (mas poucos) restos de queijo e chouriço.

Tenho frio. Vou aproveitar estar aqui arrumada ao canto e adianto trabalho para não ficar a olhar para o tecto.

boicote

e depois eu decidi que está na altura dum ponto final na minha falta de cultura geral. Já comecei a ler coisas. Outro passo é, obviamente, passar a ver o telejornal. Sentei-me e no espaço de um minuto e meio a notícia era sobre uma couve gigante que cresceu numa árvore.

Mudei para a Moda Lisboa.

quarta-feira, 14 de março de 2012

que não seja a idade

a calar-nos, a fazer-nos corar e pensar que afinal não íamos dizer nada de importante quando o nosso impulso nos fazia sentir que sim.
Não ter medo de expor, partilhar, discutir ideias com os que se separam de nós pela data de nascimento.
Porque não só podemos aprender com o que nos devolvem como, também e tantas vezes, podemos ter alguma coisa a ensinar.

terça-feira, 13 de março de 2012

outras parvas considerações

acabei de ver que escrevi a palavra estaminé (que nem sequer uso muito) em dois posts seguidos.

Três, agora!

Pequenos comentários acerca do tempo

1 - Os lençóis que lavei e estendi esta manhã já estão secos.

2- Acham que veio para ficar? Estou vai não vai para montar a rede no pátio...

Gosto da terça-feira

e de ter tempo para pôr a casa em ordem. Estas manhãs em que o estaminé fica como novo, a roupa cheira mais a lavado, entram os lençóis da cama ainda esticados e a sala cheira a pronto das madeiras.

Também é, geralmente, um dia em que me lembro que engomar não está sequer no top 100 das minhas actividades preferidas!

só o facto

de ter, lá para trás, um post com as palavras "Ordem dos Psicólogos" e "Estágios Profissionais" vale umas boas dezenas de visitas diárias aqui ao estaminé.
Anda tudo às aranhas, é o que me parece.

segunda-feira, 12 de março de 2012

"Quando estamos saciados falta qualquer coisinha, quando temos queremos ter mais, tudo num sentido de urgência e atropelo em que "acumular" é palavra de ordem. E eu que me quero livre destas e de outras coisas!
Diz Bowles que passeava em Paris com a ajuda de uma lanterna pequena e da Lua, que lhe servia mais que a primeira. Acredito que será assim em nós, corpos como casas, nas praças e linhas de Corbusier: o rumo é recto, o caminho pode ser sinuoso e tudo será coerente quando se alinharem os dois. No que for possível. No que permitirmos que as possibilidades são infinitas e, como a Lua, simples e solitárias. Não anónimas."
 
Não sei de quem é

domingo, 11 de março de 2012

ES-PE-TA-CU-LAR

Nem sei se irei conseguir descrever. Tento amanhã que agora esta descarga toda de adrenalina deixou-me a rastejar, vou dormir.

Uma coisa é certa, para repetir. Tantas vezes quantas me for possível. Inacreditavel.

(que o acordo ortográfico sirva para alguma coisa nem que seja para facilitar a divisão por sílabas da palavra do título)

sábado, 10 de março de 2012

É hoje.

Aliás, daqui a meia hora.

com a idade as coisas mudam

nomeadamente pensar que me posso sentar às 11.23h no Bairro Alto para jantar, sair do restaurante às 01.05, ir beber um copo, chegar a casa as 05.00h e  que dormir 4 horas me vai deixar fresca para Sábado.
Não estou. Nada fresca. O que é mau para aquilo que se segue!

sexta-feira, 9 de março de 2012

fogo pá

esta profissão tem tanto de gratificante como, muitas vezes, de sufocante pelas histórias que ouvimos e que passam a ser também um bocadinho nossas.

não gostei

da ousadia de um empregado de um restaurante que me respondeu, ao ligar a reservar mesa para jantar e pedir que fosse à janela, desta forma:

"Oh minha senhora, da minha experiência isso é completamente indiferente. Para além de estar noite, as pessoas jantam juntas para conversar, não é para ver a vista".


...

quinta-feira, 8 de março de 2012

da Quaresma

e a analogia com o deserto.
Seja eu capaz de me aventurar pelo meu deserto fora, em bicos de pés para a areia não queimar, buscando oásis e resistindo ao cansaço.

e agora

estou a fazer o contrário do que prego o dia inteiro e estou a adiar a ida para a cama por causa do computador.

