quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Mário Quintana

Tão bom viver dia a dia...
A vida assim, jamais cansa...

Viver tão só de momentos
Como estas nuvens no céu...

E só ganhar, toda a vida,
Inexperiência... esperança...

E a rosa louca dos ventos
Presa à copa do chapéu.

Nunca dês um nome a um rio:
Sempre é outro rio a passar.

Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!

E sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas,
Atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas...

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Onde há crise há esperança

"O problema não é se dói ou se não dói, é como é que vivo a dor, com que sentido, com que integração, com que compreensão dos outros, avaliando em que medida é que essa dor me ajuda a crescer e a humanizar-me."

really?

Nas estatísticas deste blogue, na secção que me diz as palavras mais pesquisadas no google que acabam a vir dar aqui, está lá bem escrito que 5 pessoas vieram cá parar porque pesquisaram a seguinte frase:

"banho turco rapaz massagem nua tocou"

What?

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

no outro dia,


estive em Viseu uma hora, para a Missa, e fiquei cheia de vontade de lá voltar e conhecer melhor.
Tinha um ar tão giro...


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Tomei uma decisão difícil

Vou oferecer a mim própria a espectacular coisa de..... ter fim-de-semana!
Sim, mesmo fim-de-semana. Sem horas para acordar, com aquela coisa do "hummm, deixa lá ver o que tinha para fazer agora, hummmm, pois vou ver o que está a dar na televisão.... humm, alguém ligou? Não? Então vejo mais um bocadinho de televisão".

É isto mesmo. Descansar, recuperar o meu estado débil de saúde. Preciso de visitar os meus pais e tenho uma festa de 1 ano no Domingo. Fora isso a nada mais estou moralmente obrigada.

Há tanto tempo que não sei o que é acordar sem despertador ou não ligar o computador para ver emails...
E se, por um mero acaso, acabar aqui sentada a adiantar coisas, não é por obrigação nem me vou sentir cansada. Vou fazê-lo só no caso de não estar a dar nada interessante e não tiver nada para fazer. Que eu cá não sou de papar porcarias na televisão só porque sim e ao menos adianto serviço!

Vamos lá ver como corre, vou estranhar!

com isto

do meu homem não ter trabalhado na terça-feira fiquei toda baralhada dos dias e esta semana, embora eu tenha trabalhado todos os dias, parece-me minúscula. Mas não é, e o meu corpo confirma.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

e agora

metemo-nos na organização da Peregrinação, o que até Maio acaba com as únicas horas livres do meu dia que eram das 21h às 00.00h, que isto de se organizar uma peregrinação a Fátima para cerca de 450 pessoas em dois meses não é pêra doce.

Acreditando que temos sempre mais para dar, que podemos sempre acrescentar e com esta vontade sempre presente de querer proporcionar aos outros fortes encontros com Deus.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

mais um dia,

mais uma hipótese, mais de mim, mais chá e bolachas de água e sal, mais olheiras, mais esforço, mais gratificação, mais vida, mais crescimento.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

bem mascarada

de doente.
Incluiu vómitos e tudo.
Mesmo assim por aqui não se parou de trabalhar e nestes dias não houve tolerância de nenhuma espécie.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

APTCC

Cá vou eu... vamos lá ver no que isto dá!

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

andar

sempre em frente. nunca parar. talvez abrandar de vez em quando, porque permite dar melhor cada passo. mas nunca parar. pensar. não pensar sempre o mesmo nem da mesma forma. sair da zona de conforto, ficar incomodada com os próprios pensamentos. e receosa. ousar. ousar dizer esses pensamentos em voz alta, quem sabe um dia até dizê-los a alguém. não há limite para o que podemos fazer quando arriscamos, saímos da caixa e rasgamos as arestas do quadrado a que, maior parte do tempo, estamos confinados.

