sexta-feira, 2 de março de 2012

das medidas impensadas

"Telmo Baptista alertou para o perigo da diminuição de psicólogos numa altura em que «os números crescentes» dos casos de suicídio e de depressão são «cada vez mais preocupantes».
«Em vez de termos mais recursos para lidar com esta situação, temos cada vez menos», lamentou o bastonário, defendendo que, apesar de ter de haver restrições, deve assegurar-se que «os danos existentes possam ser diminuídos pela capacidade de resposta», que está a baixar em «sítios vitais», como nos centros de saúde, hospitais e escolas.

Telmo Baptista adiantou que nas escolas, em termos de estágios que terminaram, foram dispensados 200 profissionais. Nos estabelecimentos de saúde, o número de psicólogos dispensados é «muito variável», mas há hospitais e centros de saúde onde essa situação afectou um terço dos profissionais.

«Diminuir recursos onde eles são necessários e numa altura destas é como ter um incêndio e estar a transportar água para outro lado qualquer. Nós precisamos da água onde está o incêndio», comentou.

O bastonário adiantou ainda que «o clima de desesperança, que se vai instalando, dá um contributo muito forte para que as pessoas se sintam sem perspectivas» e aumentem os casos depressão e ansiedade.

Mas, salienta, «há saídas para as crises e as pessoas têm recursos pessoais que podem utilizar», sendo muito importante «o contributo dos psicólogos» para ajudar as pessoas a adquirirem essas capacidades para ultrapassarem as situações de crise.

Para o bastonário, uma intervenção atempada pode ser a diferença entre conseguir que as pessoas retomem as suas actividades ou fiquem progressivamente mais perturbadas e em situações precárias de saúde, o que «tem custos adicionais».

«Podemos estar a criar uma situação em que, para não gastar uma quantia que é aceitável, podemos vir a gastar muito mais daqui a uns tempos e ter as consequências sociais disso», avisou."

Tvi24 (online)

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