´tá mal!

quarta-feira, 7 de março de 2012

gosto

que a vida me surpreenda e me desafie.
gosto desta sensação de frio na barriga, da incerteza que eu sei que reside naquilo que até dou como certo.
gosto de pensar que aquilo que não consegui hoje ainda conquistarei amanhã.

Também gosto da gelatina de chá verde com framboesas do Go Natural.

terça-feira, 6 de março de 2012

e a vida é tão melhor

com estas boas conversas.
Estas, sim, que nos fazem parar, dizer "huummmm" como quem se deparou com alguma coisa que está escondida mas com o rabo de fora, a pedir que se destape.
Estas conversas em que acabamos mais desconcertados, que nos impelem a ir buscar uma folha branca, fazer um esquema, procurar razões e boas explicações para termos feito assim e não de outra maneira.
Estas conversas que nos confrontam com os nossos gostos, as nossas escolhas e as nossas decisões e que nos fazem dar por nós a dizer cá dentro "então é assim...."
E nem sempre é assim, não da maneira como achamos que é.

segunda-feira, 5 de março de 2012

esta coisa

de não ter carro e começar o dia com sessões de formação numa escola em Queluz às 08.10 complica a vida!

sábado, 3 de março de 2012

Hoje

é o dia da minha soltura.
Primeira aparição pública, dois workshops para dar num congresso.

Bora lá.

sexta-feira, 2 de março de 2012

das medidas impensadas

"Telmo Baptista alertou para o perigo da diminuição de psicólogos numa altura em que «os números crescentes» dos casos de suicídio e de depressão são «cada vez mais preocupantes».
«Em vez de termos mais recursos para lidar com esta situação, temos cada vez menos», lamentou o bastonário, defendendo que, apesar de ter de haver restrições, deve assegurar-se que «os danos existentes possam ser diminuídos pela capacidade de resposta», que está a baixar em «sítios vitais», como nos centros de saúde, hospitais e escolas.

Telmo Baptista adiantou que nas escolas, em termos de estágios que terminaram, foram dispensados 200 profissionais. Nos estabelecimentos de saúde, o número de psicólogos dispensados é «muito variável», mas há hospitais e centros de saúde onde essa situação afectou um terço dos profissionais.

«Diminuir recursos onde eles são necessários e numa altura destas é como ter um incêndio e estar a transportar água para outro lado qualquer. Nós precisamos da água onde está o incêndio», comentou.

O bastonário adiantou ainda que «o clima de desesperança, que se vai instalando, dá um contributo muito forte para que as pessoas se sintam sem perspectivas» e aumentem os casos depressão e ansiedade.

Mas, salienta, «há saídas para as crises e as pessoas têm recursos pessoais que podem utilizar», sendo muito importante «o contributo dos psicólogos» para ajudar as pessoas a adquirirem essas capacidades para ultrapassarem as situações de crise.

Para o bastonário, uma intervenção atempada pode ser a diferença entre conseguir que as pessoas retomem as suas actividades ou fiquem progressivamente mais perturbadas e em situações precárias de saúde, o que «tem custos adicionais».

«Podemos estar a criar uma situação em que, para não gastar uma quantia que é aceitável, podemos vir a gastar muito mais daqui a uns tempos e ter as consequências sociais disso», avisou."

Tvi24 (online)

quinta-feira, 1 de março de 2012

Ai Mia Couto

(...) "A sociedade colhe assim hoje os frutos do que semeou durante pelo menos duas décadas.

Eis agora uma geração de pais impotentes e frustrados.

Eis agora uma geração jovem altamente qualificada, que andou muito por escolas e universidades mas que estudou pouco e que aprendeu e sabe na proporção do que estudou. Uma geração que colecciona diplomas com que o país lhes alimenta o ego insuflado, mas que são uma ilusão, pois correspondem a pouco conhecimento teórico e a duvidosa capacidade operacional.

Eis uma geração que vai a toda a parte, mas que não sabe estar em sítio nenhum. Uma geração que tem acesso a informação sem que isso signifique que é informada; uma geração dotada de trôpegas competências de leitura e interpretação da realidade em que se insere.

Eis uma geração habituada a comunicar por abreviaturas e frustrada por não poder abreviar do mesmo modo o caminho para o sucesso. Uma geração que deseja saltar as etapas da ascensão social à mesma velocidade que queimou etapas de crescimento. Uma geração que distingue mal a diferença entre emprego e trabalho, ambicionando mais aquele do que este, num tempo em que nem um nem outro abundam.

