quarta-feira, 21 de março de 2012

as minhas histórias pelo Mundo #5

Quando fomos à China não sabíamos que a China é como a China verdadeiramente é. Cheia de tudo. De cheiros, de carros, de paisagens arrebatadoras, de coisas, de lojas, de comida e, sobretudo, de pessoas. Por todos os cantos. Aparecem não sabemos de onde. E tudo de olhos em bico. Temos a sensação que não vimos ocidentais. Mas vimos, de certeza, só que os outros abafaram-nos.

Então, quando eu qual guia turística disse que estava na hora de sairmos de Pequim e irmos para as montanhas, preparamo-nos para uma espécie de into the wild. Apanhamos um comboio de onde só saímos 28h depois e o meu marido, o meu muito engraçado marido, imbuido de todos os meus comentários acerca das montanhas, da vida rural e atendendo a que eram precisamente meia noite e meia, sai do comboio (nem sequer sabíamos se era aquela a saída mas confiamos na nossa comunicação gestual) dizia eu, que ele sai do comboio com a minha mochila a frente, a dele atrás, eu levava a máquina fotográfica, saco da comida e mais não sei o quê e ele uma lanterna na cabeça (que até hoje ocupa o lugar de brinquedo preferido).

Na estação não a ligou porque havia luz e quando saimos e ele se preparava para a ligar damos com toda uma big metropole.
Sim, eram as montanhas e a vida rural. Mas também é a China e aquela vilazinha rural tem mais habitantes que o Algarve e tem centro comercial e carros e lojas e hotéis.
E o meu Dioguinho a sentir-se um idiota por circular no meio da rua, até ao hotel, com uma lanterna na cabeça!

Sem comentários:

Enviar um comentário