Apetece-me não trabalhar hoje, não planear mil workshops e animar bonequinhos. Hoje apetecia-me arrancar com não sei quantos projectos que trago em mim. Escrever na folha branca os que ainda não escrevi e dar um empurrão aqueles que estão ali, na pasta que diz "projectos" dentro da pasta "trabalho" do meu desktop.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Diz o Gameiro

Na parada do amor existe uma necessidade de agradar, diminuem-se as diferenças e as possíveis divergências. Porém na vida a dois, no quotidiano, este princípio é difícil de conservar.
O casal perante as diferenças, e convencido de que estas podem ser um sinal perigoso para desentendimentos, procura no silêncio um escudo de protecção contra eventuais conflitos. O silêncio dá-lhes a vã ilusão do acordo entre ambos.
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O conselho mais sábio que a minha sogra me deu antes de casar foi o de nunca adormecermos zangados. Certo é que ainda só passou um ano e meio mas Deus lá sabe o quão útil já foi ter ouvido aquelas palavras. Nesta tourada a dois, sentar, ouvir, não deixar de dizer é, quanto a mim, regra de ouro.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

15 Fevereiro

"Aí vais tu, montas no tempo alado, que te leva, sobre a orla da vida que não tocas. Cobres-te com o ouro que colhes nas tuas viagens e sonhas que o brilho é o sol que aquece a tua noite escura e fria. Mas sabes-te iludido, um menino assustado e só, que canta para si canções de embalar. E então correr, corres, para que o tempo veloz te suspenda na superfície da vida que tanto desejas e temes."

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Valentine

Meu amor, sabes como não ligo nada a estas datas que alguém decidiu impor.
Assim, aproveito e desejo-te já, desde hoje até 2067, FELIZ DIA DOS NAMORADOS.

Olha que bem que ficaremos:

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

eu fui/sou

aquele género de pessoa e de amiga que nunca deu muito espaço para o lamento de relações falhadas.
Mil vezes um namoro que acaba do que qualquer coisa, que nem pode ter nome, entre duas pessoas que se arrasta sem que a totalidade dos dois seres esteja investida.
Porque sou uma pessoa de fé e porque acredito que há mesmo um caminho de felicidade para cada um, o passo seguinte era partir em busca daquilo que nos está reservado.
E só parar quando se encontra.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

6 anos e 2 meses de namoro

e continuo a adorar celebrar todos os dias 10. Acho que isto nos reinventa, nos desafia, nos aproxima.
Apaixonar-me outra vez, todos os meses. Porque casar não é perder o namorado, é passar a tê-lo ali, mais perto.


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

das conquistas

o pior das relações é a incerteza. Das relações e não só. Sei lá, de tudo na vida. Ou bem que se anda ou que não se anda. Não se saber é terrível. Ou bem que se tem trabalho ou não se tem, ficar na expectativa é agonizante. Saber que aqueles que amamos estão bem é reconfortante, saber que estão mal dói, mas não saber deles pode ser um desespero... e muitos outros exemplos poderia soltar aqui.
E agora, para que isto não fique com um tom muito dramático, explico por que raio me lembrei disto: é que finalmente estou perfeitamente em paz com a relação com este blogue. Ou conjunto de textos. Ou delírios.
Ninguém que tem um blogue pode dizer que não gostava de vir a ter o destaque que tem uma Pipoca Mais Doce, uma Polo Norte ou uma Cocó na Fralda. É mentira. Todos gostaríamos de ter tanta audiência, saber que contamos com umas boas centenas (milhares?) de visitas por dia, que há quem esteja realmente interessados no que dizemos.
Provavelmente quando criamos o nosso blogue fazemo-lo inspirados por esses exemplos e piamente convictos de que também conseguimos esse estrelato.
Mas depois a realidade apodera-se e verificamos que não temos assim tanto para dizer. Pior, vemos que até poderíamos ter coisas para dizer mas que se encaixam em duas categorias: ou não interessam a mais ninguém que a nós próprios ou ultrapassam em larga escala o grau de auto-revelação que queremos atingir.
Não quero que todos saibam de tudo, não quero sequer passar a imagem de que a minha vida é mais interessante ou perfeita do que realmente é, não quero utilizar o blogue para carpir mágoas atrás de mágoas e passar a ser a alma sofrida da blogosfera.
A serenidade foi atingida ao assumir que quero utilizar o blogue para aquilo que o utilizo agora. "Falar"quando não há ninguém à minha volta para ouvir. Quando passo horas infinitas ao computador, antes a estudar e agora a montar formações, palestras, workshops, e sinto necessidade de comentar o que quer que seja e mandar um pequeno desabafo.
E pronto, sem pretensões de que isto um dia seja publicado, sem a sensação de que poderei vir a ser julgada e, muitas vezes até um pouco envergonhada com tanta - que afinal é tão pouca - exposição. Sim, porque fico muito atrapalhada sempre que descubro que alguém que conheco perde tempo a ler estas coisas.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