Eis uma geração que, de repente, se apercebeu que não manda no mundo como mandou nos pais e que agora quer ditar regras à sociedade como as foi ditando à escola, alarvemente e sem maneiras. " (...)

eu testemunhei esta conversa

ela: - Queres explicar por que é que o tampo da retrete está com manchas amarelas?
ele: - Hummm.... é que me disseram que se queimasse papel higiénico depois de fazer cocó o cheiro desaparecia... mas não correu muito bem..

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Mário Quintana

Tão bom viver dia a dia...
A vida assim, jamais cansa...

Viver tão só de momentos
Como estas nuvens no céu...

E só ganhar, toda a vida,
Inexperiência... esperança...

E a rosa louca dos ventos
Presa à copa do chapéu.

Nunca dês um nome a um rio:
Sempre é outro rio a passar.

Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!

E sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas,
Atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas...

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Onde há crise há esperança

"O problema não é se dói ou se não dói, é como é que vivo a dor, com que sentido, com que integração, com que compreensão dos outros, avaliando em que medida é que essa dor me ajuda a crescer e a humanizar-me."

really?

Nas estatísticas deste blogue, na secção que me diz as palavras mais pesquisadas no google que acabam a vir dar aqui, está lá bem escrito que 5 pessoas vieram cá parar porque pesquisaram a seguinte frase:

"banho turco rapaz massagem nua tocou"

What?

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

no outro dia,


estive em Viseu uma hora, para a Missa, e fiquei cheia de vontade de lá voltar e conhecer melhor.
Tinha um ar tão giro...


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Tomei uma decisão difícil

Vou oferecer a mim própria a espectacular coisa de..... ter fim-de-semana!
Sim, mesmo fim-de-semana. Sem horas para acordar, com aquela coisa do "hummm, deixa lá ver o que tinha para fazer agora, hummmm, pois vou ver o que está a dar na televisão.... humm, alguém ligou? Não? Então vejo mais um bocadinho de televisão".

É isto mesmo. Descansar, recuperar o meu estado débil de saúde. Preciso de visitar os meus pais e tenho uma festa de 1 ano no Domingo. Fora isso a nada mais estou moralmente obrigada.

Há tanto tempo que não sei o que é acordar sem despertador ou não ligar o computador para ver emails...
E se, por um mero acaso, acabar aqui sentada a adiantar coisas, não é por obrigação nem me vou sentir cansada. Vou fazê-lo só no caso de não estar a dar nada interessante e não tiver nada para fazer. Que eu cá não sou de papar porcarias na televisão só porque sim e ao menos adianto serviço!

Vamos lá ver como corre, vou estranhar!

com isto

do meu homem não ter trabalhado na terça-feira fiquei toda baralhada dos dias e esta semana, embora eu tenha trabalhado todos os dias, parece-me minúscula. Mas não é, e o meu corpo confirma.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

e agora

metemo-nos na organização da Peregrinação, o que até Maio acaba com as únicas horas livres do meu dia que eram das 21h às 00.00h, que isto de se organizar uma peregrinação a Fátima para cerca de 450 pessoas em dois meses não é pêra doce.

Acreditando que temos sempre mais para dar, que podemos sempre acrescentar e com esta vontade sempre presente de querer proporcionar aos outros fortes encontros com Deus.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

mais um dia,

mais uma hipótese, mais de mim, mais chá e bolachas de água e sal, mais olheiras, mais esforço, mais gratificação, mais vida, mais crescimento.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

bem mascarada

de doente.
Incluiu vómitos e tudo.
Mesmo assim por aqui não se parou de trabalhar e nestes dias não houve tolerância de nenhuma espécie.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

APTCC

Cá vou eu... vamos lá ver no que isto dá!

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

andar

sempre em frente. nunca parar. talvez abrandar de vez em quando, porque permite dar melhor cada passo. mas nunca parar. pensar. não pensar sempre o mesmo nem da mesma forma. sair da zona de conforto, ficar incomodada com os próprios pensamentos. e receosa. ousar. ousar dizer esses pensamentos em voz alta, quem sabe um dia até dizê-los a alguém. não há limite para o que podemos fazer quando arriscamos, saímos da caixa e rasgamos as arestas do quadrado a que, maior parte do tempo, estamos confinados.

