quinta-feira, 29 de abril de 2010

luto

acabei de perder todas as fotografias que tinha no computador.

Sim, isso pega-se

Perguntou o adolescente em terapia se achava que era possível que, por os pais serem tão infelizes e viverem uma vida tão descabidamente infeliz, se também ele poderia acabar assim.

Sim, claro que sim. É bem possível. A infelicidade pega-se. Mas também tem a vantagem de ser uma daquelas doenças para os quais somos possuidores preciosos da cura. Está em nós a decisão de apanharmos a doença da infelicidade ou, pelo contrário, nos colarmos bem coladinhos aos ditos felizes. Porque a felicidade também se pega.

Por isso, sim. Corres o risco de ser infeliz como os teus pais. Mas só se achares que está certo repetir as coisas que eles fizeram, se deixares de fazer o que eles deixaram de fazer e por fazer, se te acomodares como eles, se perderes tempo com as coisas que não são importantes, se criticares mais do que elogias, se gritares mais do que cantas. Se olhares menos para os olhos das pessoas com quem falas. Se deixares de dizer bom dia às pessoas. Se acreditares que o valor das pessoas se mede por outras coisas sem ser pelo que elas são capazes de dar de si, se olhares a outro saldo sem ser o do amor que cada um tem para dar.
Por isso, olha, sabes que mais? Tu não serás infeliz como os teus pais. Porque tens em ti a capacidade de aprender e já viste que viver desligado não te serve.

E fiquei eu a perguntar-me como é que pessoas adultas, inteligentes, cultas e com histórias de vida minimamente equilibradas se transformam em seres incapazes de amar?

e só paguei 6,90

Ora pois muito bem. Chumbado que foi da última vez, levei-o para casa, ralhei-lhe muito, mandei-o dormir fora durante uns dias e ainda por cima rodeado de homens brutos que, sem dó nem piedade, lhe ajeitaram as ossadas.

Voltei hoje à inspecção. Comecei por sair do carro mais depressa do que o senhor que tinha chegado antes de mim. Foi logo ali um Ai Jesus. "Menina, eu cheguei primeiro". Oh meu senhor acalme-se lá que, olhe, se formos a ver, eu até sou do mês passado. Tou a pé desde as sete da manhã e já passei por uma hora dolorosa de fisioterapia para tirar os meus tendões das costelas, onde se foram enfiar)...

Voltei a ser atendida pelo Alexandre que ficou muito contente por me ver e se lembrava de tudo, tudinho. Até do meu tom de pele porque disse logo "Pelo seu bronzi (ele é brasileiro) vejo que tem andado sem capota"... ahah por acaso não tenho, é que ainda não rapei o cabelo e por isso não me posso despentear em dias de serviço! Lembrava-se que vamos casar e que a partir de Setembro não preciso de carro (esta foi a minha tentativa inútil dele me passar da outra vez)...

Enfim, vim muito contente por ter passado uma hora do meu dia rodeada de homens muito másculos, ter o meu carrinho nos conformes e ter sido atendida antes do senhor mal-dispostinho.

Ps- alguém que chumba na inspecção mete no vidro o selo vermelho?? É que eu não pus...era reles.

MAN, TRANSFORMOU-SE NO GHOSTMAN??

Sentimos a sua falta por aqui

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Para todos (menos as criancinhas)

Agora que vou casar não há um dia que passe sem ouvir coisas como "Mas a menina é tão novinha" "Casar para quê?" "É só um papel" "Devia aproveitar a vida"...

