quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

a minha vida mudou

desde o dia em que cheguei de viagem.
No Verão, tinha-me inscrito num ginásio Low Cost (confesso que a medo) que ainda nem existia e só abriria em Setembro.
As condições eram óptimas para quem se inscrevesse nessa altura como sócio fundador: praticamente não pagar jóia, sem qualquer compromisso e 6,90eur por semana (28eur/mes) com livre acesso a todo o ginásio e aulas de grupo, tudo funcionando num horário muito bom e realista das 07h as 23h.

O ginásio abriu estava eu plena novela melodramática na China. Um dia depois de voltar à terra lá fui eu. E estou rendida. Tenho ido (já lá vão dois meses) uma média de 4x por semana. Realmente quando a pessoa se organiza e inclui nas suas obrigações a saúde e o bem-estar tudo se faz.

Ando muito contente, os dias que não me mexo já me custam e o meu corpo está perfeitamente rendido aos efeitos do exercício. Sempre fui magrinha mas agora, pela 1ªvez, estou tonificada. Sabe bem. Faz confusão na balança porque antes, toda mole, lá andava nos 47 kg e agora, embora mais elegante fisicamente, passei para os 48kg o que só pode querer dizer que ganhei músculo.

Só faz bem, vamos a caminho de vir a poder dar sangue.

Ahhh, já agora, é o FitnessHut!

Porque é diferente

Ter tudo aquilo que queremos nem sempre significa ter tudo aquilo de que precisamos.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

A alegria

"A alegria é preciosa. No verdadeiro sentido da palavra. Para a encontrar é preciso apostar a vida toda nela. Não tem nada de óbvia, de vulgar ou de adquirida, por ela tem de se lutar uma luta muito séria. Quando pensamos na alegria pensamos em duas coisas: que ela nos escapa e que, no entanto parecemos saber muito bem do que se trata. De onde vem esta espécie de certeza, quando reconhecemos que falamos de uma coisa que foge? Os dias bons ou as pequenas satisfações não nos fazem contemplar a verdadeira alegria porque são breves e casuais. Mais do que isso, são anuláveis, isto é, um dia mau pode anular, num certo sentido, um dia bom. E porque aquilo que buscamos não é nem momentâneo nem tão pouco extinguível, mas antes duradouro e inabalável ou estamos errados em pensar que existe tal coisa, ou então talvez a consigamos ver de um outro sítio. Esse sítio, qual miradouro num dia de muita luz, é a nossa recordação da infância. Porque daí vemos uma coisa enorme e pequena ao mesmo tempo: vemos o que é ser criança. Ora isso está muito próximo daquilo que é ser alegre principalmente porque nos ensina a sua curiosa proporcionalidade inversa que há entre os risos e os metros de altura."

sábado, 17 de dezembro de 2011

Mochilão asiático: o top

#2: Finalmente ter levado o Diogo ao Camboja

O Camboja, ali taco a taco com o Laos, são os meus sítios preferidos da Terra. Sei que ainda me falta palmilhar muito planeta mas duvido, mesmo, que haja assim mais outro sítio que me conquiste e domine o meu coração como o Camboja e a natureza do Laos.
Eu não podia arriscar morrer sem ter mostrado ao Diogo aquele bocado de mundo. Aquela "cidade" chamada Siem Reap, em que as pessoas nos sorriem com o coração, em que os tuk-tuk se passeiam demorados, em que a natureza nos invade e consome.
E fomos. E, mais uma vez, voltei a sentir tudo a mil. Desta vez estava um bocadinho mais feliz porque ao meu lado estava o amor da minha vida. Nada explicará o que eu sentia sempre que, no tuk-tuk olhava para o lado e lá estava ele, de mão dada comigo.
Fomos à floating village que desta vez estava melhor que nunca. Apanhamos um barco num sítio diferente e a viagem demorou 2 horas. Vi paisagens completamente novas, a floresta dentro de água, a vida naquela aldeia flutuante que nunca está no mesmo sítio. Levei-o a jantar ao Temple Bar, incentivei-o aquelas massagens todas ao preço da chuva, arranquei-o da cama às 4h da manhã para ir assistir à magia do nascer do sol no AngkorWat, brincamos nos templos, demoram-nos, rezamos, lemos e escrevemos. Não tinhamos a pressa dos turistas porque levavamos connosco a vantagem de me sentir em casa e saber que o que vale a pena vale mesmo a pena e tudo o resto não interessa.
Arrepio-me e emociono-me quando penso no Camboja. É muito forte aquela terra.






quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Mochilão Asiático: o top

#3: os três dias em Koh Samui

Bom, para dizer a verdade o que nos marcou mesmo não foi Koh Samui em si mas, sim, o hotel onde ficamos.
Em Agosto, quando marquei tudo, tinha perdido horas e horas a escolher o hotel que mais nos encheria as medidas. Não tinha a ver com o número de estrelas ou com o preço. Já era a minha terceira vez na Tailândia e sabia muito bem o que procurava. Queria ver muita madeira, queria casa-de-banho exterior, queria ter a alegria de ver o preço barato (que eu sei como é que as coisas são por lá e não gosto de ser enganada). Ao fim de muito tempo, lá me decidi e reservei um hotel que se chamava Gurich e que me conquistou pela sua decoração, mini piscina no quarto a 90eur/noite os dois. Apesar de ser dinheiro, é mesmo muito barato ter um hotel com praia privativa, piscina no hotel e piscina construida por eles no meio daquele mar paradisiaco e ainda ter um quarto com sala, wc exterior e piscina só para nós. Lá reservei.
Claro que vimos a vida a andar para trás quando ficamos presos na China mas, graças a Deus, lá conseguimos ir passar as últimas 3 noites da nossa viagem. O melhor?? É que em Setembro esse hotel foi comprado pelo Meridien e passou a 5 estrelas, hotel de luxo. Nada mudou na decoração (que eu tinha visto online quando marquei o Gurich) mas acredito que aquele serviço antes não fosse assim.
Foram 3 dias de pura lua-de-mel, muito amor, muito alívio por estarmos a salvo da China, muita perplexidade com a beleza da natureza, com tudo o que nos rodeava.
Comentavamos, quando voltamos, que não havia nada que pudessemos apontar aquele hotel. Todos os empregados eram espectaculares, a comida era óptima, a decoração incrível, e um tratamento completamente VIP: vinham abrir a cama à noite, as toalhas da piscina cheiravam a rosas e eram mudadas constantemente, água fresca a toda a hora a ser reposta, o pequeno-almoço é uma coisa indiscritivel (pode ser que um dia faça um post só sobre o pequeno-almoço, que bem merecia!).
Todos os dias às 19h havia a "Celebration of the day", em que íamos todos para o mini lago da recepção e acendíamos, dois a dois, balões da sorte que largavamos no céu estrelado. Tudo escuro, música zen de fundo, muito bom!






Enfim, estes dias entraram directamente para o top. E bate cá uma saudade.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Porque ser psicóloga

é trabalhar com a ajuda de um único instrumento: eu própria. Com tudo o que carrego e o que sou. Tenho, por isso, a responsabilidade de melhorar, desenvolver e elevar ao máximo este precioso instrumento.
Preciso de me lembrar disso e valorizar os momentos que dedico a este crescimento pessoal, lembrando-me que são horas ganhas e nunca perdidas. Na conquista da excelência interior, da liberdade de pensamento, da coerência das ideias e de uma paz que não tem preço.

sábado, 10 de dezembro de 2011

mais um

a questão dos filhos foi sempre qualquer coisa que me intrigou.
Adoro crianças desde que me lembro. Somos 4 irmãos e 35 primos direitos por isso a história dos cocós nas fraldas, as birras e os xixis pelas pernas abaixo foram coisa que dormiu em minha casa muitas noites.
Quando cresci comecei a questionar-me acerca da razão por que as pessoas desejam tanto ter filhos (resguardadas as devidas excepções).
Discuti isto na minha cabeça sob diferentes pontos de vista, desde o existencialismo e a perpetuação da espécie, passando pela religião e a necessidade de assegurar a transmissão de valores e património espiritual pelos tempos até a motivos mais egoístas. Nessa fase perguntava-me até que ponto é que as pessoas não queriam ter filhos apenas por uma questão de pertença, de aceitação social... para sermos como os outros, para os vestirmos e educarmos bem, para que sejam, quem sabe, uma grande autoridade nas matérias que decidirem estudar e por aí fora. Pensamento este que muitas vezes era estimulado pelas adopções por parte de casais que enchiam a sua candidatura de limitações e condições (como ser até não sei quantos meses, sem problemas, etc)... então mas queriam um filho para servir que propósitos?
Deixei-me desses debates internos. E ontem falava com o Diogo no quão abandonados estão os filhos dos pais de hoje em dia. Acabam as aulas por volta das 16h e até às 20h andam a prolongar a espera. Saltam entre ATL´s, apoios, prolongamentos, violas, natações, judos, ballets, dão voltas nas carrinhas que os vão buscar, tomam banho com a empregada ou com alguém que está ali para o propósito, jantam rápido e quando deviam sentar-se no chão com os seus pais, andar nas suas cavalitas, ler histórias e pintar desenhos, já é muito tarde e precisam de ir para a cama porque dormir faz falta e amanhã não podem acordar cansados.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

porque sou humana e respiro

que estranho é que o primeiro impulso, quando pretendemos ser profundos, seja o de escrever sobre a dor ou a solidão.
Hoje apetecia-me ser profunda, ir mais longe, mais além.
Porém não sinto dor, não vejo a solidão, não me apetece chorar.
Existem em mim, porque sou humana e respiro, muitas dores. As dores do que passou, do que podia ter sido feito e não foi, de uma conquista hipotecada, de uma vida consciente de que para ter feito todo este tanto que fiz, outro tanto teve necessariamente de ficar de fora.
Também sinto, porque sou humana e respiro, a solidão. A solidão agradável de quando estou entregue aos meus pensamentos, de quando me repreendo sem que ninguém me possa consolar, de quando tenho saudades das pessoas que estão perto.
E pronto, também poderia arranjar coisas por que chorar, porque sou humana e respiro. Poderia chorar por recordar os que já partiram e me eram (são) queridos, poderia chorar por pensar no olhar vazio mas coração cheio com que agora a minha Avó me contempla. Poderia chorar por todas as injustiças a que assisto e que me fazem ficar indignada e de lágrimas nos olhos.
Mas não é nada disso que, num primeiro momento, me assalta a cabeça. Sou mais do dar Graças. Sempre fui.
Hoje queria ser profunda mas não ter de escavar no sofrimento.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

tudo é e está diferente

A vida de trabalhadora cansa mas preenche.
A vida a dois dá trabalho mas não cansa, confere plenitude e reveste-se de uma sensação de insuficiência que não esgota.
Os dias vão passando e no coração arde a questão: estaremos a realizar todo o nosso potencial? Estaremos a ir pelo caminho que nos está reservado?

Esperamos sempre que sim e o mesmo número de vezes que o consigamos perceber.