Apetece-me não trabalhar hoje, não planear mil workshops e animar bonequinhos. Hoje apetecia-me arrancar com não sei quantos projectos que trago em mim. Escrever na folha branca os que ainda não escrevi e dar um empurrão aqueles que estão ali, na pasta que diz "projectos" dentro da pasta "trabalho" do meu desktop.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Diz o Gameiro

Na parada do amor existe uma necessidade de agradar, diminuem-se as diferenças e as possíveis divergências. Porém na vida a dois, no quotidiano, este princípio é difícil de conservar.
O casal perante as diferenças, e convencido de que estas podem ser um sinal perigoso para desentendimentos, procura no silêncio um escudo de protecção contra eventuais conflitos. O silêncio dá-lhes a vã ilusão do acordo entre ambos.
--
O conselho mais sábio que a minha sogra me deu antes de casar foi o de nunca adormecermos zangados. Certo é que ainda só passou um ano e meio mas Deus lá sabe o quão útil já foi ter ouvido aquelas palavras. Nesta tourada a dois, sentar, ouvir, não deixar de dizer é, quanto a mim, regra de ouro.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

15 Fevereiro

"Aí vais tu, montas no tempo alado, que te leva, sobre a orla da vida que não tocas. Cobres-te com o ouro que colhes nas tuas viagens e sonhas que o brilho é o sol que aquece a tua noite escura e fria. Mas sabes-te iludido, um menino assustado e só, que canta para si canções de embalar. E então correr, corres, para que o tempo veloz te suspenda na superfície da vida que tanto desejas e temes."

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Valentine

Meu amor, sabes como não ligo nada a estas datas que alguém decidiu impor.
Assim, aproveito e desejo-te já, desde hoje até 2067, FELIZ DIA DOS NAMORADOS.

Olha que bem que ficaremos:

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

eu fui/sou

aquele género de pessoa e de amiga que nunca deu muito espaço para o lamento de relações falhadas.
Mil vezes um namoro que acaba do que qualquer coisa, que nem pode ter nome, entre duas pessoas que se arrasta sem que a totalidade dos dois seres esteja investida.
Porque sou uma pessoa de fé e porque acredito que há mesmo um caminho de felicidade para cada um, o passo seguinte era partir em busca daquilo que nos está reservado.
E só parar quando se encontra.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

6 anos e 2 meses de namoro

e continuo a adorar celebrar todos os dias 10. Acho que isto nos reinventa, nos desafia, nos aproxima.
Apaixonar-me outra vez, todos os meses. Porque casar não é perder o namorado, é passar a tê-lo ali, mais perto.


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

das conquistas

o pior das relações é a incerteza. Das relações e não só. Sei lá, de tudo na vida. Ou bem que se anda ou que não se anda. Não se saber é terrível. Ou bem que se tem trabalho ou não se tem, ficar na expectativa é agonizante. Saber que aqueles que amamos estão bem é reconfortante, saber que estão mal dói, mas não saber deles pode ser um desespero... e muitos outros exemplos poderia soltar aqui.
E agora, para que isto não fique com um tom muito dramático, explico por que raio me lembrei disto: é que finalmente estou perfeitamente em paz com a relação com este blogue. Ou conjunto de textos. Ou delírios.
Ninguém que tem um blogue pode dizer que não gostava de vir a ter o destaque que tem uma Pipoca Mais Doce, uma Polo Norte ou uma Cocó na Fralda. É mentira. Todos gostaríamos de ter tanta audiência, saber que contamos com umas boas centenas (milhares?) de visitas por dia, que há quem esteja realmente interessados no que dizemos.
Provavelmente quando criamos o nosso blogue fazemo-lo inspirados por esses exemplos e piamente convictos de que também conseguimos esse estrelato.
Mas depois a realidade apodera-se e verificamos que não temos assim tanto para dizer. Pior, vemos que até poderíamos ter coisas para dizer mas que se encaixam em duas categorias: ou não interessam a mais ninguém que a nós próprios ou ultrapassam em larga escala o grau de auto-revelação que queremos atingir.
Não quero que todos saibam de tudo, não quero sequer passar a imagem de que a minha vida é mais interessante ou perfeita do que realmente é, não quero utilizar o blogue para carpir mágoas atrás de mágoas e passar a ser a alma sofrida da blogosfera.
A serenidade foi atingida ao assumir que quero utilizar o blogue para aquilo que o utilizo agora. "Falar"quando não há ninguém à minha volta para ouvir. Quando passo horas infinitas ao computador, antes a estudar e agora a montar formações, palestras, workshops, e sinto necessidade de comentar o que quer que seja e mandar um pequeno desabafo.
E pronto, sem pretensões de que isto um dia seja publicado, sem a sensação de que poderei vir a ser julgada e, muitas vezes até um pouco envergonhada com tanta - que afinal é tão pouca - exposição. Sim, porque fico muito atrapalhada sempre que descubro que alguém que conheco perde tempo a ler estas coisas.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

