segunda-feira, 15 de novembro de 2010

AMESTERDÃO - resumé



 A ida a Amesterdão foi, para mim, a melhor surpresa dos últimos tempos. Há aquelas cidades que nos são descritas de forma muito entusiasta, com adjectivos que nos fazem ir construindo expectativas gigantescas tipo "ah Paris, a cidade do amor", "ah, Ny, uma cidade que não dorme".. ah e tudo e tudo. Mas, sempre que dizia que ia a Amesterdão, recebia de lá um "é gira. uma cidade gira, com os canais e tal"... nada de outro mundo.

Talvez tenha sido por isso que voltei ontem sem vontade nenhuma de sair de lá, de tão fascinada como surpreendida que estava.
Encontrei uma Amesterdão romântica, íntima, quentinha (no acolhimento, no envolvimento), cheia de coisas interessantes para explorar para além das praças e museus mais famosos. Em cada esquina havia um café que convidava a entrar, cada restaurante nos apresentava novos desafios ao paladar, cada praça era pretexto para um palco, uma festa, uma exposição, cada rua cheia de bicicletas nos faz ir entretidos pelo caminho. As pessoas mexem-se, encontram-se, saem à rua, passeam, não param. As pessoas respeitam e não são desorganizadas, nem caóticas, nem impacientes (a julgar pela sua reacção pacífica quando o turista ignorante vai pelo caminho da bicicleta e empata a sua pressa para o trabalho).

Adorei. Adorei mesmo. A grupeta que se juntou, de tão diferente que era, foi a mais especial que se podia querer. Tudo fluiu, tudo se fez, tudo se equilibrou entre cultura e cocktails. Em dois dias fizemos o mais que podiamos ter feito e o mais que nos apeteceu porque, muitas vezes, convidava a deixarmo-nos ir ficando naquele café tão quentinho e acolhedor.
Vimos o Museu do Van Gogh, brilhante, super interessante. Completo como só ele. Genial.




Fomos à House of  Bols, famosa pelos seus licores. Cheiramos, sentimos, provamos. Um mundo sem fim de sabores e de cores, os melhores cocktails de sempre, um fim de tarde que se transformou numa festa!


Passeamos de bicicleta por toda a cidade, de ponta a ponta, desde a Leidsplein que é brilhante e vibrante, respira vida até à outra ponta, a imponente Central Station. Passamos na Dam Square, gigante que só ela. Subimos e descemos pontezinhas, paravamos nas vistas mais avassaladoras, tiravamos fotografias com a certeza de que não esqueciamos.


Exploramos o Vondel Park e deixamo-nos esmagar pelas cores do Outono, pelo frio que se reflectia no lago e observamos como a Natureza, onde quer que seja, confere sempre um toque de magnanimidade à nossa vida.






Provamos o space cake e incomodamo-nos com o cheiro constante a droga. Penetramos uma visita guiada à Red Light e lamentamos o que vimos. Mulheres como objectos, montras com a cor do Natal, mas em que se via a dignidade à venda.
Jantámos numa cave com cheiro e sabor a Sicilia, com um italiano maluco.
Provamos queijo e mais queijo, no mercado das flores exploramos as cores e impressionamo-nos com as formas.
Fomos à missa em Holandês, sentimo-nos parte da comunidade, assistimos ao desfile das celebrações de São Nicolau.

Voltamos com imensa vontade de ficar. De ver mais, de nos sentirmos parte de algo que é tão grande e ao mesmo tempo tão pequeno, tão frio e ao mesmo tempo tão quentinho.


Fica-me a nostalgia que sentia quando olhava, à noite, para as janelas daquelas casas com vista para os canais e via, lá dentro, casais que se abraçavam, mães que davam o jantar aos seus filhos, amigos que bebiam vinho, tudo debaixo de uma luz tão amarela que me apetecia saltar lá para dentro e procurar o edredon.

Foi muito bom.

1 comentário:

  1. LINDO!! E a depressão do dia a seguir? Kero voltar pa laaaaaaaaaaa! bjos rosarinho=)

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