Não sei se é porque a maioria das pessoas se passeia descontente com a sua vida. Vida que escolheu mas acredita que não, que não faz nada para mudar mas espera que um milagre aconteça. Por que razão lhes é tão difícil sorrir e ficar feliz por haver casais novos, dois a dois que ainda acreditam no amor, que cheios de força estão dispostos a lançar-se na luta de construir e fazer viver uma família?
Por que é que a maioria dessas pessoas, que tão gentilmente me avisam para depois não poderem dizer que não avisaram, a maioria tem a sua aliança no dedo? Então mas se está tão infeliz por que casou? Por que se mantém casada? Por que é que não dá um rumo e não se levanta com a preciosa ajuda da lembrança do que a fez casar, do amor que fervia? Por que é que não procura a sua felicidade com toda a certeza de que a merece?
Eu sei porquê. Porque a maioria das pessoas deixou-se embrulhar por um orgulho assustadoramente inútil e destruidor. Porque não é capaz de amolecer o coração e ver no gesto sincero do marido ou da mulher um esforço de dizer por actos, porque as palavras já cansam, um amo-te que vem do fundo do coração. Porque é fácil dizer que há roupa para lavar e passar, jantar para fazer e pó para limpar. Mas não conseguem perceber que seriam muito mais felizes se repetissem a mesma camisa no dia seguinte e comecem restos ao jantar para que pudessem, num esforço de voltar a ser criança no coração, deitar-se e barriga para cima a rir e a relembrar os tempos em que competiam para ver quem conquistava mais.
Porque é cansativo o exercício de voltar a descobir o outro, de nos apaixonarmos pela pessoa diferente que ele vai ser todos os dias. Mas depois exigimos que ele se apaixone por essa pessoa diferente que nós somos todos os dias. Sempre com opiniões diferentes, gostos diferentes, caprixos e exigências diferentes. "Porque isso era antes. Ontem. Hoje já não é assim.". E nós não gostamos de nos cansar. Estamos muito mal habituados e não mudamos. Nem que isso nos custe a felicidade.

Pois bem, eu vou casar sim. E aproveitar a vida. Os dois ao mesmo tempo e, por isso, com o dobro da intensidade. Porque uma coisa não invalida a outra. Porque se não planeava acabar o meu namoro de quase 5 anos e já não me faz sentido que ele me deixe à porta de casa e até amanhã, então por que é que não hei-de casar? Por causa do papel? Assusta-vos o nome que se dá à coisa? Se eu só me juntasse o compromisso era menos??? Então mas quem disse que tenho medo de compromissos?? Não tenho. Estou entregue há muito tempo e assim quero continuar. Viverei a vida com a mesma intensidade que o faria se fosse solteira. Porque viver a vida significa sair, jantar fora, dançar, viajar, ir ao cinema, ler, correr, fazer directas.... nada disso fica impedido. Se por viver a vida queriam dizer "conhecer mais rapazes, enganá-lo, traí-lo, ou acabar com ele para poder andar livre a dar beijinhos a cada giraço que se cruzar no meu caminho" pois então não vivo a vida há muito tempo. Nem solteira.

Assim, serei a mulher do meu marido, consciente do desafio que é crescer com alguém e aprender a ser livre na dependência, precisar dele para viver de uma maneira livre que me realiza e faz feliz.


terça-feira, 27 de abril de 2010

Hoje estou chateada

e tu fazes-me falta

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Este foi um bom fim-de-semana.

Não estive tão isolada como queria para me poder concentrar, mas ainda assim deu para tudo. Pôr trabalhos em dia, conversar muito com os meus primos, tia e avô, aproveitar a pequena Carolina, de três meses, comer e dormir bem. E respirar o ar puro do campo.

Acordar e ter esta vista da minha cama:


Visitei cada um dos animais para ver se estava tudo bem, vi os patos e os gansos, os javalis, encontrei o senhor António a apanhar poejos para levar à prima,




nasceu um pónei, há mais uns quantos veados que se deixaram fotografar, as cabras triplicaram e os bodes andavam loucos...






enfim, ainda fui ao castelo com tempo para pensar como é que há tanta coisa tão bonita aqui por Portugal e tão desaproveitada.

Mas o melhor de tudo ...

... foi receber no telemóvel uma mensagem de imagem com a fotografia de um bilhete de autocarro...
Daqui a uma hora tens de me ir buscar!
E fui, e foi tão bom, passearmos na quinta, namorar, jantar juntos e voltar acompanha para Lisboa. Com ele.