fico de boca aberta

com a forma inconsciente como muitos pais perpetuam as dificuldades dos seus filhos e, tantas e tantas vezes, contribuem para as acentuar.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

das aprendizagens

Houve um post que pode ter sido mal interpretado um dia destes, lá atrás. Em que dizia que podia ter ganho 4000 e tal euros numa semana se ganhasse 100 eur à hora.
Não era objectivo gabar umas míseras 8 horas de trabalho por dia porque isso até é bem menos do que estava habituada (devo lembrar que 14/15h era a minha média de horas de estudo/estágio/tese por dia?) e muito menos era objectivo dizer que merecia esse dinheiro todo por hora de trabalho.
Na minha cabeça o raciocínio continuava "Se ganhasse 50eur/hora, teria feito 2000 e tal, se ganhasse 25eur/h teria ganho 1000 e tal, se ganhasse 12,5eur/h seriam 500, se ganhasse 6eur/h seriam 250..."
Como não ganho nada, não recebi nada!
A vantagem de se trabalhar, em contexto profissional sem receber nada é que aprendemos a buscar gratificações de outras maneiras. Nos sorrisos, nos elogios, nas conquistas, no aumento do volume de trabalho. Aprendemos, quando a situação não se arrasta por tempo infinito que nos leve à frustração, a dar sempre mais e mais como forma de provar o nosso valor e que possamos, um dia, fazer a diferença na equipa em que nos inserimos.
Espero vir a conseguir porque o esforço, esse pelo menos, é presença constante no dia-a-dia.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

esta história dos maridos

pode ser um bocadinho como a história das Mães. Todos achamos que a nossa é a melhor do mundo, mesmo sabendo que o vizinho do lado está convicto que a dele é que é.
E se com as Mães a coisa até pode ser mais ou menos irracional e totalmente tomados de sentimentos pirosos e sensação de gratidão pelo seu contributo à nossa existência, com os Maridos é bom que achemos mesmo isto porque afinal de contas, salvo raras excepções, fomos nós que escolhemos.
Com o dia-a-dia a facilidade de encontrar as coisas perfeitas do melhor do mundo vai-se desvanecendo. É natural.
O que precisamos é de não nos esquecermos que ele é, de facto, o melhor do mundo e fazermos este jogo de detectives em busca constante de tudo o que o possa provar.
E adoro isso. Este exercício de olhar às pequenas coisas, à loiça tirada da máquina sem eu perceber, ao sumo de abacaxi com hortelã no frigorífico à hora do pequeno-almoço, ao meu pijama em cima do aquecedor quando volto de lavar os dentes.
Às vezes digo alto, mesmo sabendo que não é verdade, que ele não tem defeitos nenhuns. E isso ajuda, e aperta os abraços.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

frio do caneco

Nunca, nunca, nunca gostei do Inverno.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

já agora

Parabéns ao meu Paizinho. 52 anos desde que nasceu e 26 desde que ficou noivo!

Ponto de situação a meio da tarde

Sábado. Os dois a pé desde as 09.30.
Ele sai para ir ajudar o primo a mudar de casa.
Eu faço a cama, arrumo a cozinha. Arrumo a sala. Arrumo o estendal todo do meu trabalho da semana para fingir que ainda temos mesa de jantar. Recolho a roupa, ponho mais a lavar.
Sento-me um bocadinho a ver Grey´s Anatomy que gravei ontem.
Estoira o quadro da luz. Botão para cima, botão para baixo. Nada. Não posso lavar roupa, não posso aspirar, não posso tomar banho, não posso ligar o aquecedor e estou a congelar. E o congelador a derreter.
Ligo-lhe. Ele vem. Percebe que houve curto circuito na cozinha. "Mexeste na Bimby?'" " Não" "Mexeste, sim" "Arrumei-a, só". Pois, mas não secou. Fez curto circuito. Já está. Já agora, pede ele, podiamos mudar o microondas de sitio. Dá lá um jeitinho. Volta a sair montado na sua carrinha.
Limpo, mudo o microondas. Tento acabar o episódio. Não dá. Estamos sem televisão. Espero meia hora enquanto arrumo o quarto. Nada.
Ligo para a MEO. 1h15min ao telefone. Ficou resolvido. No meio aqueci a sopa, assei umas castanhas e foi isso que almocei, sentada no chão em frente à box, enquanto ligava e desligava cabos.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

ainda me lembro...

