sexta-feira, 7 de maio de 2010

que título?

Pois claro, já se estava mesmo à espera... Com esta mirambolice de tempo, mais cedo ou mais tarde eu havia de acusar. Acordei hoje a fazer alusão ao desporto: a minha cabeça devia pesar o mesmo que uma bola de basket (ou de bowling, mas não sei se é desporto ou passatempo), e as minhas amígdalas mais ou menos duas de golf. Também tenho aquela impressaozinha de picadas quando se toca na pele, estão a ver? Mas vai passar. Tem de passar. Ora pois que muitas entregas me aguardam, muitas decisões de vida ou de morte em relação ao casório dependem de mim e tantas outras almas que gostam tanto do meu lado saudável. Eu incluida.
Bom. Posto isto vai uma grande nota de indignação em relação a dois aspectozinhos que me arrepiam os pêlos dos braços, sendo que os dois são passíveis de justificar a crise em que se encontra o nosso país.
1- Morando eu muito perto (até demais) do Estádio Nacional, todos os dias quando saio ou chego  deparo-me com a imensidão de carros estacionados para o Estoril Open e mais não-sei-quantos autocarros cheios que nem ovos. Pergunto-me o que é que esta gente tem na cabeça para, numa época como esta, desatar a brincar às férias e desocupados, passando uma semana inteira no Jamor a comer cachorros e receber brindes. E os que não comem cachorros é porque estão enfiados na tenda vip (cof cof, vip no bairro deles provavelmente) a enfardar à grande e à francesa à custa de sei lá quem (de mim e de si, provavelmente). Caso não esteja a faltar ao trabalho mas tenha tirado férias para esta semana, venha comigo que eu mostro-lhe coisas muito mais interessantes.

2- O nosso Estado diz-se Laico. Mas o nosso Estado permite que praticamente TUDO esteja fechado em Lisboa na terça à tarde e quinta todo o dia. O nosso Estado precisa urgentemente de produzir, mas aceita que a maioria da população da sua capital tenha de mão beijada um dia e meio para ir comer gelados, ver filmes, passear no centro comercial e fazer pic-nics em belém (claro que se o sol espreitar o pic-nic será na praia de carcavelos, see you there). Eu sou Católica. Obviamente quero e vou ver o Papa. Pararia tudo o que estivesse a fazer para assistir, onde quer que seja, à sua missa. Mas isso seria, certamente, à custa de faltas que teria de dar e que faria em nome da minha fé, sendo penalizada por isso em termos civis mas sem o sentir em termos pessoais. Todos os outros, a quem isto passa ao lado, deviam estar a trabalhar. A mim parece-me tão óbvio que se calhar foi isto que me deixou doente.

1 comentário:

  1. 2- pensei exactamente o mesmo em relação a este ponto Rosarinho! (ainda da para mudar o mundo?!lol)

    Tenho de te contar as nossas aventuras d ontem no morgado!

    Beijo
    Jo

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