sábado, 24 de abril de 2010

MEMÓRIAS DE UM "PORTUGAL" QUE ERA RESPEITADO

Corria o ano da graça de 1962. A Embaixada de Portugal em Washington recebe pela mala diplomática um cheque de 3 milhões de dólares (em termos actuais algo parecido com € 50 milhões) com instruções para o encaminhar ao State Department para pagamento da primeira tranche do empréstimo feito pelos EUA a Portugal, ao abrigo do Plano Marshall.
O embaixador incumbiu-me – ao tempo era eu primeiro secretário da Embaixada – dessa missão.
Aberto o expediente, estabeleci contacto telefónico com a desk portuguesa, pedi para ser recebido e, solicitado, disse ao que ia. O colega americano ficou algo perturbado e, contra o costume, pediu tempo para responder. Recebeu-me nessa tarde, no final do expediente. Disse-me que certamente havia um mal entendido da parte do governo português. Nada havia ficado estabelecido quanto ao pagamento do empréstimo e não seria aquele o momento adequado para criar precedentes ou estabelecer doutrina na matéria. Aconselhou a devolver o cheque a Lisboa, sugerindo que o mesmo fosse depositado numa conta a abrir para o efeito num Banco português, até que algo fosse decidido sobre o destino a dar a tal dinheiro. De qualquer maneira, o dinheiro ficaria em Portugal. Não estava previsto o seu regresso aos EUA.
Transmiti imediatamente esta posição a Lisboa, pensando que a notícia seria bem recebida, sobretudo numa altura em que o Tesouro Português estava a braços com os custos da guerra em África. Pensei mal. A resposta veio imediata e chispava lume. Não posso garantir, a esta distância, a exactidão dos termos mas era algo do tipo: "Pague já e exija recibo". Voltei à desk e comuniquei a posição de Lisboa.
Lançada estava a confusão no Foggy Bottom: - Não havia precedentes, nunca ninguém tinha pago empréstimos do Plano Marshall; muitos consideravam que empréstimo, no caso, era mera descrição; nem o State Department, nem qualquer outro órgão federal, estava autorizado a receber verbas provenientes de amortizações deste tipo. O colega americano ainda balbuciou uma sugestão de alteração da posição de Lisboa mas fiz-lhe ver que não era alternativa a considerar. A decisão do governo português era irrevogável.
Reuniram-se então os cérebros da task force que estabelecia as práticas a seguir em casos sem precedentes e concluíram que o Secretário de Estado - ao tempo Dean Rusk - teria que pedir autorização ao Congresso para receber o pagamento português. E assim foi feito. Quando o pedido chegou ao Congresso atingiu implicitamente as mesas dos correspondentes dos meios de comunicação e fez manchete nos principais jornais. "Portugal, o país mais pequeno da Europa, faz questão de pagar o empréstimo do Plano Marshall"; "Salazar não quer ficar a dever ao tio Sam" e outros títulos do mesmo teor anunciavam aos leitores americanos que na Europa havia um país – Portugal – que respeitava os seus compromissos.

Anos mais tarde conheci o Dr. Aureliano Felismino, Director-Geral "perpétuo" da Contabilidade Pública durante o salazarismo (e autor de umas famosas circulares conhecidas, ao tempo, por "Ordenações Felismínicas" as quais produziam mais efeito do que os decretos do governo). Aproveitei para lhe perguntar por que razão fizemos tanta questão de pagar o empréstimo que mais ninguém pagou. Respondeu-me empertigado: - "Um país pequeno só tem uma maneira de se fazer respeitar – é nada dever a quem quer que seja".
Lembrei-me desta gente e destas máximas quando, há dias, vi na televisão o nosso Presidente da República a ser enxovalhado, pública e grosseiramente, pelo seu congénere checo a propósito de dívidas acumuladas.
Eu ainda me lembro de tais coisas, mas a grande maioria dos Portugueses, de hoje, nem esse consolo tem.

Estoril, 18 de Abril de 2010
Luís Soares de Oliveira
Pois bem, cá estou eu no meio da natureza.
Há muito tempo que não vinha à quinta, visitar o meu avô. Já me esquecia de como isto é tão perto de Lisboa, já me esquecia de como é bom tomar o pequeno-almoço com vista para o castelo, já me esquecia de como é bom poder estudar com vista para o lago e apanhar sustos quando as cabras e as ovelhas me aparecem na minha varanda.

Irritante ter deixado o cabo da máquina em Lisboa mas depois actualizo.
Entretanto, o que há a relatar é que ontem acordei cedo, tomei o meu pequeno-almoço muito sossegadinha com a vista que depois mostro, e decidi ir dar uma volta pela quinta (e ver dos veados)... Só consegui chegar aos cavalos, vem de lá aquela paravalhona da cadela que é má todos os dias, põe-se a rosnar e a ladrar e não me pude mexer senão era devorada. As duas S.Bernardo vieram a correr para ao pé de mim mas nem isso me safou. Fiquei ali parada, mais de meia hora até que apareceu a Martinha, a caseira, que me salvou. Se tivesse sido mais madrugadoura teriam sido umas belas horas que passaria ali especada.... deve ter sido a meia hora mais inútil desta estadia.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Da cidade vou fugir vou pro campo, vou curtir!