... do dia em que, junto à lareira, informei os meus pais que ia sair do curso de Biologia na Faculdade de Ciências. Não sabia para onde ia, mas que ali não continuava.
Seguiu-se a informação de que nas duas semanas seguintes estaria por aldeias de Portugal a fazer Missão. A dar comida à boca nos lares, a ajudar nos ATL´s, a falar em aulas de formação cívica e a bater porta-a-porta para fazer companhia aos esquecidos das suas vilas.
Na cara dos meus pais estava a ausência de expressão. A filha dos 18´s, 19´s e 20´s que sempre quis ser Bióloga, que agora punha tudo para trás das costas e partia sem rumo.

Ainda me lembro de, num dia dessas duas semanas, a Srª Isabel, internada num centro de saúde, ter feito xixi pelas pernas abaixo enquanto insistia em comer M&M´s convencida de que eram comprimidos. Foi esse, esse momento exacto em que lhe trocava a fralda que eu decidi que ia para Psicologia. Que não bastava mudar as fraldas, que tinha de saber o que se passava na sua cabeça. Como se passava.

Cheguei a casa e dei a notícia. Desde então encontrei o meu lugar.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

às vezes

queria falar mais do meu trabalho mas, depois, sinto que exponho algo que na verdade não é meu. São vidas. Vidas de outros. Vidas que não se sentem iguais às outras. Vidas sofridas, com lutas que não sentem força para vencer.
Gosto dos dias que são enormes. Tão grandes que parecem dois. Em que estudo, aprofundo, vejo, aprendo, oiço, bebo. Bebo sofregamente a experiência daqueles que estão à minha volta, que levam muitos mais anos disto e que tocam essas vidas muito melhor do que provavelmente um dia eu vou conseguir.
Ontem, alguém que admiro e respeito muito, já com bons anos de vida e outros tantos livros publicados, disse acreditar que o futuro está no ensino e intervenção online, no chegar às pessoas da forma como hoje é mais fácil chegar. E sinto-me bem, reconfortada, por sentir que é aí, nesse futuro, que eu ando a investir os meus dias.

Não fosse esta porcaria deste corpo que parece que anda avariado, com análises a chegar cada vez pior, a fazer acentuar o cansaço e dar-me sono muito cedo, e tudo estaria perfeito.
Tratar de mim primeiro devia ser prioridade. Mas quero acreditar que posso tomar conta dos outros e ir tratando de mim. Tudo ao mesmo tempo.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

já agora

(e depois acaba-se o estrelato,sim?) Essa coisa das estátuas não faz sentido nenhum. Por que raio quereria eu ser eternizada num metal qualquer e ficar especada no meio da rua para ser vista por pessoas que não conheci de lado nenhum? Parece-me parvo.

adoro o meu novo hate friend

que me manda mensagens verdadeiramente estimulantes aqui para o estaminé. Obrigada.
Adoro ainda mais que seja anónimo por isso não sei a quem devo agradecer o facto de me ajudar a ser uma pessoa mais esforçada e tolerante.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Se eu ganhasse 100eur à hora

Numa semana de trabalho mais o dia de hoje, teria feito 4800eur.

Mas não ganho.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Para quem não leu isto no facebook

" 25 de Dezembro. Foi o último dia do André na redacção. Sentou-se à mesa, no bar, como se fosse ficar ali para sempre. Como se aquela fosse a sua casa. Como se a dedicação e o brilhantismo de seis meses de estágio fossem suficientes para garantir um lugar entre nós.

