quinta-feira, 19 de maio de 2011

ok, agora é a minha vez (Aviso: post muito longo, mas saudável)

Vejo, regularmente, uns quatro ou cinco blogues. E todos, ou quase, estão invadidos pelo tópico da dieta. Descrevem tudo o que estão a fazer, o desespero para perder peso e manter o perdido.

Apetecia-me ter alguma coisa em grande para dizer tipo, eu sobrevivi à obesidade, eu perdi 30 kg num dia e meio, eu estou desesperada, consultei um nutricionista e estou a fazer isto. Mas não.

Ora então cá seguem algumas verdades a meu respeito:

- Sou magra. Não sou um espeto, mas sou magra. Tenho 47kg mas ninguém acredita porque não pareço esquelética. Tenho rabo e maminhas, o que disfarça a coisa. Apesar disso, não tenho músculo nenhum. Já tive, em época de ginásio, mas agora olha, azaruxo, que por aqui vai tudo muito mole. Mas no sítio.

- Não me lembro quando é que me começei a preocupar com o que comia, mas tenho a sensação que foi lá para o 11º, 12º. Até lá, era sempre a abrir. Pão com chouriço e queijo tostado todos os dias no intervalo da manhã, cheetos futebolas ao lanche quando ainda andava no colégio, massas a escorrer de molho, cheesecake e brigadeiros sempre que me desse na cabeça.

- Depois a coisa mudou. Ganhei consciência alimentar. Adoptei hábitos muito saudáveis e, hoje, escrevo aqui, para todos os que quiserem saber, os meus truques para ir mantendo o meu peso e não engordar mais do que é devido:

1- Pequeno-almoço à grande. O meu marido não me deixa mentir. Todos os dias o tomo sentadinha e cheio de coisas. Ora bem, vai fruta. A fruta é a primeira coisa que o meu estômago recebe todos os dias. Isto é tudo ciência caseira, mas tenho para mim que, a um estômago esfomeado, ser inundado com vitaminas é o melhor. Ora segue-se uma fatia de pão de sementes com queijo (a vaca que ri light) ou uma fatia de fiambre de frango, acompanhada com sumo de laranja ou um copo de leite magro. Geralmente não acabo sem meter uma bolachinha ao buxo, que é a minha maior fraqueza, mas olha, reconforto-me a pensar que todos precisamos de açúcar e essa é a minha dose diária.

2- Nunca, mas nunca mesmo, estou mais do que três horas sem comer.

3- Ao almoço como todos os dias sopa, carne ou peixe, com muitos legumes e saladas.

4- Ao jantar faço sempre um esforço para comer menos. O corpo não precisa, já só vai acumular. Sopa e um iogurte, sopa e uma salada (um dia posso fazer um post só sobre alternativas de saladas), tomate com queijo mozarella...

5- Bebo 1,5L de água por dia.

6- Deixei completamente os fritos há muito tempo. Tanto quanto me é possível, claro.

7- Só quando vou para andares muito altos é que uso o elevador. De resto, só escadas e faço quase tudo a pé. Quando tinha carro, chegava a estacionar longe de propósito.

O MAIS IMPORTANTE, QUANTO A MIM:
- Não ser paranóica com isto. Ninguém, mesmo ninguém, aguenta uma restrição total das coisas que mais gosta. E a vida é feita de mil situações em que só faz mal ficar obcecados com a dieta. Por exemplo, se estou numa festa é óbvio que como um croquete; se estou nos anos de alguém, é óbvio que provo o bolo... o truque, para mim, é a regra do um. Porque às vezes, é só pelo sabor: um croquete, uma colher de mousse, uma fatia pequena de bolo... etc

- Não deixar de ter vida social por causa da dieta: se tenho jantares, óbvio que vou. Tento alternativas saudáveis e se não há, não há, pronto. Compensa-se depois. Mas ir e conviver, e rir, faz muito melhor à saúde.

- Não sentir culpa nenhuma quando se pisa a linha. Faz parte, e isso é que é viver.

- Procurar ingerir todo o tipo de alimentos e nutrientes. Se eu sei que vai ser um dia mais puxado fisicamente, como hidratos de carbono ao almoço, arroz, por exemplo.

- Truques para combater a minha maior fraqueza depois das refeições (o docinho): lavar os dentes logo, se estou em casa, ou meter uma pastilha à boca.

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