Acham que sou péssima autora de blog se passar mais um fim-de-semana fora??
É que apetece-me tanto ir praqui que já lá tou com um pezinho. Prometo compensar como da outra vez, boa? E comer uns crepezinhos na varanda com vista para o castelo em honra da blogosfera!
E se lá andasse a feira do chocolate, vingava a minha abstinência mas não estamos com sorte!
Terei internet e, de lá, contarei a minha vida de campo atarefada.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Sobre publicidade e outros

Como já é esperado de uns, cá vai a celebração O ROL VOLTOU!! Não cabe em mim tanta felicidade!
Oh meu Deus, para onde caminha o meu esforço de ser uma noiva elegante, sem pingo de gordura extra?? Já começo a imaginar os meus 48kg a ficar lá longe... É que o pior é aquele bocadinho que diz "Edição Limitada", a pessoa fica mesmo naquela de se alambazar com todos os que conseguir porque amanhã nunca se sabe!



E agora, agora o meu D. vai-me matar (é que vai mesmo, ninguém imagina a traição que estou prestes a cometer), mas eu tenho de dizer que esta campanha está brutal. É mesmo isto tudo aquilo que eu não quero ser. Para que a facada nas costas não seja tão profunda não vou pronunciar o nome da bebida. Todos já devem saber:

"Um dia, o mais provável é tornares-te num chato, deixares de sair à noite e começares a levar-te demasiado a sério. Nesse dia, vais começar a vestir cinzento e beje, pedir para baixar o volume da música e deixar a tua guitarra a apanhar pó. Vais tornar-te politicamente correcto, socialmente evoluído, economicamente consciente.

Vais achar que tens de ir para onde toda a gente vai e assumir que tens de usar fato e gravata todos os dias. Nesse dia, vais deixar de beijar em público, as tuas viagens serão mais vezes no sofá e dormirás menos ao relento. É oficial. Vais entrar na idade do chinelo e deixar de ser quem foste até então. Vais deixar de te sentar ao colo dos amigos, e vais esquecer-te de como de faz um quantos-queres ou um barco de papel. Vais ficar nervosinho se não trocares de carro de quatro em quatro anos e desatinar se o hotel onde estiveres não te der toalhas para o teu macio e hidratado rosto.

Vais tornar-te muito crescido e começar a preocupar-te com tudo e com nada e a não fazer nada porque "vai-se andando" e a vida é mesmo assim. Vais dizer não mais vezes, vais ter mais medo, vais achar que não podes, que não deves, que tens vergonha. Vais ser mais triste.
Nesse dia, o mais provável é que também deixes de beber refrigerantes.

Aqui fica uma ideia: quando esse dia chegar, não lhe fales."

terça-feira, 20 de abril de 2010

Negociações (?)

(Conversa entre as minhas primas, que vivem juntas sozinhas)

1- "Eu queria imenso ter um cão mas ela não quer, já disse que não me ajudava."
2- "Eu já disse que ela pode ter o cão que quiser mas é dela e ela é que tem de o tratar. Porque não é só ter. Ele precisa de passear, ser tratado e eu já tou bem a ver como é que vai ser."
1- "Oh, não percebes que eu não posso ter um filho sem um pai que me ajude. E tu eras o pai!"
2- "Pois claro. É que ainda por cima tu és louca, eu sei lá o que é que te passa pela cabeça daqui a uma semana e fico eu agarrada com o cão."
1- "Então e se eu sempre for três meses para Inglaterra não me tomas conta dele?"
2- "Vês, já tás com ideias de sair de cá, como é que podes ter um cão. É que tens de te lembrar que é como ter um filho. Não é assim, agora queres ir embora e vais. E fazias o quê ao filho?"
1- "Deixava com o pai dele! Percebes por que é que eu preciso de ti?!!"

segunda-feira, 19 de abril de 2010

de XXL para XXXL

4- A Joana deu sinal de si e obrigou-me a escrever aqui no blog que é um óptima amiga porque responde dentro do prazo aceitável que é o de 24horas. Pois, tá certo. E respondeu. Obrigada Joana!

5- O meu carro chumbou na inspecção. Não vou dizer mais nada acerca disto. Estou de luto. Foi hoje para a oficina.