O André foi o melhor estagiário que passou por aquela redacção desde que cheguei. O André trabalhou dia e noite, fez sábados, domingos e feriados. Dispensou folgas, esqueceu horários, correu, transpirou, apanhou chuva, frio e voltou sempre com aquele sorriso de quem ama o jornalismo. O André fez reportagens brilhantes: entrevistou ministros, pescadores, sem-abrigo, artistas de circo, sempre com o mesmo rigor, a mesma dedicação, o mesmo profissionalismo. O André aprendeu a editar, a legendar, a sonorizar e a escrever como poucos. O André será um grande jornalista deste país, se o país deixar. O André foi-se embora no dia de Natal, depois de mais uma jornada de intenso trabalho na redacção. Acabou o estágio.

A crise. A crise. A “crise diz” que não há espaço para o André numa empresa com nove milhões de lucro. O André não é bom. O André é muito bom. Mas ser muito bom não chega num país liderado por medíocres. E é este o drama da geração do André. Esqueçam esse eufemismo da “geração à rasca”. Esta é a geração sem futuro num país liderado por uma geração parida pelas “vacas gordas” do cavaquismo à qual o guterrismo deu de mamar. É esta, sim. É esta a geração que mostrou o rabo indignada contra o aumento de meia-dúzia de tostões nas propinas. Tão rebeldes que eles eram.

A reforma da legislação laboral deve ser feita em nome dos miúdos como o André e não para desafogar empresas que em dez anos acumularam mais de 500 milhões de lucro. O ponto de honra tem de ser outro: valorizar o mérito e conceder oportunidade a quem mostra que tem valor. Dói? Vai doer a alguém, claro. Vai doer a quem está há anos encostado, por preguiça, a fazer os serviços mínimos na empresa, a quem não acrescenta valor, a quem não veste a camisola, nem está disposto a inovar e a tentar fazer diferente todos os dias. A esses vai doer. Que doa!

Essa reforma deve ser feita tendo por base a ideia de que um estagiário como o André, brilhante, depois de seis meses a pagar para trabalhar, não pode não ser absorvido por uma empresa que dá nove milhões de lucro. Não pode. Doa a quem doer. Se para isso é preciso flexibilizar o despedimento do medíocre, do preguiçoso, do incompetente, vamos a isso. Um país que desperdiça a geração do André é um país condenado. Estes miúdos já não exigem um emprego para a vida. Querem apenas uma oportunidade.

Deixemo-nos de utopias, de facto. Esta será mais uma reforma perdida para a maioria. O André continuará a enviar currículos. As empresas vão aproveitar a crise e a Lei. Um dia, o André acordará cansado e sem forma de continuar a trabalhar de borla em nome do sonho. Ou emigra, ou acaba na caixa do hipermercado para pagar a renda da casa que partilha com os amigos. “Não há drama”, grita a geração do poder. Pois não. Nem futuro."

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

um dia

vou dar jantares em casa sem ter de por debaixo da cama ou do sofá os meus livros, textos, agendas e computador nos dois minutos antes de os convidados chegarem.

Isto de a casa de jantar ser o escritório pode ser muito estafante!

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

as dores de amor

são aquelas que magoam mais que as outras. As que nos tiram a fome, e o sono, e a força e a vontade. São aquelas que achamos que nunca vão passar. Que nos fazem pensar que não podíamos ter batido mais fundo e que dali não há regresso possível.
Mas as dores de amor também são aquelas que passam sem percebermos como ou porquê. E, na maior parte das vezes, quando não as contrariamos nem lhes pomos em cima "pomadas" que não curam mas disfarcam.
As dores de amor conseguem, ainda, fazer-se esquecer com facilidade. Rapidamente nos prontificamos a amar de novo, a sentir de novo, a enlouquecer de novo e no lugar da dor não se encontra nada, nenhum vestígio, que nos faça pensar duas vezes.
Ainda bem.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

que consiga sempre

manter os pés no chão, não entrar em fantasias e ver sempre o que é melhor para mim.

Neste início profissional acima de tudo.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