fico de boca aberta

com a forma inconsciente como muitos pais perpetuam as dificuldades dos seus filhos e, tantas e tantas vezes, contribuem para as acentuar.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

das aprendizagens

Houve um post que pode ter sido mal interpretado um dia destes, lá atrás. Em que dizia que podia ter ganho 4000 e tal euros numa semana se ganhasse 100 eur à hora.
Não era objectivo gabar umas míseras 8 horas de trabalho por dia porque isso até é bem menos do que estava habituada (devo lembrar que 14/15h era a minha média de horas de estudo/estágio/tese por dia?) e muito menos era objectivo dizer que merecia esse dinheiro todo por hora de trabalho.
Na minha cabeça o raciocínio continuava "Se ganhasse 50eur/hora, teria feito 2000 e tal, se ganhasse 25eur/h teria ganho 1000 e tal, se ganhasse 12,5eur/h seriam 500, se ganhasse 6eur/h seriam 250..."
Como não ganho nada, não recebi nada!
A vantagem de se trabalhar, em contexto profissional sem receber nada é que aprendemos a buscar gratificações de outras maneiras. Nos sorrisos, nos elogios, nas conquistas, no aumento do volume de trabalho. Aprendemos, quando a situação não se arrasta por tempo infinito que nos leve à frustração, a dar sempre mais e mais como forma de provar o nosso valor e que possamos, um dia, fazer a diferença na equipa em que nos inserimos.
Espero vir a conseguir porque o esforço, esse pelo menos, é presença constante no dia-a-dia.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

esta história dos maridos

pode ser um bocadinho como a história das Mães. Todos achamos que a nossa é a melhor do mundo, mesmo sabendo que o vizinho do lado está convicto que a dele é que é.
E se com as Mães a coisa até pode ser mais ou menos irracional e totalmente tomados de sentimentos pirosos e sensação de gratidão pelo seu contributo à nossa existência, com os Maridos é bom que achemos mesmo isto porque afinal de contas, salvo raras excepções, fomos nós que escolhemos.
Com o dia-a-dia a facilidade de encontrar as coisas perfeitas do melhor do mundo vai-se desvanecendo. É natural.
O que precisamos é de não nos esquecermos que ele é, de facto, o melhor do mundo e fazermos este jogo de detectives em busca constante de tudo o que o possa provar.
E adoro isso. Este exercício de olhar às pequenas coisas, à loiça tirada da máquina sem eu perceber, ao sumo de abacaxi com hortelã no frigorífico à hora do pequeno-almoço, ao meu pijama em cima do aquecedor quando volto de lavar os dentes.
Às vezes digo alto, mesmo sabendo que não é verdade, que ele não tem defeitos nenhuns. E isso ajuda, e aperta os abraços.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

frio do caneco

Nunca, nunca, nunca gostei do Inverno.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

já agora

Parabéns ao meu Paizinho. 52 anos desde que nasceu e 26 desde que ficou noivo!