6- Estava a ficar com umas coisas estranhas na pele. Aqui ao pé da dobra dos cotovelos comecei a ter uma espécie de escamas e, havia dias, até parecia carne viva. Fui ao dermatologista na sexta e o que me disse foi "Isso é doença de civilização. Faça o favor de tomar menos banho." Ora eu só tomo uma vez por dia, que acho o mínimo indispensável, e agora deparo-me com um dilema tramado.

7- E porque aposto que já têm saudades de aprender qualquer coisinha mesmo mesmo interessante, cá vai disto:


Tamanho XXL para compensar ausências

Mil perdões por toda esta ausência. Já levei com algumas boquinhas de mau gosto e tudo...mas quanto a isso sou a informar que ainda não me pagam para ser bloguista e, por isso, há que fazer pela vida não é mesmo?

Ora então duas ou três coisinhas a registar:

1- Passei o fim-de-semana a caminho de Fátima. A pé, diga-se. Todos os meus músculos estão a dar sinal de si, afinal tanto kilometro transforma-se no triplo do esforço para quem, como eu, consegue apenas a meia hora por dia a mexer-se e Deus lá saberá o quanto isso me sai do pêlo. Ora bem, para além disso eram os 50 anos do Movimento a que pertenço. Coisa bonita. Tão poucos os que começaram e o trouxeram para Portugal e, de repente, quase 2 mil pessoas ali presentes. A alegria que é ver a vida que se gera à volta de coisas tão boas e, de tão grandes, nos engrandecem também.

(Querida Margarida, roubei-te esta sem dó nem piedade. Nem autorização.)


2- Consegui convencer a minha Mãezinha a ir para a fila da Fnac as 10 da manhã em ponto para comprar os bilhetes para o Michael Bublé (Mas ó mãe tem de ser mesmo às dez que os bilhetes vão voar! E voaram, 20 minutos depois da bilheteira abrir já tinham esgotado a plateia!). Bem sei que estava numa situação muito nobre, a caminhar debaixo da chuva para chegar a Fátima, onde até podia pedir para os bilhetes esperarem por mim, mas não me parece que chegando três dias depois ainda houvesse dois, só doisinhos, à minha espera. Assim já posso dormir descansada, cá estão eles, ao pé de mim. Quase que podia investir num cofre para os guardar mas se calhar prefiro ir à Body Shop comprar o meu creme da cara que acabou. É ver-me no dia 2 de Novembro a pegar no meu marido querido e irmos bailar ao som romântido de um Frank Sinatra à moda moderna.

(já vou, já vou!)

3- Sobre o Congresso de Psicologia da Criança e do Adolescente na Lusíada. Tendo em conta que só paguei dez euros valeu bem a pena. Houve três ou quatro comunicações muito boas. Destacar o impacto que teve a comuniação de uma perspectiva positiva e não patológica da Prof. Helena Marújo, o ter conhecido alguns projectos de intervenção muito relevantes que se estão a fazer na Casa Pia e, também a comunicção sobre Gravidez e Maternidade pela Prof. Isabel Leal. Era um Congresso para profissionais interessados em conhecer o que se faz por aí de investigação e o que há de projectos. Porque quem ia para aprender teoria e técnicas estava muito mal. Destacar ainda a oportunidade de discutir até à última com um advogado e um relações públicas que deram um workshop sobre Casas de Acolhimento e Crianças em Risco. Coitadinhos deles, levaram ali um bombardeio meu que até andaram de lado. Pois que o problema existe e vai sempre existir enquanto se pensar em crianças em euros.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

JOANA MARIA PARA VERES O DESESPERO SEGUE O RECADINHO DAQUI

Sim, oh senhora é que eu sei que lês este bolg com muito afinco, mas pelos vistos não se pode dizer o mesmo das mensagens não é?

Importas-te de me dizer quanto é que tenho de poupar para a nossa viagem de solteironas (a minha última solteirona) e que vai servir de ensaio para a minha despedida de solteira?
É que eu vou explicar, com muita calma:
Tenho coisas para comprar - as coisas custam dinheiro - o dinheiro gasta-se - quando se gasta deixa de existir - deixa de se poder pagar mais coisas - coisas como viagens - que custam dinheiro!

Das duas uma: ou querem boicotar os meus primeiros dez dias de Agosto e fazer-me ficar na quarteira a dividir meio metro quadrado com uma família numerosa, três bifes e 7 adolescentes, ou então estão a pensar cobrir todos os meus gastos.
Ah é a segunda? Bolas, já podiam ter dito!

