quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

vou continuar a dizer

Ao longo de todo o meu curso (e perante muitos comentários pouco agradáveis acerca da escolha de curso que fiz - principalmente quando a minha média me dava uma infinidade de opções) sempre fui dizendo e defendendo com muita convicção que, mesmo nos tempos mais difíceis, quem é realmente bom, quem se destaca, quem dá o que tem e o que não tem, quem veste a camisola com o maior dos orgulhos, quem não se contenta com a metade nem admite não dar tudo por tudo, arranjará sempre trabalho.
E, nos meses que se revelaram muito longos de Setembro e Novembro (em Outubro fui passear!) vi seriamente a minha vida a andar para trás e a pensar que tinha de engolir todas essas minhas teorias. Tenho-me em boa conta, a nível profissional, sei que sou esforçada, persistente, lutadora, cumpridora, etc e de repente percebia que as pessoas não estavam a dar trabalho. Não que não quisessem, mas não podiam.
No entanto, alguma coisa me fazia continuar a acreditar e a pensar que ninguém, com dois dedos de testa, poderia desperdicar talentos e bons investimentos e que, quando se quer muito, lá se dá o jeito.
E ainda bem que acreditei e é com muita alegria que confirmo a minha teoria. Os inquietos, os lutadores, os que correm sempre para ganhar, encontram lugares à sua espera e pessoas que não ousam não os aproveitar.
Com muito orgulho começo amanhã a trabalhar naquela que considero a clínica de desenvolvimento infantil com mais prestigio em Portugal, o CADIn. Tanto orgulho que há momentos do dia que não caibo em mim de contente e, ao mesmo tempo, de incredulidade.

Sim, tenho consciência da efemeridade das coisas. Não, não me acho a última coca-cola do deserto e sei que há malta que vem atrás, mais novo, com mais ideias, com mais dinheiro e contactos para as concretizar, com mais tempo livre, sem marido ou afazeres domésticos, sem vida social e viciado em trabalho. Mas também sei o meu valor, também sei a forma perfeitamente harmoniosa que encontrei de equilibrar todas as vertentes da minha vida, sei o meu amor que tenho à Psicologia e ao desenvolvimento das crianças, em particular.
Seja hoje no CADIn ou amanhã a pensar no que será da minha vida (e com a ideia, falsa, de que todas as portas se fecham) só me quero lembrar sempre disto: que o mundo é dos trabalhadores, dos esforçados, dos arrojados, dos atrevidos, dos inquietos e assim tudo (ou quase) se consegue.

3 comentários:

  1. !!!
    Deviamos ler isto todos os dias de manha!;)
    Ha situaçoes complicadas, ha azar... mas sem duvida que acima de tudo tem de haver irreverencia, motivaçao, resiliencia,... para enfrentar o mundo e mostrar aquilo que somos capazes!

    um gd beijinho

    Jo

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  2. Muitos parabéns e muitas felicidades. É bom ler boas notícias nestes dias complicados que atravessamos... Até breve!...

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  3. Vim parar ao teu blog devido ao tema "estagios profissionais" e fiquei-me por cá a ler-te, dou-te desde já os parabens pelo blog, gosto da tua escrita e descontracção e revejo-me em algumas palavras, nomeadamente na paixão pela psicologia. Este texto então caiu em mim como uma luva, estou naquela fase em que vêm as duvidas, de que "as pessoas com talento, esforçadas e trabalhadoras hão-de arranjar trabalho". Sempre acreditei muito nisso, sempre me agarrei a isso com todas as forças... mas a verdade é que agora estou cheia de receio que não seja nada assim, e que vou acabar o meu estagio curricular este ano e não vou ter nada a seguir... Foi um bom incentivo este teu, mais uma razão para continuar a acreditar.

    Cumprimentos de uma futura psicologa.

    Julieta Azevedo

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