vou continuar a dizer

Ao longo de todo o meu curso (e perante muitos comentários pouco agradáveis acerca da escolha de curso que fiz - principalmente quando a minha média me dava uma infinidade de opções) sempre fui dizendo e defendendo com muita convicção que, mesmo nos tempos mais difíceis, quem é realmente bom, quem se destaca, quem dá o que tem e o que não tem, quem veste a camisola com o maior dos orgulhos, quem não se contenta com a metade nem admite não dar tudo por tudo, arranjará sempre trabalho.
E, nos meses que se revelaram muito longos de Setembro e Novembro (em Outubro fui passear!) vi seriamente a minha vida a andar para trás e a pensar que tinha de engolir todas essas minhas teorias. Tenho-me em boa conta, a nível profissional, sei que sou esforçada, persistente, lutadora, cumpridora, etc e de repente percebia que as pessoas não estavam a dar trabalho. Não que não quisessem, mas não podiam.
No entanto, alguma coisa me fazia continuar a acreditar e a pensar que ninguém, com dois dedos de testa, poderia desperdicar talentos e bons investimentos e que, quando se quer muito, lá se dá o jeito.
E ainda bem que acreditei e é com muita alegria que confirmo a minha teoria. Os inquietos, os lutadores, os que correm sempre para ganhar, encontram lugares à sua espera e pessoas que não ousam não os aproveitar.
Com muito orgulho começo amanhã a trabalhar naquela que considero a clínica de desenvolvimento infantil com mais prestigio em Portugal, o CADIn. Tanto orgulho que há momentos do dia que não caibo em mim de contente e, ao mesmo tempo, de incredulidade.

Sim, tenho consciência da efemeridade das coisas. Não, não me acho a última coca-cola do deserto e sei que há malta que vem atrás, mais novo, com mais ideias, com mais dinheiro e contactos para as concretizar, com mais tempo livre, sem marido ou afazeres domésticos, sem vida social e viciado em trabalho. Mas também sei o meu valor, também sei a forma perfeitamente harmoniosa que encontrei de equilibrar todas as vertentes da minha vida, sei o meu amor que tenho à Psicologia e ao desenvolvimento das crianças, em particular.
Seja hoje no CADIn ou amanhã a pensar no que será da minha vida (e com a ideia, falsa, de que todas as portas se fecham) só me quero lembrar sempre disto: que o mundo é dos trabalhadores, dos esforçados, dos arrojados, dos atrevidos, dos inquietos e assim tudo (ou quase) se consegue.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

arrrhg

4 horas passadas. Num campo ainda faltam tirar 111 caracteres e no outro 23.
Estou, oficialmente, a desesperar.

oh caraças

estou a preencher online o projecto de estágio e ultrapasso o limite de caracteres em todos os campos.
Vou mandar uma coisa com dez vezes menos qualidade do que sou capaz que eu cá não sou de escrever por tópicos!

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

bolas

acabou de ser remarcada para as 09.45... podia ter dormido mais 20min e fazer as 6h dormidas.

09:00

Reunião via Skype. A última demorou 3h30m, vamos ver o que esta tem para dar.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

tão perto

e houve alturas em que achei que nunca ia trabalhar oficialmente.

Ainda assim, tanta coisinha para aprender aquela Ordem dos Psicólogos.

Hoje fiz rir o senhor das finanças quando respondi à pergunta da estimativa de rendimentos para o próximo ano que não seriam mais de 2000eur. Ai, e só eu sei como seria bom se arrecadasse isso tudo.

Um pé de cada vez e lá diz o Grande, o caminho faz-se caminhando.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Cantam os Anjos lá no Céu

Finalmente a Ordem aprovou o meu processo e sou oficialmente Psicóloga Estagiária, com direito a número de cédula profissional.O local de estágio também já assinou o protocolo de colaboração.

Já não falta tudo, mas ainda há outro tanto pela frente. Bora lá!

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Querido rabo,

desculpa o que te fiz hoje quando decidi ir a uma aula de Bum Bum Brazil.

No verão vais perceber.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Querido Marido,

se no Natal se pedem as coisas a um suposto velhinho de barbas, no Ano Novo não vejo por que não pedir coisas a um jovem jeitoso como tu.
Já que andas tão triste com a falta de actualização deste blogue, cá fica algo dedicado a ti.
No fundo é só uma dica. Aliás, duas. Bem aqui pertinho, ao lado mesmo. É que a lista dos sítios que já visitei é extensa, tenho de admitir, mas está ainda longe de ser o Mundo inteiro. Que tal esfregares as mãos, olhares o mapa (e verás que há sítios aqui tão perto que ainda me escapam) e irmos dar o ar da nossa graça??
A segunda dica vem um bocadinho mais abaixo. A lista dos sonhos, pois tá claro. Convenhamos que não sou nada esquisita e ali há para todos os gostos e bolsos. Por que não apostares em deixar a verde mais um ou dois? - é que nem precisamos de sair de Lisboa...

Pronto, é tão fácil deixar-me feliz!
Grande beijinho