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Cruzes Credo

Boletim (desesperado) da noiva:

Hoje o D. foi experimentar o fraque, as calças, ver das gravatas e isso tudo. Eis que me chega com a bela ideia de casar, nada mais nada menos, de (pausa para respirar e me recompor) colete amarelo. A-ma-re-lo. "Assim era diferente, original. Toda a gente usa o cinzento."

Acho que prefiro proteger-me na ideia de que ele está sempre pronto para as piadinhas e que esta podia ser só mais uma, a única que conseguiu dizer com um ar muito sério e convincente.
Sim, porque até para encontrar no google imagens deste espécime do vestuário foi um bico de obra.

É que até lhes deve fazer mal, a julgar pelo olhar tasólhar-pro-meu-colete-canário-levas-uma-nessa-cara!

So faltava isto a Lisboa, realmente!

Lá vou eu para o segundo dia de Congresso! Bom dia a todos!

Aprende-se todos os dias

quarta-feira, 14 de abril de 2010

terça-feira, 13 de abril de 2010

Nos próximos dois dias estarei no 1º Congresso Internacional de Psicologia da Criança e do Adolescente.



Expectativas: altas.
Um cheirinho de uma das oradoras, minha Professora, Helena Marújo:

A saúde mental, tal como a física, são bens valiosos. Mas a vida com bem-estar é mais do que a ausência de patologia ou de sintomas: é transcender-se, realizar-se, ter sentido e propósito, envolver-se, pôr as virtudes e forças pessoais em acção, relacionar-se positiva e significativamente com outros, experimentar e saborear emoções positivas.

Até há cerca de uma década, o foco da psicologia foi o do estudo e tratamento das pessoas aquando das suas situações de fragilidade, e por isso uma visão dirigida a uma versão humana deficitária e patológica. Por tudo o que de extraordinário que esse investimento teórico, empírico e metodológico permitiu, estamos naturalmente gratos. Mas talvez este milénio seja um momento para considerarmos outras janelas sobre a realidade humana. Quando estão as crianças, jovens e adultos que as educam e cuidam, no seu melhor? Em que circunstâncias vivem no seu melhor eu”? Que factores facilitam a presença de escolas, famílias, comunidades, construtivas, em florescimento?

Um das razões porque, enquanto cientista e académica, me apaixonei por este paradigma foi o de caminhar em direcção a uma imagem da humanidade com mais luz e esperança, e também o travar de uma tendência que desejo denunciar. Essa tendência é a da patologização do normal, da crescente naturalidade com que se diagnosticam crianças e jovens - habitualmente sem voz, nem poder nesse processo - com doenças mentais, e as suas famílias, com base nas limitações que os profissionais lhes atribuem e, em consequência, com que se facilidade se medicam com drogas psicotrópicas, num processo onde as percentagens recentes de jovens e crianças medicadas são dramáticos.

Uma abordagem que promove o melhor das pessoas, e as torna conscientes das suas forças, virtudes, áreas de sucesso, potencialidades, sonhos, e lhes facilita a optimização de recursos, individuais, relacionais, comunitários, ambientais (a capacidade de gratidão, generosidade, alegria e humor, amor, fluir, crescimento pós-traumático, solidariedade, protecção do planeta…), e que hoje se encontra bem fundamentada por recentes investigações, pode reorientar-nos para uma relação com as gerações mais novas que seja mais ética, moral, e que as respeite e fortaleça mais – ao mesmo tempo que nos recentra para uma vida social realmente mais colectiva e mais perto de um fluxo vital.

Quer conhecer exemplos de intervenções da psicologia positiva já em curso em Portugal e no estrangeiro? Convido-o/a então para uma conversa co-construída…

Espero poder ter muita coisa para escrever na quinta-feira à tarde.

A minha cozinha

Esta é a minha cozinha:


Aquela onde eu faço todos os meus petiscos durante o meu turno nocturno. Aquele onde a farda é o meu pijama, onde nunca me queimei nem nada me saiu mal. Pois, claro, esta é parecida com a dos meus sonhos. Não liguem.

Este puto está em grande

No curto circuito ninguém sabia quem ele era (embora valha a pena ver a sua serenata ao cameraman ou mesmo a fazer de esquilo). Passou para o Ídolos onde, quanto a mim, conseguiu abafar a Cláudia Vieira que era, supostamente, a atracção do programa. Agora na versão portuguesa do "So you think you can dance?" deram-lhe a responsabilidade de estar à frente sozinho. Ninguém duvida de que se vai sair bem. Mas o que me admirou agora foi ligar a televisão e ver que ele é, nada mais nada menos, do que a estrela do videoclip da nova música do Pedro Abrunhosa. Será que foi um agradecimento por ter dado aquele salto heróico para o ajudar quando se estatelou do palco dos Ídolos?

