quarta-feira, 16 de junho de 2010

Sobre a Educação Sexual

Aos pais que ficaram preocupados sobre a aprovação da Educação Sexual nas escolas. A todos os que ficaram revoltados por esse tipo de conversas ficar a cargo de professores em vez de a seu próprio. Aos outros que não estão dentro do assunto. A todos aqueles que não têm opinião sobre o assunto. E ainda aos que concordam. É importante que conheçam os seus direitos. Por isso cá vai. Para mais informações, e se quiserem receber a carta, as respostas do Ministério, bem como ter acesso aos livros e materiais, mandem email para deliraradois@gmail.com que terei todo o gosto em enviar.


No intuito de compreender verdadeiramente o que se passa quanto à questão da Educação Sexual nas escolas, a Associação de Pais do Colégio de Santa Maria escreveu à senhora Ministra da Educação pedindo esclarecimentos, e enviando cópias de materiais constantes dos kits da APF que estão a ser encomendados por centenas de escolas no nosso País.

Da resposta do gabinete da senhora Ministra, retiramos dados muito importantes que podem ajudar PAIS E PROFESSORES A INTERVIR E A MELHOR COMPREENDER A LEI E OS SEUS DIREITOS:

a) As 12h faladas na lei não são obrigatoriamente para dispender em aulas de educação sexual podendo ser dedicadas a outras matérias como "educação alimentar, actividade física, prevenção de consumos nocivos e prevenção da violência em meio escolar" (ponto 3)
b) A ênfase dada à educação sexual (que assim tanto pode ter 12h como 1h), depende do projecto educativo da escola que deve ser feito "consoante o entendimento das famílias, alunos e professores" - de notar que as famílias são as primeiras citadas (pontos 4 e 5). Desta forma, a escola não pode entregar a associações LGBT ou à APF qualquer formação nesta área sem o acordo dos pais.

c) Os pais/encarregados de educação devem ser "informados de todas as actividades curriculares e não curriculares desenvolvidas no âmbito da educação sexual" (ponto 7) - pelo que os pais podem intervir de  forma a impedir uma formação com a qual não concordem, ou decidir que os seus filhos faltarão a essas aulas se não estiverem de acordo com a actividade ou não confiarem no professor.

d) Os manuais e materiais a utilizar nas aulas devem ser "os mais adequados à sua população escolar e aos princípios educativos subjacentes à orientação do projecto educativo da escola" (ponto 8). Assim, não só um colégio religioso não pode ser obrigado a dar temas ou a usar materiais opostos ao seu ideário, como qualquer outra escola deve respeitar as escolhas das famílias, intervenientes essenciais na construção do projecto educativo (pontos 4 e 5)

e) Os kits da APF do 1º, 2º e 3º Ciclos e do Ensino Secundário "têm como público-alvo APENAS os professores" (ponto 10), pelo que as crianças não devem ter contacto com estes materiais.

f) Quanto ao Kit Contraceptivo da APF, um dos mais usados nas escolas, "EM CASO ALGUM, este material é sugerido para utilização directa dos alunos" (ponto 11).




(brevemente numa sociedade perto de si)


Sejam quais forem os nosso valores e aquilo em que acreditamos, a verdade é que se o corpo muitas vezes está pronto para algumas actividades, a cabeça ainda vai longe de estar. Numa fase em que é pedido ao adolescente que se afirme como não-criança, que conquiste a sua autonomia, que sinta a pressão de precisar de ser igual aos outros para ser aceite mas, ao mesmo tempo, suficientemente diferente para ser único. Fase em que querem, gostam e precisam de ter os pais por perto mas que, ao mesmo tempo, suplicam para que lhes seja dada a oportunidade para voar, experimentar, cair e andar com os seus próprios pés. Fase em que a sociedade lhes pede que decidam o que querem fazer e ser nos próximos 60 anos da sua vida. A verdade é que estes assuntos, que mexem com a auto-estima, o valor pessoal, algo que é só nosso e, acima de tudo, com a dignidade de cada um, deve ser introduzida nos intervalos de todas estas crises por aqueles que mais os amam e que os abraçam de forma incondicional: os pais.
Talvez o problema seja que os pais estão demasiado ocupados com mil outras coisas e coloquem os filhos nessa lista, a lista dos seus deveres diários. E, de uma forma comodista, deleguem nos professores o aspecto mais determinante para fazer dos seus filhos PESSOAS, que é o da educação. Curiosamente, aquele que requer mais amor.
Esta é só a minha opinião.

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