Ponto de situação a meio da tarde

Sábado. Os dois a pé desde as 09.30.
Ele sai para ir ajudar o primo a mudar de casa.
Eu faço a cama, arrumo a cozinha. Arrumo a sala. Arrumo o estendal todo do meu trabalho da semana para fingir que ainda temos mesa de jantar. Recolho a roupa, ponho mais a lavar.
Sento-me um bocadinho a ver Grey´s Anatomy que gravei ontem.
Estoira o quadro da luz. Botão para cima, botão para baixo. Nada. Não posso lavar roupa, não posso aspirar, não posso tomar banho, não posso ligar o aquecedor e estou a congelar. E o congelador a derreter.
Ligo-lhe. Ele vem. Percebe que houve curto circuito na cozinha. "Mexeste na Bimby?'" " Não" "Mexeste, sim" "Arrumei-a, só". Pois, mas não secou. Fez curto circuito. Já está. Já agora, pede ele, podiamos mudar o microondas de sitio. Dá lá um jeitinho. Volta a sair montado na sua carrinha.
Limpo, mudo o microondas. Tento acabar o episódio. Não dá. Estamos sem televisão. Espero meia hora enquanto arrumo o quarto. Nada.
Ligo para a MEO. 1h15min ao telefone. Ficou resolvido. No meio aqueci a sopa, assei umas castanhas e foi isso que almocei, sentada no chão em frente à box, enquanto ligava e desligava cabos.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

ainda me lembro...

... do dia em que, junto à lareira, informei os meus pais que ia sair do curso de Biologia na Faculdade de Ciências. Não sabia para onde ia, mas que ali não continuava.
Seguiu-se a informação de que nas duas semanas seguintes estaria por aldeias de Portugal a fazer Missão. A dar comida à boca nos lares, a ajudar nos ATL´s, a falar em aulas de formação cívica e a bater porta-a-porta para fazer companhia aos esquecidos das suas vilas.
Na cara dos meus pais estava a ausência de expressão. A filha dos 18´s, 19´s e 20´s que sempre quis ser Bióloga, que agora punha tudo para trás das costas e partia sem rumo.

Ainda me lembro de, num dia dessas duas semanas, a Srª Isabel, internada num centro de saúde, ter feito xixi pelas pernas abaixo enquanto insistia em comer M&M´s convencida de que eram comprimidos. Foi esse, esse momento exacto em que lhe trocava a fralda que eu decidi que ia para Psicologia. Que não bastava mudar as fraldas, que tinha de saber o que se passava na sua cabeça. Como se passava.

Cheguei a casa e dei a notícia. Desde então encontrei o meu lugar.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

às vezes

queria falar mais do meu trabalho mas, depois, sinto que exponho algo que na verdade não é meu. São vidas. Vidas de outros. Vidas que não se sentem iguais às outras. Vidas sofridas, com lutas que não sentem força para vencer.
Gosto dos dias que são enormes. Tão grandes que parecem dois. Em que estudo, aprofundo, vejo, aprendo, oiço, bebo. Bebo sofregamente a experiência daqueles que estão à minha volta, que levam muitos mais anos disto e que tocam essas vidas muito melhor do que provavelmente um dia eu vou conseguir.
Ontem, alguém que admiro e respeito muito, já com bons anos de vida e outros tantos livros publicados, disse acreditar que o futuro está no ensino e intervenção online, no chegar às pessoas da forma como hoje é mais fácil chegar. E sinto-me bem, reconfortada, por sentir que é aí, nesse futuro, que eu ando a investir os meus dias.

Não fosse esta porcaria deste corpo que parece que anda avariado, com análises a chegar cada vez pior, a fazer acentuar o cansaço e dar-me sono muito cedo, e tudo estaria perfeito.
Tratar de mim primeiro devia ser prioridade. Mas quero acreditar que posso tomar conta dos outros e ir tratando de mim. Tudo ao mesmo tempo.