Aprende-se todos os dias

segunda-feira, 12 de abril de 2010

A luz no escuro

No sábado tivemos o jantar de uma grande amiga nossa.
Ora pois que mora nas Torres de Lisboa. Não sei se alguém já lá foi, mas tudo aquilo é do melhor.
Dizia o senhor meu noivo no elevador: "Eu é que não gostava de ser namorado dela, sempre que a viesse buscar era um filme para ela descer. E se quando chegasse cá abaixo se tivesse esquecido de alguma coisa?"
É verdade sim senhor, muito bem visto.
É que ele é código para passar a primeira porta. Passa a porta, sobe as escadas, chega ao jardim. Não é o caminho da esquerda nem o da frente, é o da direita. Código para passar a segunda porta. E depois sobe até ao 24º andar. Ufa. Pergunto-me como será no dia em que o gerador for abaixo.

Bom, para além da companhia e das risadas descontroladas que dei toda a noite, o top1 é claramente a vista daquela casa:

Aprende-se todos os dias

domingo, 11 de abril de 2010

Outro e mais outro

E ontem foi dia 10. O nosso querido dia 10.
Não há nenhum que passe despercebido!
Como não havia muito tempo ficamos mesmo por aqui, perto de casa. A magia de nos redescobrirmos um ao outro e aos sítios por onde passamos todos os dias.
Porque Belém sabe sempre diferente de cada vez. Porque o sol faz a diferença, porque os turistas são outros e com outras particularidades. Porque a luz nunca é a mesma. Porque os namorados fazem daquele sítio o mais romântico que encontram para se conquistarem.


E porque esbarramos sempre com pessoas e cenários que nos dão lições de vida, de amores. Consigo acreditar que a paixão não dure para sempre. Mas só se se esquecerem dela e do que exige de nós mantê-la acessa. Porque se o amor, esse, nós conseguimos ver em diferentes demonstrações e relações (até a amizade nós chamamos de amor), a paixão é-nos mais difícil conceber com rostos e manifestações diferentes daquelas a que estamos habituados a consumir nos filmes e que sentimos nos primeiros anos dos nossos "nós". Mas a paixão também se pode (re)inventar, cultivar, acrescentar um ou outro ingrediente. O limite é a imaginação e o tamanho do amor que sentimos por aquilo que fomos construindo. E não deixar morrer, ou adormecer, é o segredo. Porque quanto mais nos afastamos maior é o caminho que temos de percorrer de volta. E, depois, a preguiça pode ser uma coisa tramada.

E lá estavam estes namorados, a ensinar-nos que investir na paixão não cansa.

são lindos e nós já temos os nossos todinhos!

Chegaram na sexta e vão fazer dos nossos jantarinhos um primor!

sábado, 10 de abril de 2010

Aprende-se todos os dias

Filmes que faço questão de ir ver


E outro que também gostava mas que fica no fim da lista:

sexta-feira, 9 de abril de 2010

O grande de Portugal (#8)

Agora que o tempo está melhor e já podemos passear ao ar livre sem ser isolados num fato térmico, proponho que se suba até aos 1040 metros de altitude. Hotel & Spa Alfândega da Fé.
Olha eu, olha eu!

Aprende-se todos os dias

Quem és tu, miúdo?

Kellan Lutz?

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Quero ver quem se chega a frente!

Queriamos tanto as duas cores destas toalhas de mesa. Sim, porque ainda não temos toalhas de mesa. Shame on us.

E estas estão em promoção na ZaraHome. Os guardanapos não precisamos que já temos aos molhos. Agora a toalhinha... Maninha, sei que lês isto todos os dias. Vá.

Não consigo não contar esta!! Hoje, em uma hora e meia de palestra, a oradora disse 47 vezes a palavra "Vervalizações". Perguntam todos ao mesmo tempo: "O quê? O que é que isso quer dizer?".
Pois. Não quer dizer nada. A palavrinha não existe. Verbalizações era o que queria dizer. Já se imagina a paródia na plateia.

* Ps- Nada como fazer queixa pública. 7 minutinhos a chegar a casa. Que tal?